Resumo: A tradição gramatical atesta que o constituinte com o qual o verbo desencadeia concordância é o sujeito da oração. Contudo, observa-se que, em sentenças que apresentam a ordem V(erbo)S(ujeito) no português brasileiro (PB), há forte tendência à ausência de concordância verbal em contextos inacusativos. Levando-se em consideração a arraigada ligação do livro didático (LD) com a tradição normativa gramatical e a tendência à maior proximidade vista em exames vestibulares e Enem com os atuais estudos sobre o PB, este trabalho objetiva investigar como o LD de ensino médio trata a questão da concordância relacionada ao sujeito posposto. Para tanto, selecionamos duas coleções de LDs de português, amplamente adotadas pelas escolas públicas, para a realização de uma análise qualitativa. Fundamentamos o estudo em Silva (2004), Pontes (1986), Bagno (2011), Berlinck (1988) e outros. Os resultados apontam para a conformidade do LD com o que ensina a gramática normativa tradicional, isto é, não está prevista a ausência de concordância verbal com sujeito posposto, tão produtiva no PB, o que nos revela a dissonância entre o que se espera do aluno egresso do EM e o que o livro didático seleciona como matéria de sala de aula, bem como com o tipo de abordagem teórica sugerida.
A compreensão do conceito de gênero textual vem ganhando espaço nos mais variados campos de estudo da escrita e da produção de sentidos. Conforme estes campos se desenvolvem ao longo dos anos, novas abordagens são criadas, aprofundadas e firmadas, aumentando o leque de caminhos que o estudioso da linguagem pode seguir na busca do entendimento do fenômeno comunicativo humano. A riqueza desse conceito se pauta, contudo, na compreensão de gêneros, não como categorizações de tipos de textos, mas como modos retóricos de (inter)ação social, ampliando a noção para uma visão que liga "variedades de textos a variedades de ação social" (p. 15). Assim, abordagens de gêneros têm servido de base para a pesquisa e o ensino da escrita em toda parte do mundo, em uma tendência cada vez mais interdisciplinar, representada por áreas como teoria literária, linguística, retórica, análise crítica do discurso, educação e sociologia. Na intenção de apresentar uma visão geral dos estudos de gênero feitos mundo afora, Anis Bawarshi e Mary Jo Reiff, professores da Universidade de Washington e da Universidade do Tennessee-Knoxville, respectivamente, traçam em Gênero: história, teoria, pesquisa, ensino um amplo panorama do desenvolvimento dos diversos campos conceituais em gêneros textuais, divididos por linhas e tradições teóricas. Sob os pontos de vista histórico, teórico e pedagógico, os autores oferecem uma introdução e dez capítulos, que são divididos em três partes, acompanhados de um pertinente glossário e uma importante bibliografia comentada. Tudo isso é brilhantemente prefaciado por Charles Bazerman, um dos nomes mais relevantes da atualidade na área. Vitorino (Resenha) Recebido em 29/07/2014. Aprovado em 22/05/15.
Por meio do presente artigo, buscou-se historicizar os movimentos reformadores da saúde mental no Brasil que, desde a década de 1970, estabeleceram um combate às formas degradantes de tratamento em saúde mental, as quais se pautavam no enclausuramento e na exclusão social dos sujeitos nomeados loucos. Tais movimentos tiveram suas ações legitimadas a partir da efetivação da Lei Federal nº 10.216, de 06 de abril de 2001, mais conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica. Além desse processo histórico, buscou-se problematizar as novas ações do Ministério da Saúde que, desde o ano de 2017, vêm instaurando, por meio de portarias, decretos e resoluções, o retorno às antigas técnicas de tratamento ao portador de transtornos mentais e o consequente desmonte da luta antimanicomial.
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