Resumo O objetivo deste artigo é discutir o papel da educação permanente em saúde como prática avaliativa amistosa à integralidade no cotidiano dos serviços de saúde, além de sua influência na mudança do processo de trabalho das equipes de saúde da família, tomando como exemplo a experiência do município de Teresópolis, no Rio de Janeiro, em 2007 e 2008. Realizou-se uma pesquisa qualitativa de abordagem descritiva. A base teórica compôs-se de revisão bibliográfica, análise de documentos oficiais, atas das reuniões dos facilitadores com a coordenadora do grupo e atas da Comissão Intergestores Bipartite. O campo de observação consistiu de entrevista semiestruturada com o grupo de facilitadores. Para o estudo das entrevistas e atas, optou-se pela análise de conteúdo e efetuou-se o cotejamento das fontes como prova eficiente de validação. Percebeu-se que os profissionais ainda têm dificuldade em reconhecer como ferramentas de avaliação instrumentos que não os oficiais. No entanto, em Teresópolis, a prática de educação permanente foi capaz de promover mudanças no processo de trabalho, viabilizar formação crítica e reflexiva dos atuais e futuros profissionais de saúde, fortalecer a participação social e aproximar a gestão das questões locais de saúde, comprovando que pode ser considerada uma prática avaliativa amistosa à integralidade. Palavras-chave processo de trabalho; educação permanente em saúde; prática avaliativa amistosa à integralidade. AbstractThe purpose of this article is to discuss the role continuing education in health plays as a friendly evaluative practice for completeness in the daily life of health services, as well as its influence in changing the family health teams' working process. It is based on the experience of the municipality of Teresópolis, state of Rio de Janeiro, Brazil, in 2007 and2008. A qualitative survey with a descriptive approach was conducted. The theoretical basis consisted of a review of the literature, of the analysis of official documents, minutes of the meetings of the facilitators with the coordinator of the group, and the minutes of the Bipartite Inter-Management Commission. The field of observation consisted of a semi-structured interview with the group of facilitators. To analyze the interviews and minutes, we opted for content analysis and compared the sources as an efficient proof of validation. It was noticed that professionals still find it hard to recognize instruments other than the official ones as assessment tools. However, in Teresópolis, the practice of continuing education was able to promote changes in the labor process, enabling critical and reflective training among current and future health professionals, strengthening social participation and bring management closer to the local health issues, thus proving that a friendly evaluative practice can be considered for completeness.
Resumo Introdução Adesão ao tratamento e aumento das taxas de cura resultam da interação de fatores relacionados aos serviços de saúde, pacientes, sociedade e gestão pública. Objetivo Conhecer os fatores relativos à adesão ao tratamento da tuberculose multidroga resistente (TBMDR), na perspectiva dos usuários, profissionais e gestores. Método Estudo de caso de abordagem qualiquantitativa, diferentes fontes de evidência, estatística descritiva e análise de conteúdo das categorias: adesão, acesso, acolhimento, vínculo e responsabilização. Resultados Oferta gratuita da medicação, realização de exames no ambulatório, flexibilidade na agenda, busca de faltosos e vínculo com a equipe de saúde foram descritos como favoráveis à adesão; sendo a dificuldade de acesso aos benefícios sociais e equipe de saúde incompleta como desfavoráveis. Conhecimento sobre a doença atual, o tratamento e o desejo de cura foram relatados como importantes fatores para superar barreiras encontradas para adesão. Conclusão Apesar da existência de fatores desfavoráveis à adesão, as ações de acolhimento, vínculo e responsabilização desenvolvidas pelo serviço foram suficientes para promover a adesão neste grupo. Recomenda-se a melhoria do acesso aos benefícios assistenciais, implementação de novas formas de comunicação e articulação com outros segmentos públicos e da sociedade para o enfrentamento da TBMDR.
As crianças e adolescentes em situação de rua, sujeitos historicamente excluídos, refugo humano de seres sobrantes, os sem lugar que não cabem na foto e nem na escola, passam ao largo das políticas educacionais. A partir de breve abordagem sócio-histórica sobre a produção da infância excluída no Brasil e da realidade vivenciada no projeto de extensão de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro, o propósito deste ensaio foi discutir e compreender como a educação formal (ou a ausência dela) marca a vida dessas crianças e adolescentes, tomando como referência a história de vida de uma jovem negra cuja primeira experiência de rompimento social e institucional foi com a escola. Afirma-se a urgência de relações sociais menos excludentes e desiguais para se viabilizar o acesso e permanência desta população na escola e seu direito à educação.
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