RESUMO Os objetivos do presente estudo foram identificar e analisar as contribuições do Comitê Gestor da Pesquisa para o acesso aos desfechos relacionados à implementação, em uma pesquisa conduzida no campo da saúde mental. Trata-se de um estudo qualitativo que adotou como recurso metodológico a realização de grupo focal e o levantamento dos dados registrados nas atas dos encontros promovidos pelo Comitê. Por meio do estudo, foi possível identificar que o Comitê Gestor da Pesquisa favoreceu a participação das partes interessadas em diversos aspectos da pesquisa; possibilitou a avaliação e o monitoramento do sentido e da viabilidade da pesquisa para o campo de estudo, sob a ótica de quem vive a experiência do cotidiano do trabalho e do cuidado; e favoreceu o acesso a alguns desfechos da pesquisa de implementação de forma contínua e mais significativa para aqueles que se beneficiariam dela. Neste sentido, sugere-se aos pesquisadores e às agências envolvidas nesse tipo de estudo a adoção dessa ferramenta como uma possibilidade de tornar a pesquisa um processo mais dialógico e potencialmente transformador.
Este estudo tem como objetivo analisar a perspectiva dos trabalhadores de Enfermaria de Saúde Mental em Hospital Geral (ESMHG) e dos CAPS acerca do cuidado compartilhado a usuários internados em ESMHG. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de quarta geração com abordagem hermenêutica cujos dados foram construídos a partir de grupos focais gravados em áudio e transformados em narrativas. São discutidos critérios de internação, função da regulação de vagas, funcionamento da rede e tempo da internação. Conclui-se que a heterogeneidade dos modos dos serviços acolherem pessoas em quadros agudos, por um lado, expressa a pluralidade potente das formas de produzir cuidado e, por outro, evidenciam contradições marcadas pelo distanciamento entre os serviços e pela ausência de critérios compartilhados. Assim, explicitam-se situações de fragmentação prática e a necessidade de fortalecimento dos espaços de interlocução em rede.
Este trabalho mostra os resultados de um levantamento sobre as técnicas que vêm se desenvolvendo no campo da Saúde Mental nas unidades de um Serviço de Saúde Mental. A Reforma Psiquiátrica mudou o panorama da assistência em saúde mental do país e a cidade de Campinas, com este serviço, os equipamentos da rede pública em saúde mental e sua retaguarda hospitalar sâo considerados urna referência para o Brasil e a América Latina. Assim, foram identificados os procedimentos técnicos desenvolvidos, seus conceitos fundamentais e organizaçâo. Foram aplicados 29 questionários junto as categorias universitárias que atuavam nas 8 unidades do Serviço e realizadas entrevistas semiestruturadas junto a 5 atores-chave (assistente-social, enfermeira, médico, psicólogo e terapeuta ocupacional), em busca das representaçôes sociais sobre as mudanças operadas no campo. Dessa forma, as técnicas surgiram como resultado de um entendimento mais integral e eclético do sofrimento psíquico. As técnicas sâo novas, embora se apóiam em bases tradicionais e sejam dependentes do contexto . A distinçâo entre as técnicas é clara e derivada da experiencia dos profissionais e do intercambio entre as unidades. A maneira como as técnicas sâo executadas nâo dispensa as especializaçôes, mas sâo experimentadas também de forma nâo especializada, coletiva e genérica.
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