A fragilidade no acesso aos mercados monopolizados, por parte dos agricultores familiares, impulsiona a procura por novos processos e práticas que emergem paralelamente aos grandes impérios alimentares. Neste contexto surgem novos mercados, que coexistem com os circuitos comerciais como as feiras, mercados integrados ao turismo, agroindústrias familiares e os institucionais, criando novos circuitos mercantis. O objetivo deste trabalho foi analisar como os arranjos produtivos locais podem fomentar a diversificação da agricultura familiar, relocalizando a produção de alimentos, através das cadeias curtas, estimulando a heterogeneidade e promovendo o desenvolvimento rural. A pesquisa foi realizada a partir do Arranjo Produtivo Agroindústria familiar, estrutura de governança que impulsiona a instalação, regularização e associativismo de agroindústrias no Vale do Taquari, RS. A metodologia utilizada foi a análise documental e entrevista aos gestores do APL Agroindústria e aos proprietários de agroindústrias integrantes do APL. Como resultado pode-se observar que as Políticas públicas de fomento para a implementação e fortalecimento dos APLs, constituem-se estratégias que podem fortalecer a agricultura familiar, promovendo a construção e o acesso a novos mercados, a criação e o desenvolvimento de novos produtos, promovendo a sucessão rural, diversificando as atividades produtivas, gerando renda, através de novos arranjos sociais e estruturas de governança horizontalizadas.
A fragilidade no acesso aos mercados monopolizados, por parte dos agricultores familiares, impulsiona a procura por novos processos e práticas que emergem paralelamente aos grandes impérios alimentares. Nesse contexto surgem novos mercados, que coexistem com os circuitos comerciais como as feiras, mercados integrados ao turismo, agroindústrias familiares e os institucionais, criando novos circuitos mercantis. O objetivo deste trabalho foi analisar como os arranjos produtivos locais podem fomentar a diversificação da agricultura familiar, relocalizando a produção de alimentos através das cadeias curtas, estimulando a heterogeneidade e promovendo o desenvolvimento rural. A pesquisa foi realizada a partir do Arranjo Produtivo Agroindústria familiar, estrutura de governança que impulsiona a instalação, regularização e associativismo de agroindústrias no Vale do Taquari, RS. A metodologia utilizada foi a análise documental e entrevistas com gestores do APL Agroindústria e proprietários de agroindústrias integrantes do APL. Como resultado pode-se observar que as políticas públicas de fomento para a implementação e fortalecimento dos APLs e incentivo ao turismo constituem-se estratégias que podem fortalecer a agricultura familiar, promovendo a construção e o acesso a novos mercados, a criação e o desenvolvimento de novos produtos, promovendo a sucessão rural, diversificando as atividades produtivas, gerando renda através de novos arranjos sociais e estruturas de governança horizontalizadas.
Os sistemas tradicionais de produção de erva-mate (STPEM), presentes da Floresta Ombrófila Mista do sul do Brasil, se caracterizam como sistemas agroflorestais, cujas raízes se vinculam aos manejos de faxinais e caívas. Considerando a complexidade implícita na abrangência destes sistemas, em dimensões ambientais, econômicas, sociais e culturais, este estudo objetiva analisar o monitoramento inicial e o desempenho dos sistemas tradicionais de produção de erva-mate, em municípios do estado do Paraná, por meio da construção participativa de indicadores. A pesquisa de campo ocorreu em duas etapas: a primeira, a partir do acompanhamento de uma oficina realizada no município de União da Vitória, a qual contou com a presença de agricultores e representantes de diversas instituições vinculadas ao Observatório da Erva-mate em parceria com pesquisadores de universidades. Neste evento, por meio da construção coletiva de um sistema de indicadores acessível e utilizável pelos manejadores dos STPEM, foram criados parâmetros técnicos vinculando conhecimentos científicos aos saberes tradicionais dos agricultores. Este processo permite avaliar a amplitude dos sistemas nas suas principais dimensões, possibilitando o acompanhamento e o monitoramento ao longo do tempo, para futuras comparações relacionadas à evolução dos sistemas. A segunda etapa se refere à aplicação destes macroindicadores em doze famílias de propriedades rurais localizadas em quatro municípios (Inácio Martins, Rebouças, Bituruna e São Mateus do Sul). Os resultados demonstram os pontos fortes e as limitações nos STPEM, destacando-se que os sistemas monitorados contribuem efetivamente com a conservação da Floresta Ombrófila Mista, promovendo benefícios para as propriedades e entorno, como na questão hídrica enfatizada pelos agricultores pesquisados. A efetivação de um sistema de indicadores construído com os atores sociais abre espaços de interlocução com as políticas públicas, considerando as realidades e necessidades locais, muitas vezes conhecidas apenas pelos próprios agricultores e estimulando novas agendas de pesquisa.
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