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Grande parte das bacias hidrográï¬cas experimentais implantadas no âmbito de projetos de pesquisa, tem duração de apenas dois ou três anos, limitando os primeiros estudos hidrológicos ao uso de séries temporais mínimas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar e discutir os riscos inerentes à utilização de curtas séries temporais em estudos de simulação de vazões, mesmo em uma bacia agrícola intensamente caracterizada e monitorada no bioma Cerrado. O estudo foi desenvolvido na Bacia Experimental do Alto Rio Jardim- BEARJ (105 km²), situada no Distrito Federal. Utilizaram-se para tanto dados de uma estação fluviográï¬ca instalada no exutório da bacia, quatro estações pluviográï¬cas, uma estação climatológica, cinquenta poços piezométricos e cinquenta e quatro perï¬s de solos. O trabalho foi desenvolvido com o uso do SWAT (Soil and Water Assessment Tool). Na busca de um período critico para a análise, foram selecionados dois anos consecutivos de dados com totais anuais de precipitação similares na bacia, em torno de 1.100 mm, porém, com distribuição temporal diferenciada ao longo dos meses. O primeiro ano de dados foi utilizado para a calibração manual do modelo, obtendo-se índice de Nash e Sutcliff e igual a 0,60, considerado satisfatório. Os dados do segundo ano da série de vazões diárias foram utilizados na tentativa de validação do modelo, o que não foi alcançado, sendo o índice de Nash e Sutcliff e negativo, igual a -0,84. Os resultados indicam que, mesmo sendo a bacia bem caracterizada e monitorada, a existência de uma série histórica pequena e com grande variação do regime hidrológico mensal pode inviabilizar a validação do modelo gerado.
O rápido crescimento da população urbana, no Brasil, trouxe impactos significativos, gerando complexos problemas sociais e ambientais. Assim, o presente trabalho tem por objetivo propor novas áreas urbanas, no Distrito Federal, que tenham potencial sustentável, ou seja, espaços que possam ser apropriados de forma a garantir mínimos impactos ao sistema ambiental de forma a não comprometer a oferta de serviços ecossistêmicos vitais. Como método, foram utilizadas técnicas de análise multicritério e Análise Hierárquica Ponderada, combinadas a ferramentas de geoprocessamento. Um mapa de restrição foi aplicado às áreas destinadas à preservação ambiental e, além disso, algumas áreas, estabelecidas por instrumentos legais, foram analisadas. Os espaços com potencial urbano foram bem distribuídos em todo o território do DF, especialmente, a leste do mapa. Ao mesmo tempo foi possível identificar áreas com maior necessidade de preservação quanto à manutenção ecológica, como a região noroeste do DF. A designação de espaços urbanos, através do método apresentado, é importante para garantir um menor impacto ambiental, visto que a escolha dos critérios, a sua classificação e a sua ponderação foram trazidas como parte integrante de suporte aos sistemas ecológicos fundamentais, o que visa assegurar o funcionamento sustentável do território.
Os dados acerca das características da população, normalmente divulgados pelo censo, são de suma importância, pois subsidiam inúmeros estudos sociais, econômicos e ambientais. Estes dados são agregados de maneira arbitrária, considerando a informação homogênea em um determinado espaço. Uma alternativa para contornar esse problema e gerar informação com qualidade espacial mais precisa é a utilização do mapeamento dasimétrico. O mapa dasimétrico utiliza dados auxiliares para refinar a representação da distribuição espacial da variável analisada. No decorrer das últimas décadas essa se tornou uma técnica bastante utilizada e diversos trabalhos foram realizados com diferentes abordagens metodológicas. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho de três diferentes abordagens do mapeamento dasimétrico para a estimativa da população urbana do Distrito Federal. Para tanto, utilizou-se os modelos dasimétricos por ponderação de área (MD1), utilizando densidade relativa subjetiva (MD2) e o método dasimétrico inteligente (MDI) com a densidade relativa amostrada pelo método do centroide (MD3). Para a geração dos mapas foram utilizados dados do censo com o valor populacional em nível de subdistrito. O mapa de uso e cobertura utilizado possui resolução de 1m e foi modificado a partir do mapeamento de tipos de estruturas urbanas (UST) do DF, o qual classifica a área urbana em relação a sua homogeneidade considerando aspectos de funcionalidade, material de cobertura e características físicas. Para a avaliação dos métodos gerados utilizou-se métodos estatísticos e gráficos, utilizando como comparação a informação da população em nível de setores censitários. De acordo com as análises aplicadas o modelo que demonstrou o melhor desempenho foi o MD3, sendo esta técnica aplicada para o nível de informação de setores censitários como mapa final de estimativa da distribuição espacial da população urbana do DF.
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