A região do Grande ABC, assim como a economia brasileira, absorveu os reflexos da crise econômica e financeira mundial que se iniciou nos EUA no ano de 2008. Ao comparar dados de comércio exterior do Grande ABC no ano 2010 com o do ano 2005, constatou-se uma queda significativa (em torno de 40%) no saldo da balança comercial. Nesse mesmo período, enquanto as exportações cresceram apenas 16%, as importações avançaram 77% o que explica o aumento expressivo no saldo da corrente de comércio (40%). A tendência de deterioração do saldo da balança comercial também ocorre quando se analisa os dados para o Estado de São Paulo e para o Brasil. No estado paulista, a balança comercial apresenta saldo negativo desde o ano de 2008. Apesar dos reflexos da crise de 2008, a deterioração de indicadores do comércio exterior da região do Grande ABC teve início antes da crise, sugerindo que outras variáveis, como por exemplo, a taxa de câmbio, tem influenciado negativamente no comportamento das exportações, importações, balança comercial e participações relativas.
Resumo. O presente trabalho tem como principal objetivo realizar uma análise comparativa dos efeitos de choques monetários e cambiais sob regimes de câmbio fl utuante nos quatro países membros do Mercosul -Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Para isso, estimaram-se modelos vetoriais de correção de erros (VEC) para cada um dos países integrantes do Mercosul, utilizando as variáveis infl ação, taxa de juros, taxa de câmbio e nível de reservas internacionais. Constatou-se que, sob regimes de câmbio fl utuante, nas economias do Mercosul, não existem indícios de semelhanças nas respostas aos choques monetários e cambiais. A implicação disso é que o processo de integração na região pode ser comprometido, pois aumentam-se os custos da ausência de coordenação macroeconômica.Palavras-chave: VEC, cointegração, área monetária ótima, Mercosul.Abstract. This study aims at making a comparative analysis of the eff ects of monetary and exchange rate shocks under fl oating exchange rate regimes in the four member countries of Mercosur -Brazil, Argentina, Uruguay and Paraguay. For this, it estimated vector error correction models (VEC) for each of the Mercosur countries, using the variables infl ation, interest rate, exchange rate, and international reserves. It was found that under the adoption of fl oating exchange rate regimes by all the countries studied, there is no evidence of macroeconomic convergence in the economies of Mercosur. The implication is that the process of integration in the region may be compromised because they increase the cost of the lack of macroeconomic coordination.Keywords: VEC, co-integration, optimum currency area, Mercosul.Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Attribution License (CC-BY 3.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
ResumoO modelo brasileiro de crescimento econômico predominante se caracteriza por baixas taxas de crescimento, grau reduzido de dinamismo e intensa desigualdade social. Esta pesquisa se norteia pela seguinte questão: de que forma e em que magnitude a distribuição de renda e o crescimento econômico brasileiro tem se inter-relacionado ao longo do período 1976-2012? O objetivo deste trabalho é estudar as relações de longo prazo entre a distribuição de renda e crescimento econômico no Brasil. Tanto a modelagem VEC quanto os modelos autorregressivos de defasagens distribuídas (ADLs) sugeriram a existência, no sentido de Granger, de bicausalidade da desigualdade para o crescimento e do crescimento para a desigualdade.Palavras-chave: Crescimento econômico, desigualdade, séries temporais. AbstractThe Brazilian model of economic growth is characterized by low growth rates, low level of dynamism and intense social inequality. This research is guided by the following question: in what way and to what extent the distribution and Brazilian economic growth has interrelated over the period 1976-2012? The objective of this work is to study the long-term relationships between income distribution and economic growth in Brazil. Both VEC modeling as the autoregressive models of distributed lags (ADLs) suggested the existence, in the sense of Granger, causality of inequality for growth and growth for inequality. In Brazil, income inequality hampers economic growth because of the inertia of inequality and also economic growth is revealed as an important tool for reducing income inequality.
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