A pandemia pela COVID-19 e a recomendação do isolamento social/espacial impuseram a suspensão das aulas presenciais, afetando as instituições de ensino no país. Porém, as escolas de formação em saúde se viram pressionadas a manterem a formação para atender às demandas dos serviços por profissionais. Este trabalho visa relatar a experiência de adaptação do processo de formação, da modalidade presencial para a não presencial, de um Curso Técnico em Enfermagem. Esta escrita surgiu da iniciativa de convergir uma abordagem teórico metodológica já utilizada no campo da saúde, “o trabalho vivo em ato” de Merhy, com os pressupostos sobre o processo de ensino-aprendizagem, de Paulo Freire. Foi urgente às docentes do curso a busca pela formação e o conhecimento sobre os ambientes virtuais de aprendizagem. As reflexões que emergiram, a partir dessa experiência concluíram que a contemporaneidade e o acesso facilitado às tecnologias da informação demandam um reposicionamento docente e discente em relação a elas. Qualquer que seja a metodologia utilizada em processos de ensino e aprendizagem, os melhores resultados foram encontrados naquelas que proporcionaram a construção do conhecimento de forma coletiva e dialógica. A convivência física, não sendo possível em um momento de isolamento espacial, foi substituída por ferramentas que possibilitaram o “convívio virtual” entre docentes e discentes.
Técnicos de enfermagem compreendem a maior força de trabalho na área da saúde, contudo, existem poucas publicações sobre a formação deste profissional. Este estudo objetivou identificar na literatura as metodologias ativas de ensino-aprendizagem utilizadas no processo formativo dos cursos técnicos em enfermagem. O método utilizado foi uma revisão integrativa de literatura que incluiu estudos indexados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO, MEDLINE, CINAHL, Web of Science e SCOPUS, publicados entre 2011 e 2021. Esta revisão foi estruturada em cinco passos metodológicos e os dados foram analisados qualitativamente. Identificou-se 988 registros, dos quais foram selecionados 6 artigos, totalizando 151 sujeitos e 24 instituições de ensino públicas e privadas. As intervenções identificadas foram: storytelling, mentoring, feedback, problematização e prática simulada. Docentes e discentes reconheceram a influência positiva das metodologias ativas no processo formativo de técnicos em enfermagem. Apesar de qualificados, os docentes manifestaram insegurança para uso deste método, sendo necessário um investimento e apoio institucional e a valorização do corpo docente para fomentar essa prática. Destaca-se ainda uma escassez de estudos com qualidade metodológica acerca da educação técnica em enfermagem, evidenciando um interesse científico incipiente nesta área.
O estudo possui o objetivo principal de analisar o agir docente no processo de integração ensino-serviço de um Curso Técnico em Enfermagem do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um estudo de caso do tipo único e holístico, com abordagem qualitativa. Foram realizados três grupos focais (gravados e transcritos) com oito docentes dos onze que atuam na escola analisada. Os resultados sistematizados do grupo anterior foram apresentados e usados em continuidade ao roteiro com base no agir em competência da Ergologia. Os discursos que emergiram durante a realização dos grupos focais contribuíram para planejar a educação permanente dos docentes sobre o princípio educativo do trabalho e a revisão do Projeto Político Pedagógico do Curso, aproximando-se da pesquisa-ação-intervenção. A análise textual do discurso demonstrou que as lógicas das tecnologias educacionais do agir docente em processos de integração ensino-serviço na escola de serviço do SUS subverte a das escolas formais do sistema de ensino – do trabalho como centro do ensino para o ensino que se constitui no trabalho. Se, em uma escola de serviço do SUS, trabalhar é educar-se, do agir dos próprios docentes ao aprendizado dos estudantes/trabalhadores, o papel das renormalizações das normas é princípio da tecnologia pedagógica do agir docente do SUS.
Objetivo: Identificar produções científicas sobre concepções pedagógicas que embasam os projetos pedagógicos dos cursos técnicos de enfermagem no Brasil. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de publicações que abordem o plano pedagógico de cursos técnicos de enfermagem no país, buscando responder à questão “Quais as concepções pedagógicas que embasam os currículos dos cursos técnicos de enfermagem no Brasil?”. Resultados: Foram identificados 679 artigos, dos quais seis foram incluídos. Todos qualitativos, utilizaram delineamentos distintos e foram publicados em cinco periódicos da área da Enfermagem. Os dados encontrados nos estudos primários incluídos nesta revisão integrativa foram sintetizados em duas categorias: “A problematização na centralidade pedagógica da Educação Técnica” e “Currículo por competências para uma formação comprometida com a prática profissional do cuidado integral em saúde”. Foi constatado um direcionamento pedagógico para o uso da problematização e uma tendência ao currículo por competências, notadamente no ensino público. Conclusão: Foi observado um desencontro entre o que está descrito no projeto pedagógico dos cursos abordados e o que é implementado pelos respectivos docentes.
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