Background: Helicobacter pylori has been extensively studied since 1982 it is estimated that 50% of the world population is affected. The literature lacks studies that show the change of its prevalence in the same population over time. Aim: To compare the prevalence of H. pylori in 10 years interval in a population that was submitted to upper endoscopy in the same endoscopy service. Method: Observational, retrospective and cross-sectional study comparing the prevalence of H. pylori in two samples with 10 years apart (2004 and 2014) who underwent endoscopy with biopsy and urease. Patients were studied in three consecutive months of 2004, compared to three consecutive months of 2014. The total number of patients was 2536, and 1406 in 2004 and 1130 in 2014. Results: There were positive for H. pylori in 17 % of the sample as a whole. There was a significant decrease in the prevalence from 19.3% in 2004 to 14.1% in 2014 (p<0.005). Conclusion: There was a 5.2% reduction in the prevalence of H. pylori comparing two periods of three consecutive months with 10 years apart in two equivalent population samples.

ABSTRATBackground: The presence of intestinal metaplasia in the distal esophagus (Barrett’s esophagus) is an important precursor of adenocarcinoma. Knowledge of the risk factors and the process by which the Barrett develops is very important and Helicobacter pylori (HP) can contribute to this development. Aim: To analyze the impact of HP in the gastric mucosa with intestinal metaplasia in the distal esophagus in areas of columnar epithelialization smaller than 10 mm in length and epidemiological data on prevalence Method: A retrospective study in which were included 373 consecutive patients diagnosed with columnar epithelium in the distal esophagus was done. In all, HP was investigated by urease and histology, exclusion and inclusion factors were applied and patients were divided into two groups: the first grouping the ones without histological diagnosis of Barrett’s esophagus (235-63%) and the second with it (138-37%). Results:There was no significant difference between HP and non-HP patients in relation to the probability of having intestinal metaplasia (p=0.587). When related to the general group, there was an inverse association between the bacterium and the columnar epithelia in the distal esophagus. Age (p=0.031), gender (p=0.013) and HP (p=0.613) when related together to intestinal metaplasia showed no significant relation. In isolation, when related to age and gender, regardless of HP, results confirmed that patients in more advanced age and women present a higher incidence of intestinal metaplasia. Conclusion:There is an inverse relation between HP and the areas of columnar epithelization in the distal esophagus, regardless of the presence or absence of intestinal metaplasia. Age and gender, regardless of HP, showed higher prevalence in women and in older the number of cases with intestinal metaplasia in the distal esophagus.

No abstract

Os tumores do intestino delgado são lesões incomuns e muitos desses tumores são achados incidentais. Relatamos um caso de um homem de 70 anos, em investigação de um quadro de anemia crônica e com enteroscopia mostrando um pólipo pediculado gigante em jejuno como causa da anemia. O. S. S., 70 anos, masculino, branco, casado, natural do Matogrosso do sul, procedente de São Paulo, professor aposentado. Paciente relatava diagnóstico de anemia em exames de rotina solicitados por seu médico cardiologista. Sempre assintomático. A história clínica foi positiva para gastrite, fazendo uso de lanzoprazol 30 mg/d, prostatectomia por câncer de próstata há 10 anos, sem relato de síndrome de Peutz-Jeghers. Negava etilismo e tabagismo. Os antecedentes familiares revelaram três irmãos com câncer de próstata. O exame físico estava sem alterações. Fez um exame em junho de 2016 que mostrou HB= 12, outro em outubro HB= 6, com queda lenta durante os meses subsequentes. Foi prescrito transfusão de um concentrado de hemácias, Noripurum oito doses (ampola mensal), Vitamina B12 (uma ampola mensal, por quatro meses). Evoluindo com melhora laboratorial. Foi submetido a esôfago-gastroduodenoscopia (06/10/16) que evidenciou esofagite erosiva distal (grau A de Los Angeles), gastrite difusa leve e duodenite erosiva moderada e colonoscopia (17/06/16) mostrando alguns óstios diverticulares em cólon esquerdo. Realizou-se, ainda, enteroscopia com duplo balão que diagnosticou um pólipo pediculado (pedículo longo e grosso), cabeça avermelhada, medindo cerca de 7cm de extensão em seu maior eixo, no jejuno médio. Realizado locagem de quatro endoloops, injeção de solução de adrenalina em base da lesão (1:20000) e na lesão, biópsias e ressecção parcial com alça diatérmica para estudo anátomo-patológico. Realizado tatuagem com tinta nanquim peri lesão.Repetido exame de enteroscopia após três semanas (11/04/17) para avaliar área terapêutica prévia, a qual evidenciou área cicatricial e ausência de lesão residual, sem outros achados diagnósticos. Paciente evoluindo bem, melhora do quadro laboratorial da anemia e ausência total da lesão após enteroscopia de controle. Pólipo gigante (hamartoma), isolado em jejuno é um diagnóstico desafiador, porém deve ser pensado em casos de anemia crônica sem causa definida. Não é do nosso conhecimento o relato de hamartomas gigantes, únicos, com localização em jejuno e sem história da síndrome de Peutz-jeghers. ABCDExpress 2017;1(2):800Codigo: 60744 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo

No abstract

No abstract

Racional: Há ainda lesões que podem ser perdidas nas colonoscopias. Muitas delas poderiam ser serrilhadas superficialmente elevadas ou deprimidas. Objetivo: Comparar as características histopatológicas destas lesões e seus riscos para carcinoma invasivo para a submucosa. Método: Estudo retrospectivo, transversal, observacional comparando 217 lesões serrilhadas superficialmente elevadas com mais de 5 mm e ressecadas por colonoscopias (G1) com 558 lesões deprimidas (G2). Resultados: As 217 lesões do G1 foram encontradas em 12653 colonoscopias (1,7%) enquanto as 558 do G2 ocorreram dentre 36174 colonoscopias (1,5%). No G1, 63,4% eram mulheres e no G2 não houve predominância de gênero. O tamanho médio foi no G1, 16,2 mm e no G2, 9,2 mm (p<0,001). G1 predominaram no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, ocorreram 214 (98,6%) neoplasias mucosas de baixo grau e três de alto grau (1,4%). Excluídos 126 pólipos hiperplásicos e considerados os 91 adenomas sésseis serrilhados, no G1 observou- se 88 (96,7%) neoplasias mucosas de baixo grau e três (3,3%) de alto grau, e no G2, 417 (74,7%) neoplasias mucosas de baixo grau 113 (20,3%) de alto grau e 28 (5,0%) adenocarcinomas invadindo a submucosa (p<0,001). Conclusões: As lesões deprimidas apresentaram significativamente mais neoplasias mucosas de alto grau e carcinomas invasivos para a submucosa do que as serrilhadas superficialmente elevadas e mais do que os adenomas sésseis serrilhados superficialmente elevados.

O Helicobacter pylori (H. pylori) tem sido relacionado à diversas patologias gastroduodenais e, sua pesquisa, motiva a realização de milhares de endoscopias anualmente. Dentre os métodos invasivos disponíveis, os dois mais utilizados na prática médica são o estudo anatomopatológico e o teste ultrarrápido da urease. Na prática endoscópica, nos deparamos por diversas vezes com a solicitação combinada de ambos os métodos para o mesmo paciente. O objetivo deste estudo foi comparar os dois métodos e avaliar a necessidade de utilizá-los de forma combinada para detecção do H. pylori em pacientes aleatoriamente selecionados. Foram selecionados 318 pacientes que realizaram endoscopia em um grande serviço de São Paulo nos meses de outubro e novembro de 2016, além de janeiro de 2017, tendo feito ambos os métodos para pesquisa do H. pylori no mesmo exame. Foram realizadas duas aferições no teste ultrarrápido, sendo a primeira 30 e a segunda 60 minutos após a biópsia. Os laudos endoscópicos foram revisados, assim como os resultados dos materiais enviados ao laboratório, o qual utiliza a coloração com hematoxicilina eosina (HE) e método de May-Grunwald (GIEMSA). O teste e o laboratório foram os mesmos para todos os pacientes. Dos 318 pacientes selecionados, 7 foram excluídos por uso recente de inibidor de bomba de prótons (IBP) ou antimicrobianos. Foram incluídos 311 pacientes, sendo 193 mulheres e 118 homens, com idade variando entre 17 e 79 anos. A histologia foi considerada padrão ouro na comparação. O teste ultrarrápido foi positivo em 49 de 311 pacientes (15,75%) e o estudo anatomopatológico foi positivo em 47 de 311 pacientes (15,11%), destes 47 positivos, 16 foram negativos ao teste da urease (34,04% de falsosnegativos do teste da urease). A sensibilidade do teste ultrarrápido foi de 65,95% (89,6%*), com especificidade de 93,18% (100%*), valor preditivo positivo (VPP) de 63,26% (100%*) e valor preditivo negativo de 93,89% (84,1%*). Concluímos que, devido à valores de sensibilidade e VPP baixos no teste ultrarrápido da urease, deve-se realizar o método combinado em todos os pacientes com suspeita de infecção por H. pylori, mesmo nos pacientes que nunca realizaram tratamento para erradicação. *Valores informados pela empresa responsável em relação ao teste ultrarrápido após estudo com 268 pacientes. ABCDExpress 2017;1(2):1279Codigo: 63699 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo