Introdução: O COVID-19 (SARS-CoV-2) é um vírus que pode causar complicações respiratórias de leve a grave e elevada infectividade e patogenicidade. Atualmente, dado a sua alta transmissibilidade e dificuldade de controle, é considerado um evento pandêmico pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico de notificações de casos do novo coronavírus (SARS-Cov-2) no Estado do Maranhão. Delineamento: Trata-se de um levantamento epidemiológico dos casos e óbitos notificados de Covid-19 no estado do Maranhão no período de março a abril de 2020. Os dados foram analisados conforme informes do boletim epidemiológico de saúde do Estado do Maranhão com informações das regionais de saúde do estado. Os casos foram analisados por meio das variáveis: sexo (feminino/masculino), faixa etária (em anos), procedência, presença ou não de comorbidades. Resultados: Foram confirmados 2.105 casos de COVID-19. A região mais acometida foi São Luís com 89% dos casos sendo do sexo feminino (52%), e idade de 30 a 39 anos (29%). O sexo masculino apresentou maior taxa de óbitos (62%), idade 60 anos ou mais (66%), procedência regional de São Luís 60%, comorbidades diversas (78%), destacando-se as doenças cardiovasculares e imunológicas. Implicações: Observam-se impactos clínicos, epidemiológicos, econômicos, além de sérias repercussões sociais, políticas e culturais na nossa sociedade, implicando na capacidade de respostas rápidas aos desafios colocados pela pandemia.
RESUMOObjetivos: Avaliar o acesso e a acessibilidade às Unidades Básicas de Saúde (UBS) nas diferentes regiões do Brasil, caracterizando-os segundo os componentes organizacional e de infraestrutura. Metodologia: Pesquisa avaliativa, de natureza quantitativa, com delineamento transversal descritivo, fundamentada nos dados do terceiro ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Resultados: A maioria das UBS (84,4%) possuem horário fixo de funcionamento; 46,3% mantém atividades no horário do almoço; 87,1% apresentaram todos os ambientes com sinalização, facilitando acesso dos usuários; 21,7% apresenta estrutura divergente do estabelecido pelo Ministério da Saúde. Conclusão: Houve disparidades regionais nos achados encontrados em âmbito nacional quanto ao acesso e à acessibilidade. Na avaliação geral, o componente organizacional aponta conformidade com o preconizado pelo Ministério da Saúde e, no componente infraestrutura, a acessibilidade indicou percentuais que demandam avanços para melhoria do acesso.Descritores: Acessibilidade aos Serviços de Saúde, Unidade Básica de Saúde, Atenção Primária à Saúde. ABSTRACTObjectives: Evaluate access and accessibility to Basic Health Units (BHU) in different regions of Brazil, characterizing them according to organizational and infrastructure components. Methodology: Evaluative research, of quantitative nature, with descriptive cross-sectional design, based on data from the third cycle of National Program for Improvement of Access and Quality of Primary Care. Results: Most BHU (84.4%) have fixed opening hours; 46.3% maintain activities at lunchtime; 87.1% presented all environments with signage, facilitating access of users; 21.7% presents a structure that differs from that established by the Ministry of Health. Conclusão: There were regional disparities in the findings found nationwide regarding access and accessibility. In the overall assessment, the organizational component points to compliance with the recommended by the Ministry of Health, and the infrastructure component, accessibility indicated percentages that require advances to improve access.Keywords: Accessibility to Health Services, Health Centers, Primary Health Care. RESUMENObjectivos: Evaluar el acceso y la accesibilidad a las Unidades Básicas de Salud (UBS) en diferentes regiones de Brasil, multiplasándolas de acuerdo con los componentes organizativos y de infraestructura. Metodología: Investigación evaluativa, de naturaleza cuantitativa, con diseño transversal descriptivo, basada en datos del tercer ciclo del Programa Nacional para la Mejora del Acceso y la Calidad de la Atención Primaria. Resultados: Más UBS (84,4%) tienen horarios de apertura fijos; 46,3% mantener actividades a la hora del almuerzo; El 87,1% presentó todos los entornos con señalización, facilitando el acceso de los usuarios; El 21,7% presenta una estructura que difiere de la establecida por el Ministerio de Salud. Conclusión: Hubo disparidades regionales en los resultados encontrados en todo el país con respecto al acceso y la accesibilidad. En la evaluación general, el componente organizacional apunta al cumplimiento del componente recomendado por el Ministerio de Salud y del componente de infraestructura, la accesibilidad indicó porcentajes que requieren avances para mejorar el acceso.Palabras clave: Accesibilidad a los servicios de salud, atención primaria de salud, atención primaria de salud.
Introdução: Neste estudo analisamos o perfil epidemiológico de notificações de casos do novo coronavírus (SARS-Cov-2) no Estado do Maranhão. Delineamento: trata-se de um levantamento epidemiológico de casos e óbitos por COVID-19 notificados no estado do Maranhão, no período de março a abril de 2020. Os dados foram analisados a partir dos informes do boletim epidemiológico de saúde do estado do Maranhão, juntamente com informações disponibilizadas pelas sedes regionais de saúde do estado. Os casos foram analisados por meio das variáveis: sexo (feminino/masculino), faixa etária (em anos), procedência e presença ou não de comorbidades. Resultados: foram confirmados 2.105 casos de COVID-19. A região mais acometida foi a de São Luís com 89% dos casos, sendo os pacientes, em sua maioria, do sexo feminino (52%) e de idade entre 30 e 49 anos (53,1%). Os casos de pacientes do sexo masculino apresentaram maior taxa de óbitos (62%), prevalência de idade de 60 anos ou mais (66%), procedência regional de São Luís (60%) e comorbidades diversas (78%), destacando-se as doenças cardiovasculares e imunológicas. Implicações: o comportamento da pandemia é ascendente no Estado, o que evidencia a necessidade de mais medidas de contenção.
Objective: To analyze the coping strategies used by primary healthcare (PHC) professionals. Methods: A cross-sectional, descriptive-analytical study realized with professionals working in primary healthcare units in São José do Rio Preto, a large city in the interior of São Paulo, Brazil. For data collection, we used an instrument developed by the researchers containing sociodemographic and professional variables, as well as the Problem Coping Modes Scale (EMEP). Results: We evaluated 333 PHC professionals. A difference was observed between the scores of the four coping strategies (p < 0.001), with the highest score for the problem-focused strategy (3.8) and the lowest score for the emotion-focused strategy (2.4). Physicians had the lowest scores in coping strategies focused on religious practices/fantastical thinking (p < 0.001) and pursuit of social support (p = 0.045), while community health agents had the highest scores in these coping strategies. Conclusions: Professionals working in PHC have different coping strategies for the problems and stressful situations experienced in the work environment. These strategies can involve more positive attitudes focused on confrontation and problem solving, and on emotional responses that involve attitudes of avoidance and denial of the problem.
The aim was to analyze the coping strategies used by primary health care (PHC) professionals. A cross-sectional, descriptive-analytical study was conducted with professionals working in primary health care units in São José do Rio Preto, a large city in the interior of São Paulo, Brazil. For data collection we used an instrument developed by the researchers, containing sociodemographic and professional variables, as well as the Problem Coping Modes Scale (EMEP). We evaluated 333 PHC professionals. A difference was observed between the scores of the four coping strategies (p<0.001), with the highest score for the problem-focused strategy (3.8) and the lowest score for the emotion-focused strategy (2.4). Physicians had the lowest scores in coping strategies focused on religious practices/fantastical thinking (p<0.001) and pursuit of social support (p=0.045), while community health agents had the highest scores in these coping strategies). Professionals working in PHC have different coping strategies for the problems and stressful situations experienced in the work environment. These strategies can involve more positive attitudes focused on confrontation and problem solving, to emotional responses that involve attitudes of avoidance and denial that involve attitudes of avoidance and denial of the problem.
A Atenção Primária à Saúde no Brasil se organiza de forma preferencial por meio da Estratégia Saúde da Família, onde atuam as equipes de Saúde da Família, de caráter multiprofissional, cujo processo de trabalho configura-se desde o planejamento das ações até a prestação dos serviços à população, com base nos fundamentos e diretrizes da Atenção Básica. O presente estudo objetiva analisar o processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde no estado do Pará, com foco no vínculo empregatício dos profissionais, planejamento das ações e serviços disponíveis. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, quantitativa e transversal, com dados obtidos do 3o ciclo da Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica, realizado no estado do Pará com total de 1.182 equipes analisadas descritivamente pelo software IBM SPSS Statistics 20.0. O enfermeiro foi o profissional mais prevalente como respondente das entrevistas. O vínculo profissional mais frequente foi o de contrato temporário pela administração pública (43,07%), onde a maioria afirmou ter ingressado via “outros” meios de ingresso (59,20%). Acerca do planejamento das ações em saúde, 96,51% afirmam realizar pelo menos alguma atividade para este fim, 92,40% possuem mapas com desenho do território de abrangência e 72,70% definem o quantitativo de pessoas sob sua responsabilidade a partir de critérios de risco e vulnerabilidade. Apenas 10,81% das equipes oferecem os serviços de Práticas Integrativas e Complementares para os usuários. A pesquisa apresentou resultados positivos no âmbito da gestão municipal. O vínculo profissional caracterizou-se por relações contratuais temporárias e fragilizadas. Entretanto, os serviços disponíveis e planejamento das ações indicaram bons percentuais.
Background: In Brazil, primary health care assumes the challenge of organizing and articulating health care networks, based on the performance of multidisciplinary teams linked to basic health units. Given that there are limited studies on the organization of the work process of primary health care teams in Brazilian municipalities that consider the rural-urban typology proposed by the Brazilian Institute of Geography and Statistics, this study aims to analyze the work process of primary health care teams in Brazilian municipalities.Methods: Quantitative evaluation was conducted using secondary data from the third cycle of the National Program for Improving Access and Quality of Primary Care (PMAQ-AB) and the Rural/Urban Classification of the Brazilian Institute of Geography and Statistics. Overall, 37,350 teams that participated in all levels of the PMAQ-AB external evaluation were included. The descriptive analysis considered three axes: 1) territorialization, 2) action planning, and 3) monitoring and self-evaluation. Multiple correspondence analyses were used to verify the relationships between the variables and municipal classifications.Results: Teams from adjacent rural municipalities had the lowest percentage of uncovered population in the territory (21.0%), while those from urban municipalities had the highest percentage with reference population >3,500 people/team (43.0%). It was found that 5,446 (15.1%) teams did not carry out planning, and the highest percentage of teams that executed planning was in the urban strata (85.7%). Monitoring performance was observed in 87.9% of the teams, with approximation of the values among the municipal strata with similar characteristics of location; self-evaluation showed the highest percentage in the adjacent intermediate stratum (90.4%). It was possible to identify three groups of teams with distinct characteristics of territorialization and two groups in relation to planning, monitoring, and self-evaluation.Conclusion: The results suggest important differences in the work process of primary health care teams, which vary according to the characteristics of the municipalities in which they are located.
Objetivo: Refletir acerca das transformações ocorridas no universo do trabalho da Enfermagem, à luz da Reforma Trabalhista de 2017. Metodologia: Trata-se de uma produção teórica de reflexão, suportada pela sociologia do trabalho e por estudos da Enfermagem e da Saúde Coletiva sobre a dimensão do trabalho. Divide-se em três tópicos: o primeiro localiza a Enfermagem no âmbito da reestruturação produtiva do Estado brasileiro na década de 1990; o segundo apresenta o perfil dos profissionais no Brasil; o terceiro explana as repercussões da Reforma Trabalhista de 2017 no universo do trabalho da Enfermagem. Resultados: As alterações geradas pela reforma trabalhista apontam para uma perspectiva de vínculos mais precários e desprotegidos de trabalho, os quais comprometem a luta dos profissionais da Enfermagem e produzem adoecimento. Considerações Finais: Este estudo possui potencial para subsidiar o debate sobre a temática e a reflexão dos profissionais da Enfermagem, diretamente afetados, sobre as estratégias para superação desses desafios.
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