Os objetivos deste trabalho foram: conhecer como as pessoas com baixa visão (visão subnormal) adquirida utilizavam a linguagem escrita no cotidiano e recomendar a atenção fonoaudiológica nesse processo. Foi realizado estudo descritivo exploratório para a construção do instrumento de coleta de dados. A amostra foi constituída por pessoas com baixa visão que freqüentaram o Programa de Reabilitação de Adolescentes e Adultos do Cepre/FCM/Unicamp em 2008. Aplicou-se questionário por entrevista, onde foram investigadas as variáveis: características pessoais, uso de recursos de tecnologia assistiva na leitura e escrita, razões das atividades de leitura e escrita e frequência do uso após a perda visual. A amostra foi composta por 08 pessoas com baixa visão com média de idade de 47 anos e predominância do sexo masculino (75,0%). Os resultados indicaram que a maioria (62,5%) relatou utilizar auxílios ópticos nas atividades de leitura. Todos informaram utilizar auxílios não ópticos na leitura. Os sujeitos declararam utilizar a leitura para obter informações sobre assuntos que os interessavam e a escrita para se comunicarem com as outras pessoas. Verificou-se que a maioria (75,0%), relatou não utilizar a leitura e nem a escrita com a mesma freqüência que usava antes da perda visual e os motivos alegados foram a dificuldade para enxergar e o cansaço visual. A redução do uso da linguagem escrita no cotidiano por sujeitos com baixa visão adquirida compromete a autonomia e independência, fato este que demonstra necessidade de ênfase no trabalho com a linguagem escrita que poderá ser maximizado por meio da atenção fonoaudiológica.
Objetivos: Verificar características, expectativas e percepções de deficientes visuais, participantes deprocesso de reabilitação grupal. Métodos: Realizou-se estudo descritivo aplicando-se questionário pormeio de entrevista à amostra não probabilística de pessoas com deficiência visual, de 12 anos e mais,usuários de serviço de reabilitação grupal do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação "Prof. Dr.Gabriel Porto" (CEPRE/FCM/UNICAMP) Foram aplicados dois instrumentos, um no início do processode reabilitação e outro no final. Resultados: As amostras foram compostas por 26 e 14 usuários respectivamente, a diferença entre as duas amostras foi devido a algumas desistências no decorrer do processo de reabilitação, ou dificuldade de acesso aos usuários. Todos os usuários que responderam aosegundo questionário também responderam ao primeiro. Em relação às características dos usuáriosda amostra, a distribuição por sexo foi igual (50,0%) do sexo masculino e feminino. A Baixa Visão foi otipo de deficiência apresentada pela maioria (76.9%), sendo a retinopatia diabética a causa maismencionada (47,3%). A maioria dos usuários declarou que esperava que a reabilitação fosse auxiliar afacilitar o cotidiano (73,1%). Entre as percepções referentes ao processo de reabilitação destacou-se amelhora nas atividades da vida diária (33,2%). Em relação às percepções acerca da reabilitação tersido realizada em grupo a maioria (71,4%) dos usuários declarou que achou boa esta estratégiaterapêutica. Conclusão: Os usuários mostraram-se satisfeitos quando questionados sobre o processode reabilitação no qual estavam inseridos, portanto este processo de reabilitação grupal conseguesuprir as expectativas dos usuários referentes a este processo.
ResumoObjetivo: Descrever e analisar os resultados do trabalho com um Grupo de Reabilitação Auditiva, na autopercepção do handicap auditivo de idosos protetizados. Forma de estudo: clínico prospectivo. Material e método: a pesquisa foi realizada em um centro de reabilitação, com 13 idosos usuários de AASI. Aplicou-se o questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE) antes do primeiro e depois do último dia de participação no Grupo e realizou-se entrevista semiestruturada após as quatro sessões. Resultados: a maioria dos sujeitos que apresentou algum grau de percepção do handicap diminuiu esta percepção após a participação no grupo. A análise estatística, com base nos resultados obtidos no questionário HHIE-S pré e pós-reabilitação auditiva, demonstrou que foi significativa a redução da percepção do handicap, relacionada aos aspectos emocional e social. Por meio das entrevistas, os sujeitos avaliaram o trabalho em grupo como facilitador para um melhor aproveitamento das próteses auditivas. Conclusão: os resultados encontrados apontam que o Grupo de Reabilitação Auditiva associado ao uso do AASI é de grande importância para os idosos, pois permitiu a criação de um ambiente propício para que os participantes compartilhassem experiências, conhecimentos e dúvidas. AbstractObjective: To describe and analyze the results of an Auditory Rehabilitation Group, based on the self-perception of the auditory handicap among the elderly. Study design: Clinical prospective. Material and method: The research was implemented in a rehabilitation center, with 13 elderly patients, users of individual hearing aids. We used the Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE), which was applied on the first day and after the last day of four rehabilitation sessions. Also, we used a semistructured interview after the fourth session. Results: Most subjects who showed some degree of handicap perception, had it decreased after participating in the
Objetivo: verificar conhecimento e opinião de profissionais da área da saúde e da educação acerca da intervenção fonoaudiológica com portadores de deficiência visual. Método: realizou-se estudo descritivo com profissionais da área da saúde e educação que atuam no Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” (Cepre) na habilitação/reabilitação de portadores de deficiência visual. Utilizou-se um questionário auto-aplicável, desenvolvido após estudo exploratório e testeprévio. Resultados: a amostra foi composta por 21 profissionais da área da saúde e educação. A média de idade foi de 42.5 anos; 95,2 % são do sexo feminino. Em relação às características profissionais as categorias de Serviço Social e Terapia Ocupacional predominaram com 33,3% cada, seguida de Psicologia 19,0%. Os principais atendimentos realizados pela Fonoaudiologia conhecidos pelos profissionais que participaram do estudo, referem-se a aspectos de motricidade oral e alterações de fala e linguagem (38,0% em ambos). Em relação à inserção da Fonoaudiologia no processo de estimulação e/ou reabilitação os profissionais apontaram como sendo o desenvolvimento global (38,0%) o principal aspecto em que a Fonoaudiologia poderia contribuir. Conclusão: percebe-se que há conhecimento da atividade fonoaudiológica por parte dos profissionais que atuam na habilitação/reabilitação de portadores de deficiência visual, porém este ainda é restrito. Sugere-se o desenvolvimento de outros estudos sobre a intervenção da Fonoaudiologia na deficiência visual a fim de fornecer subsídios teóricos para sua atuação.
ResumoIntrodução: A autonomia e a independência, gerando melhora na qualidade de vida, vêm sendo objeto de estudos nos últimos anos, com a crescente taxa de envelhecimento da população, despertando também o interesse da área oftalmológica, fonoaudiológica e de reabilitação. Objetivo: Conhecer as características desta população e avaliar os resultados dos aspectos visuais e de leitura e escrita em idosos com baixa visão, pré e pós-intervenção fonoaudiológica. Método: Realizou-se estudo descritivo e transversal, avaliando-se 23 sujeitos com baixa visão adquirida, atendidos no ambulatório de Visão Subnormal do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (VSN-HC-UNICAMP). O questionário foi aplicado antes e após a intervenção fonoaudiológica, com duração de três encontros. Resultados: A principal doença ocular encontrada foi o glaucoma (47,8%). Quinze pacientes (65,2%) relataram usar algum tipo de auxílio óptico, dentre eles óculos, lupa, telelupa e régua lupa. Antes de participar dos encontros, 34,8% dos sujeitos (n=8) relataram não usar a leitura nem a escrita após a perda visual. Depois de participarem dos encontros, 50,0% (n=4) dos que relataram não mais usar a leitura e a escrita voltaram a utilizá-las. Conclusão: Após a intervenção fonoaudiológica, verificaram-se melhora e frequência de realização das atividades de leitura e escrita. A importância das ações de reabilitação está relacionada à promoção da independência e autonomia para os idosos deficientes visuais. AbstractIntroduction: The autonomy and independence, resulting in improved quality of life, have been studied in recent years, due to the increasing rate of population aging, also arousing the interest of ophthalmology, speech therapy and rehabilitation. Objective: To determine the characteristics of this population and evaluate the results in the visual aspects of reading and writing in elderly with low vision, pre and post speech therapy.
Objective: to evaluate and compare the phonological awareness of low vision students with normal vision ones. Methods: this is a cross-sectional, descriptive and quantitative research that was performed through the application of the Oral Phonological Awareness Test, which is composed of ten subtests, with four items each. The population consisted of 30 students attending public elementary school, aged 8 to 14 years, and divided into two groups of 15 participants each: the study group and the control one. Results: the p value found was less than 1% for the Phonemic Synthesis, Rhyme, Phonemic Segmentation, Syllabic Manipulation, Phonemic Manipulation questionnaires, in addition to the two Phonemic Transposition questionnaires, thus, considering the significance level of 1%, and rejecting equality in the results of the questionnaires. Considering the significance level of 1%, and since the p-value obtained was less than 1%, a statistically significant difference was observed in the variance analysis of the sum of the points obtained in all questionnaires. Conclusion: The Study Group, which was represented by low vision students, had lower results in most of the subtests of the Oral Phonological Awareness Test, except for the Syllabic Synthesis test, in which they had similar results as those of the Control Group, represented by normal vision students.
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