The gravitational field equations for a spherical symmetric perfect fluid are completely solved. The general analytical solution obtained depends on an arbitrary function of the radial coordinate. As illustrations of the proposed procedure the exterior and interior Schwarzschild solutions are regained.
Apresentam-se resultados parciais de uma pesquisa-ação que investigou a violência de gênero na Estratégia Saúde da Família, com especial atenção sobre as Agentes Comunitárias de Saúde (ACSs), atores estratégicos na atenção a mulheres em situação de violência. Dentre as atividades de pesquisa e intervenção desenvolvidas, incluem-se oficinas com as ACSs para a discussão dialogada dos resultados da pesquisa. Tomando-se como referência os pressupostos da Educação Popular e da pedagogia feminista, conclui-se que as oficinas representaram um valioso recurso político-pedagógico, permitindo uma fecunda interação dialógica entre academia e serviços de saúde e oferecendo visibilidade e reconhecimento às vozes e às ricas experiências de vida e trabalho das ACSs contribuindo, assim, para uma construção compartilhada do conhecimento que fortalece práxis comprometidas com transformações na assistência à saúde e nas relações sociais mais amplas.
Resumo O objetivo deste ensaio é ampliar o debate acerca das maternidades e do cuidado promovido por mulheres-mães de crianças com a síndrome congênita da zika (SCZ), no contexto atual de pós-epidemia no Brasil, através de uma análise teórica e política, mediada pelo diálogo com a literatura científica na área das Ciências Sociais e Humanas. A partir de um enfoque interseccional, que considera vulnerabilidades e desigualdades sociais, raciais e de gênero, discute-se como essas relações influenciam na organização do cuidado e na construção da maternidade dessas mulheres. Constatamos que as mulheres são as principais cuidadoras da criança, resultado de uma ideologia de maternidade, situada na divisão sexual e social do trabalho no âmbito de uma sociedade capitalista, que impõe responsabilidades e deveres diferentes para mulheres e homens no cuidado e no cuidar, reforçando opressões e explorações. No contexto da infecção congênita, da precarização da vida e do desmantelamento de políticas públicas, há uma sobrecarga de responsabilidades sobre as mães-guerreiras-especiais que podem comprometer seu bem-estar físico e mental, que tanto agrava a situação de desproteção social em que essas mulheres se encontram quanto as impulsionam em busca de coletivos que as fortaleçam como sujeitos políticos e de direitos.
A violência entre parceiros íntimos é um problema de saúde pública, mas, em geral, a integração da atenção a esta complexa problemática social é insatisfatória na formação e na atenção em saúde. Essa situação é examinada neste artigo, com base em evidências e questões levantadas na literatura. Nas experiências internacionais, constatou-se que a busca ativa dos casos nos serviços é priorizada, porém encontra dificuldades na institucionalização das rotinas e sistematização da capacitação desde a educação inicial. No contexto brasileiro, o pouco conhecimento sobre o assunto entre estudantes e profissionais de saúde foi sinalizado, sendo que a incorporação da normatização da assistência à violência sexual dá visibilidade ao despreparo das equipes. As conclusões ratificam limites da formação em saúde baseada no modelo biomédico e do processo de trabalho centrado na figura do médico. Recomenda-se a "problematização" da VPI via processos de ensino-aprendizagem que valorizem saberes e experiências dos educandos e garantam espaços coletivos de discussão, com apoio da incorporação dos referenciais das Ciências Humanas e Sociais nos currículos médicos e de mudanças na educação médica orientadas pela integralidade e intersetorialidade das ações.
Este artigo apresenta resultados parciais de entrevistas semiestruturadas realizadas com 23 profissionais de saúde de uma maternidade pública, no contexto de um projeto de pesquisa-ação implantado para promover a identificação e o acolhimento de mulheres que sofrem violência na gravidez. As percepções sobre as relações de gênero e sobre a violência, nas suas vidas particulares e profissionais, incluíram tanto os possíveis sinais de violência apontados no comportamento de pacientes e familiares nas consultas e contatos, quanto as barreiras, possibilidades e condições necessárias para abordarem o assunto na rotina hospitalar. Observamos que suas visões foram ampliadas na entrevista individual e nas discussões coletivas subsequentes, num processo de 'visibilidade construída' que apontou as raízes sociais complexas da violência, bem como os limites e as responsabilidades profissionais apropriadas à situação vivida pelas pacientes e às condições de trabalho desses profissionais.
ResumoPartindo-se de demandas de formação em saúde situadas no processo de trabalho das equipes multiprofissionais envolvidas na implementação da Rede Cegonha na Região Metropolitana II do Rio de Janeiro, realizou-se ação de extensão com objetivo de colaborar para melhoria do cuidado integral. Apresentase descrição crítica e ref lexões sobre a ação, sublinhando sua processualidade e apontando dif iculdades, limites e potencialidades. A abordagem de gênero como tema transversal no processo ensino-aprendizagem, a produção compartilhada de saberes e o trabalho em rede na saúde foram privilegiados na concepção político-pedagógica. Por meio de metodologias participativas, foram realizados cinco encontros teóricos e vivenciais sobre gênero e sexualidade; violências; alimentação e nutrição; cuidados na gestação, no parto e na criança até 2 anos. Em graus variados, foram observados e problematizados atravessamentos de gênero nas vidas pessoais e profissionais das participantes, em sua maioria mulheres, como restrições para estudarem e escolherem suas carreiras, chegando aos dias atuais em que as mesmas são chefes de família e vivenciam desigualdades na divisão sexual do trabalho. Nas rotinas praticadas junto às gestantes, puérperas, parceiros e crianças, percebeu-se a permanência de práticas potencialmente discriminatórias; inexperiência/embaraço para lidar com novos arranjos conjugais; mitos na alimentação; obstáculos para a presença e participação dos pais. A autonomia e o direito da mulher a escolhas e informações -desde a sua admissão, em que estar em jejum é regra, até a cesariana induzida -foram recorrentemente negligenciados. Conclui-se pela pertinência de inclusão, de modo
RESUMO Este artigo teve como objetivo analisar o cuidado ofertado às crianças com a Síndrome Congênita do Zika, a partir das experiências dos profissionais participantes de um projeto de pesquisa clínica de um hospital público e universitário no estado do Rio de Janeiro. Foi realizado um estudo de caso exploratório, qualitativo, por meio de observação participante e entrevistas semiestruturadas com 11 profissionais de saúde. Os dados foram conduzidos por análise de conteúdo, modalidade temática. Sob a perspectiva do cuidado como uma das dimensões da integralidade em saúde, percebeu-se que os profissionais, em sua maioria mulheres e médicas, são sensíveis às questões das famílias, consideradas também como unidade de cuidado, e reconhecem a diferença no atendimento que prestam ante o modelo biomédico ainda hegemônico na área da saúde. No entanto, apontam seus limites perante uma rede fragmentada e ineficiente. Tais limites parecem inviabilizar uma assistência que acolha as dimensões afetivas e sociais dessas famílias, em especial, das mulheres, legitimadas na centralidade do cuidado de seus filhos. Foi constatada a importância de pensar em uma formação em saúde interdisciplinar, crítica e reflexiva que possibilite um olhar ampliado às vulnerabilidades e necessidades dessas famílias, incluindo uma perspectiva de gênero interseccional que compreenda o complexo processo de determinação social em saúde.
As crianças e adolescentes em situação de rua, sujeitos historicamente excluídos, refugo humano de seres sobrantes, os sem lugar que não cabem na foto e nem na escola, passam ao largo das políticas educacionais. A partir de breve abordagem sócio-histórica sobre a produção da infância excluída no Brasil e da realidade vivenciada no projeto de extensão de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro, o propósito deste ensaio foi discutir e compreender como a educação formal (ou a ausência dela) marca a vida dessas crianças e adolescentes, tomando como referência a história de vida de uma jovem negra cuja primeira experiência de rompimento social e institucional foi com a escola. Afirma-se a urgência de relações sociais menos excludentes e desiguais para se viabilizar o acesso e permanência desta população na escola e seu direito à educação.
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