O artigo propõe uma reflexão sobre tecnologia e propriedade na segunda metade do Oitocentos, observando-se a construção de mecanismos de apropriação tecnológica em uma nova etapa do desenvolvimento capitalista. Durante a Exposição Universal de Viena, em 1873, foi promovido o Congresso Internacional sobre Patentes, primeiro evento de grande porte exclusivamente voltado à temática. Os debates ali produzidos tenderam a ratificar as funções cumpridas pelas patentes como ferramentas de proteção, recompensa e incentivo à inovação, defendendo-se a padronização dos conceitos, requisitos e procedimentos adotados de país a país e estimulando-se a adoção de uma legislação internacional unificada.
O presente artigo realiza uma breve discussão sobre os aspectos que envolvem a concepção de modernidade inserida na participação do Brasil nas Exposições Universais da segunda metade do século XIX, especialmente a partir do exemplo da exposição da Filadélfia, em 1876, problematizando o contraponto geralmente abordado entre desenvolvimento tecnológico e exibição de recursos naturais pela historiografia. Pretende-se mostrar como o Brasil se inseriu nesses grandes eventos internacionais a partir da divulgação das suas riquezas naturais, como parte da construção de uma dada noção de modernidade que atendia aos interesses de vários setores proprietários no país.
RESUMO O artigo apresenta os interesses da Associação Comercial do Rio de Janeiro no estímulo e patrocínio à implementação do curso comercial pelo Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Analisando os aspectos que envolveram a afirmação da instrução pública ao longo do século XIX, o artigo transita por vários aspectos da sociedade e economia da segunda metade do século XIX que formavam um novo entendimento sobre a instrução pública, articulando-a aos interesses da produção de riqueza do país e, ao mesmo tempo, incentivando o ensino profissional como formador e moralizador da classe trabalhadora. Nesse sentido, o artigo discute alguns aspectos históricos que teriam contribuído para a defesa do ensino comercial, como aspecto da formação profissional dos trabalhadores do comércio, pela Associação Comercial do Rio de Janeiro no final dos oitocentos.
RESUMO O artigo analisa a Primeira Exposição Nacional da Indústria, realizada no Brasil, em 1861, apoiada pelo governo imperial e organizada pela Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e pelo Imperial Instituto Fluminense de Agricultura. O evento visava preparar a participação do Brasil na Exposição Universal em Londres, a se realizar em 1862. A partir de dados sobre investimentos do governo nesses eventos, objetivo compreender os impactos político e econômico que a Primeira Exposição representou para o país, considerando os produtos e os recursos naturais descritos no Relatório geral da Exposição Nacional de 1861 e no Relatório dos Jurys Especiais.
O artigo discute o significado econômico das exposições nacionais como parte das grandes exposições universais do século XIX. Com análise específica do caso brasileiro, traça uma discussão sobre o caráter dessas exposições nacionais no país. Em seguida, realiza uma análise de fontes, a partir de uma sátira política da Semana Illustrada e dos relatórios do Júri das Exposições Nacionais de 1861 e de 1866. Destaca com as fontes os elementos críticos à participação do país nas exposições, mostrando também como os relatórios se constituíram em ricas fontes de pesquisa sobre decisões econômicas adotadas pelo governo imperial.
Este artigo é resultado da experiência do ensino de História para o curso superior de Educação no campo, ocorrido em 2011, na universidade federal rural do rio de janeiro. O artigo foi dividido em duas partes: a primeira é uma breve e geral da reflexão da ciência histórica, de suas linhas constitutivas, em especial a partir da contribuição do pensamento dos Annales sobre tempo e espaço, fundamentais para a construção da ciência histórica no século XX; a segunda parte do artigo se dedica mais detidamente às especificidades do ensino de História, mais especialmente no diz respeito à teoria e à metodologia em História, trazendo o que pensamos ser as linhas mestras para a reflexão do ensino de História para a Educação do Campo na Universidade.
O artigo tem como objetivo analisar as ideias sobre o Pan-americanismo que estiveram presentes na organização e execução da Exposição Internacional Pan-Americana de Búfalo, Nova Iorque, realizada em 1901. Sendo recorrentemente lembrada pelo assassinato do presidente William McKinley por um anarquista durante a Exposição, ela representou uma exibição das ideias imperialistas presentes na perspectiva pan-americana, demonstrando também os seus limites. Essa exposição foi caracterizada pela utilização da eletricidade e do uso de cores que demonstravam a pujança tecnológica e a abundância de recursos naturais do continente, atribuindo-se a ela a designação de “rainbow city”. Ela foi marcada ainda pelo forte apelo às ideias evolucionistas, esboçadas no percurso de suas avenidas. Nesse sentido, procura-se traçar aqui os principais ideais que conduziram a ação da Companhia da Exposição Pan-Americana na organização do evento.
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