A sustentabilidade ambiental dos agroecossistemas do Distrito Federal (DF) vem sendo ameaçada em função do grande desenvolvimento das atividades agrícolas. O objetivo do presente estudo foi a avaliação do uso e ocupação das terras da microbacia do Ribeirão Extrema/DF, com o auxílio de técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento. Utilizou-se uma imagem de satélite LANDSAT ETM+, ano 2010, classificada usando-se o software ENVI 4.1, por meio do qual foi gerado o mapa de uso e ocupação das terras da microbacia de estudo, cujas áreas das classes de ocupação estabelecidas foram calculadas no programa ArcGis 9.1. A partir de operações disponíveis no ArcGis 9.1 realizou-se o cruzamento do mapa de uso e ocupação com o mapa de aptidão agrícola das terras, gerando o mapa de adequação de uso e ocupação da microbacia e por intermédio de operações de tabulação cruzada foi realizada a quantificação das classes de uso e ocupação em relação à aptidão agrícola das terras. Os resultados demonstraram intensa exploração agrícola da microbacia do Ribeirão Extrema; no entanto, detectou-se predominância expressiva (80,07%) de terras com uso agrícola adequado, conforme o Sistema Brasileiro de Aptidão Agrícola das Terras.
O uso agrícola cada vez mais intensivo dos solos do Distrito Federal pode comprometer a qualidade destes e desencadear problemas ambientais na região. Diante de tal fato, o objetivo deste trabalho foi o estudo de indicadores de qualidade dos solos (QS) em áreas sob plantio direto (PD), com manejos diversificados (rotação milho-soja e sucessão feijão-sorgo) na microbacia do Ribeirão Extrema, Distrito Federal. Densidade do solo (Ds), grau de floculação (GF), teor de matéria orgânica (MO), capacidade de troca catiônica (CTC), respiração basal (Rmic) e carbono da biomassa microbiana (Cmic) constituíram os atributos de QS avaliados. Para execução das análises estatísticas utilizou-se o software estatístico Statistics Analysis System (SAS) e foi realizada a análise de variância (ANOVA), seguida de teste de comparação de médias pelo método de Tukey. Verificou-se que parte dos indicadores de QS avaliados foi influenciada pelos diferentes tipos de manejo estudados (Ds, MO e Cmic), enquanto outros não se mostraram sensíveis aos mesmos (GF, CTC e Rmic). Foi constatada correlação positiva entre MO e CTC dos solos, em ambos os manejos investigados, o que destaca a importância do sistema de plantio direto na melhoria dos atributos químicos dos solos.
Os satélites Sentinel-2A e 2B compõem a missão imageadora multiespectral para observação da Terra. Esses satélites possuem características promissoras para o mapeamento automático, podendo seus dados serem aplicados no mapeamento do uso e cobertura do solo. Para esse fim, as redes neurais têm demonstrado bons resultados em tarefas de reconhecimento de padrões em imagens orbitais. Nesse sentido, o estudo objetivou avaliar o uso de imagem do Sentinel 2 (ESA) para mapeamento do uso e ocupação do solo no Bioma Cerrado, por meio da aplicação da metodologia de rede neural artificial (RNA). Dentre as classes de uso e cobertura examinadas, foram selecionadas 8 classes, sendo 4 naturais (corpos d'água, savana, formação florestal e campestre) e 4 antrópicas (Pastagem, área urbana, silvicultura, e cultura temporária). A acurácia temática calculada por meio do índice Kappa para RNA foi de 77% e se mostrou superior se comparado ao classificador MaxVer. Assim, a imagem do Sentinel-2, aliada ao uso de uma rede neural, mostrou-se um bom mecanismo para execução desse tipo de mapeamento. Palavras-chave: Sensoriamento Remoto, Técnicas de Classificação supervisionada, Classes de uso e cobertura da terra.
Os dados acerca das características da população, normalmente divulgados pelo censo, são de suma importância, pois subsidiam inúmeros estudos sociais, econômicos e ambientais. Estes dados são agregados de maneira arbitrária, considerando a informação homogênea em um determinado espaço. Uma alternativa para contornar esse problema e gerar informação com qualidade espacial mais precisa é a utilização do mapeamento dasimétrico. O mapa dasimétrico utiliza dados auxiliares para refinar a representação da distribuição espacial da variável analisada. No decorrer das últimas décadas essa se tornou uma técnica bastante utilizada e diversos trabalhos foram realizados com diferentes abordagens metodológicas. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho de três diferentes abordagens do mapeamento dasimétrico para a estimativa da população urbana do Distrito Federal. Para tanto, utilizou-se os modelos dasimétricos por ponderação de área (MD1), utilizando densidade relativa subjetiva (MD2) e o método dasimétrico inteligente (MDI) com a densidade relativa amostrada pelo método do centroide (MD3). Para a geração dos mapas foram utilizados dados do censo com o valor populacional em nível de subdistrito. O mapa de uso e cobertura utilizado possui resolução de 1m e foi modificado a partir do mapeamento de tipos de estruturas urbanas (UST) do DF, o qual classifica a área urbana em relação a sua homogeneidade considerando aspectos de funcionalidade, material de cobertura e características físicas. Para a avaliação dos métodos gerados utilizou-se métodos estatísticos e gráficos, utilizando como comparação a informação da população em nível de setores censitários. De acordo com as análises aplicadas o modelo que demonstrou o melhor desempenho foi o MD3, sendo esta técnica aplicada para o nível de informação de setores censitários como mapa final de estimativa da distribuição espacial da população urbana do DF.
Durante a crise hídrica enfrentada pelo Distrito Federal em 2016/2017, as discussões sobre conflitos pelo uso da água revelaram o déficit de informações do governo acerca das bacias utilizadas como mananciais para o abastecimento público de água. Este trabalho tem como objetivo avaliar a oferta do serviço ecossistêmico de provisão de alimentos, estimar o consumo de água pela agricultura irrigada e analisar o consumo de água em diferentes cenários considerando a substituição dos sistemas de irrigação na bacia do Ribeirão Rodeador, importante região produtora de olerícolas e frutas no Distrito Federal. Para quantificar a provisão de alimentos, foram utilizados dados de produtividade média das culturas agrícolas e área cultivada obtida pela confecção do mapa de uso e cobertura da bacia. A estimativa do consumo de água pela irrigação foi calculada com dados de área irrigada mapeada e consumo médio de água das culturas agrícolas em diferentes sistemas de irrigação. Foram produzidos três cenários considerando a substituição do sistema de irrigação por aspersão convencional por sistemas de irrigação localizada. O fornecimento de alimentos na bacia foi quantificado em 43.039 t/ano, utilizando 1.683 ha. O consumo de água na irrigação foi estimado em 891 L/s, sendo 1.470 ha irrigados. O aumento de 20% na adoção de sistemas de irrigação localizada proporciona uma economia de 9,3% no consumo de água. O aumento de 40% na irrigação localizada proporciona uma economia de 18,7% e o aumento de 60% na irrigação localizada proporciona uma economia de 28,1% no consumo de água na irrigação.
Resumo O crescimento da área irrigada no Cerrado afeta o volume de água captado nas bacias hidrográficas, influenciando diretamente na disponibilidade e alocação dos recursos hídricos. Em bacias com predominância da agricultura irrigada, torna-se fundamental a compreensão da variação espaço-temporal da evapotranspiração real de uma cultura (ETR), para o mais assertivo planejamento e gerenciamento dos reservatórios. Considerando o potencial de cultivo do trigo no Cerrado, o estudo tem por objetivo estimar a demanda hídrica da cultura nas safras de 2018 e 2019, por meio dos modelos SEBAL e SSEBop. Em comparação com o método da razão de Bowen, o SEBAL apresentou variações de R2 entre 0,86 e 0,72, tendo seu desempenho classificado como satisfatório. O RMSE determinado foi de 0,50 mm d−1 em 2018 e de 0,42 mm d−1 em 2019. O modelo SSEBop expressou melhor desempenho nas duas safras, com variabilidade de R2 entre 0,95 e 0,78, representando de forma mais adequada a ETR com RMSE menor, de 0,25 mm d−1 e 0,41 mm d−1, respectivos aos ciclos de 2018 e 2019. A configuração simplificada do SSEBop e o bom desempenho nas condições verificadas, tornam o modelo uma ferramenta apropriada, podendo contribuir para um planejamento hídrico eficiente na região.
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