A Covid-19 tem se revelado um problema emergencial de importância mundial. O estudo apresentado neste artigo tem como objetivo discutir a percepção e comunicação da população brasileira sobre os riscos de contrair a doença. Foi conduzido um estudo transversal envolvendo indivíduos adultos maiores de 18 anos residentes em todo o território brasileiro que responderam a um questionário eletrônico (adaptado de Betsch), entre os dias 4 e 15 de maio de 2020, sobre percepção e comunicação dos riscos de infecção pelo coronavírus. No estudo, foram incluídos 1.291 participantes, sendo em sua maioria servidores públicos (56,2%, n=725). Também constituíram maioria os pertencentes ao sexo feminino (62,9%, n=812) e os que têm nível superior (91,5%, n=1181). Já os que residem no estado do Paraná, apesar de representarem menos da metade dos entrevistados (35,9%, n=464), predominaram se comparados aos que habitam nas demais unidades federativas. Grande parte dos participantes tomou conhecimento da pandemia e obteve informações sobre ela a partir de diferentes fontes: entre elas, especialmente televisão (18,9%), sites ou portais de notícias (16,6%), mídias sociais (16,5%), jornais impressos (11,2%), profissionais de saúde (8,9%), familiares e amigos (8%) e mecanismos de pesquisa na internet (6,3%). Em relação ao grau de onfiabilidade das fontes de informação, a maioria dos participantes afirmou que tem alta confiança em informações provenientes dos profissionais de saúde (76,1%, n=982) e muitos expressaram baixa confiança em informações provenientes de folhetos (35,3%, n=456), familiares e amigos (46,7%, n=551), mídias sociais (39,7%, n=513) e telefonemas (45,1%, n=582). Com este estudo conclui-se que o nível de percepção e comunicação sobre a Covid-19 entre os que dele participaram é bom. No entanto, futuros estudos com abordagem quali-quantitativa são necessários para melhor aprofundamento do tema.
Com a disseminação do novo coronavírus no Brasil, o aumento da utilização da internet cresceu substancialmente devido ao isolamento social no início da pandemia. Aliado a este fator, diversos órgãos públicos passaram a compartilhar conteúdos informativos por meio das mídias sociais. Deste modo, cada vez mais se faz necessário utilizar ferramentas que permitam compreender a efetividade das divulgações realizadas quanto ao enfrentamento da doença. O objetivo do artigo é examinar o engajamento dos seguidores da página oficial da Prefeitura Municipal de Curitiba no Facebook, a partir da análise da tipologia e do teor das postagens, além do comportamento do respectivo público ao interagir com tais posts, durante os primeiros meses (entre 31/12/2019 e 30/04/2020) da pandemia da Covid-19 no município. A metodologia tem caráter quantitativo, sendo utilizado o software Facepager para coleta dos dados. Após a coleta, foi realizada a análise dos tipos de conteúdo e dos tipos de mídia adotadas pela Prefeitura, caracterizando as publicações de acordo com sua temática principal. Como principais resultados, observa-se que as publicações aumentaram de forma crescente, em conjunto com o número de casos e óbitos registrados. Não obstante, os tipos de mídia mais utilizados são as fotos, assim como os conteúdos mais compartilhados se referem à comunicação em tempo real, a sensibilização e educação e o relatórios de atividades realizadas. Conclui-se que a análise de ferramentas de uso público, como o Facebook, é muito importante para que os gestores locais compreendam o alcance da informação em momentos de crise
As emergências ambientais costumam afetar diretamente regiões urbanizadas ou o seu entorno, configurando-se como desastres urbanos. Desastres são provenientes de eventos extremos, sejam de origem natural ou de origem tecnológica, os quais resultam em diversos impactos negativos para as cidades. Estes fatores são consequência da falta de preparação de seus gestores e comunidades para o enfrentamento destas situações, além de uma cadeia de falhas desde o planejamento, legislação e fiscalizações ineficientes. Dessa forma, faz-se necessária a análise da organização estrutural dos órgãos públicos para atuar de forma a mitigar esses eventos ou seus efeitos. Nessa linha, encontra-se não um órgão apenas, mas um sistema chamado Proteção e Defesa Civil. O Estado do Paraná, possuidor de um histórico relevante em termos de emergências ambientais, encontra, na sua defesa civil, um núcleo agregador de instituições para tratar o tema. Este artigo se dedica a analisar essa estrutura, suas potencialidades e apresenta alternativas para o aprimoramento voltado à efetividade dos recursos existentes e disponíveis.
As inundações são um dos fenômenos naturais que geram impactos em um maior número de pessoas no mundo. Dentre as medidas necessárias para o enfrentamento deste processo perigoso, o mapeamento de áreas de risco possibilita identificar as áreas que podem ser atingidas e o potencial prejuízo no caso de sua ocorrência. É uma ação básica de custo relativamente moderado ou baixo e de alta eficácia. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo propor e aplicar uma nova metodologia para mapeamento de áreas de risco a inundações no município de Curitiba, capital do Estado do Paraná. A mensuração de risco compreende a análise da vulnerabilidade e do perigo, considerando aspectos do meio físico (geologia, declividade, histórico de inundações) e socioeconômico (equipamentos essenciais, potencial poluidor e vulnerabilidade social). Tais fatores foram processados a partir do software Vista S.A.G.A. 2007, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Determinaram-se, assim, os setores que possuem maior risco a inundações e que devem ser alvos de políticas públicas e medidas mitigadoras.
RESUMO Com o aumento dos eventos extremos nas cidades, os gestores locais precisam tomar medidas que minimizem os impactos negativos resultantes dos desastres. A área de saúde é uma das que mais possuem interferências, com o crescimento do número de afetados, feridos, mortos, além dos problemas psicológicos e de qualidade de vida após os eventos. O objetivo da presente pesquisa foi analisar a resiliência a desastres na saúde por meio do instrumento global Disaster Resilience Scorecard for Cities. O Scorecard tem sido utilizado por diversos países para avaliar a resiliência de suas cidades quanto a preparação e resposta na ocorrência de eventos extremos. Por meio da sua aplicação, foi possível observar que apenas a utilização dessa ferramenta se mostra insuficiente para avaliar as diversas dimensões da área de saúde. Além disto, a análise dos Planos Diretores Municipais mostrou que ainda existe a falta de integração entre as medidas de saúde em relação às emergências. É necessário desenvolver leis e ferramentas mais eficientes na avaliação e monitoramento da saúde em caso de desastres, a fim de alcançar a resiliência para uma maior qualidade de vida da população.
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