RESUMONeste trabalho busco problematizar o papel do estágio curricular na formação docente, a partir da análise dos sentidos produzidos sobre esta atividade no curso de Pedagogia da Faculdade de Educação/UERN. Assim, interrogo: que sentidos sobre o estágio são propostos no Projeto Pedagógico do Curso? Que traduções são produzidas pelos que vivenciam esta atividade acadêmica? Que sentidos são provisoriamente estabilizados? Com efeito, apresento uma análise sobre formações discursivas de professores e alunos do curso em foco, identificando os núcleos de sentido e recorrência na significação que permitem compreender a estabilização de sentidos sobre o estágio curricular supervisionado. Para tanto, tomo como material empírico o Projeto Pedagógico do Curso, visando à análise da concepção e proposta de estágio e textos produzidos por alunos e professores do curso de Pedagogia por ocasião do I Seminário de Avaliação da Formação do Pedagogo no Curso de Pedagogia da UERN -SEMAPED. O trabalho se articula com a pesquisa que venho desenvolvendo no âmbito do curso de Doutorado em Educação na qual busco compreender no processo de produção da política curricular a micropolítica institucional, as produções de sentidos e as traduções para as políticas de formação de professores. Apoiandome na compreensão do currículo como espaço fronteiriço de enunciação cultural (MACEDO, 2006;FRANGELLA, 2009) e como um discurso que constrói sentidos (LOPES e MACEDO, 2011), proponho pensar que o currículo constitui o conjunto de discursos que estabelece sentidos, sempre contingentes, num movimento contínuo de construção/desconstrução, não havendo, portanto, a possibilidade de correspondência entre proposta e prática, tampouco de bloquear a significação.
Os estudos de gênero e sexualidade desde sempre se constituíram como uma questão polêmica, dividindo opiniões quanto a sua discussão no contexto escolar. Em geral as abordagens atinentes à sexualidade e gênero que perpassam o currículo escolar são instituídas a partir de conceitos ligados ao padrão da heteronormatividade. O objetivo dessa pesquisa consistiu em analisar a produção acadêmica sobre currículo, diversidade sexual e ação docente no contexto escolar e os sentidos construídos nesse movimento de construção de saberes. Para tanto, foi realizada um estado da arte a partir da análise de dissertações e teses, publicadas entre os anos de 2009 e 2019. Os achados apontaram para uma discussão ainda operada pelo viés biologizante, com enfoque na reprodução humana, tomando como argumento para explicar as posturas em relação ao assunto. A partir do levantamento bibliográfico, percebeu-se que ainda é escassa a discussão sobre currículo/políticas de currículo que abordem a temática de forma mais aprofundada, em termos de compreensões político-filosóficas, por vezes se apresentando de forma muito pontual e superficial. Em face do exposto considera-se que é necessário ampliar o debate na possibilidade de contribuir para que a escola possa pensar estratégias para lidar com essa questão, transformando-se em um espaço reconhecedor das diferenças.
Ao pensar sobre a docência e o ser professor, reporta-se às possíveis especificidades de saberes para o exercício docente na Enfermagem, incluindo, assim, como o enfermeiro-professor vem sendo formado. Objetiva-se analisar nos trabalhos produzidos os sentidos e significados da formação docente na Enfermagem, partindo da perspectiva do currículo. Trata-se de Estado da Arte, que consiste na identificação do que já foi pesquisado e os caminhos que foram percorridos sobre o tema em estudo. Definiu-se como lócus de pesquisa: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações–BDTD, a partir dos seguintes descritores: Formação do enfermeiro professor; Currículo da formação do enfermeiro professor; Currículo do curso de enfermagem: bacharelado e licenciatura em Enfermagem; Licenciatura em enfermagem; Currículo, pós-estruturalismo e enfermagem e Formação do enfermeiro docente. Delinearam-se estes critérios de busca: dissertações e teses, produzidas nos últimos 10 anos, disponíveis na íntegra, tratando da realidade brasileira. Foram selecionados 15 trabalhos, sendo 11 dissertações e 4 teses. Os resultados apontaram que a maioria dos enfermeiros-professores não possui formação pedagógica, pois prevalecem os cursos de Bacharelado e a concepção de que os saberes da atuação na enfermagem são suficientes para ensinar. Existem no Brasil, nove cursos de Licenciatura em Enfermagem, alguns dos trabalhos reportam-se para estudá-los do ponto de vista histórico, dos seus limites e das suas características. A discussão sobre o currículo é apontada como caminho para repensar a formação pedagógica do enfermeiro. Há, portanto, a necessidade de que pesquisas sejam realizadas enfocando a perspectiva do currículo dos cursos de enfermagem sobre a docência.
texto, examinam-se os aspectos que motivaram a destituição da disciplina de Sociologia na Reforma do Ensino Médio (Lei 13.415/17) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na perspectiva de se compreender os interesses e as relações de poder em cena no âmbito educacional. Para o desenvolvimento do trabalho, adota-se a abordagem qualitativa e realiza-se uma pesquisa bibliográfica e documental. A análise que se construiu nos distancia da perspectiva estadocêntrica, que centraliza a definição das políticas no âmbito do Estado, em prol de uma compreensão de que as políticas estão passíveis a traduções e recontextualizações nos microcontextos pelos sujeitos escolares. Por sua vez, considera-se que a disciplina de Sociologia foi deslegitimada por não favorecer os sentidos de qualidade que foram hegemonizados nas políticas curriculares.
O trabalho aborda o Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) focalizando a tutoria e o seu papel na construção do projeto de vida, na perspectiva de pensar os desdobramentos dessa política curricular para a formação dos jovens. Tem como base teórica a abordagem do ciclo de políticas (BALL e BOWE, 1992) e a teoria daatuação (BALL, MAGUIRE e BRAUN, 2016). Para a análise dos sentidos e perspectivas sobre a tutoria como proposta curricular do Ensino Médio expõe a análise de entrevistas semiestruturadas realizadas com jovens estudantes, professores e gestão escolar. Os resultados apresentam a enunciação de que o “jovem é o centro da escola”, a tutoria se constitui em uma dinâmica de conversa, aconselhamento e acompanhamento articulada a orientação do Projeto de Vida. A política ao ser atuada no contexto da prática está sujeita a ressignificações e reinvenções por parte dos sujeitos envolvidos.
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