Este estudo descritivo do tipo transversal objetivou identificar as representações sociais do processo de diagnóstico e cura da hanseníase em dois territórios com diferentes índices de detecção da doença. O software R possibilitou a identificação do núcleo da representação, sendo os elementos mais citados pelos participantes: Contagiosa, Cura, Doença de Pele, Lepra, Mancha, Tratamento. Conclui-se que as representações sociais que os indivíduos têm em relação à hanseníase, quando envoltas em estigmas e preconceitos sobre a doença, retardam a busca por ajuda médica, ocasionando atraso do correto diagnóstico e início do tratamento. Além disso, as incapacidades físicas decorrentes do diagnóstico tardio podem gerar comportamentos preconceituosos, que refletem o conhecimento popular arcaico e crendices arraigadas no que concerne ao contágio da doença. Tais comportamentos preconceituosos com relação à hanseníase estão na base de suas representações, levantando o isolamento dos doentes e a dificuldade relacionada ao diagnóstico, tratamento e cura.
Anemia falciforme é uma doença hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. No Brasil, cerca 8% da população negra é afetada, mas devido à intensa história de miscigenação ocorrida no país, observa-se também em pessoas de outras raças. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo geral de analisar as características da anemia falciforme e a toxidade apresentada pela hidroxiueria em seu tratamento. O trabalho foi elaborado através de uma revisão bibliográfica em livros e artigos selecionados por meio de buscas em sites de bancos de dados e livros, o período do material pesquisado abrange os trabalhos publicados entre os anos de 2010 e 2019. A hidroxiureia é hoje uma das drogas mais usadas no tratamento da anemia falciforme por ser capaz de aumentar a produção de um outro tipo de hemoglobina, conhecida como hemoglobina fetal (mais presente no período de vida uterina). Altos níveis de hemoglobina fetal diminuem a polimerização das hemácias defeituosas e reduzem o risco de vaso-oclusão. Como qualquer quimioterápico, porém, a hidroxiureia apresenta efeitos adversos. A hidroxiuréia representa a primeira opção medicamentosa para pacientes que vivenciam quadros clínicos considerados de moderados a graves. Todavia, é importante destacar a incidência de melhora clínica em todos os pacientes que fazem uso desse medicamento.
Objetivo: Verificar dados na literatura que demonstrem a importância de se identificar fenótipos raros em doadores de sangue. Revisão bibliográfica: O aumento da eficácia transfusional está diretamente relacionado ao processo de identificação de fenótipos eritrocitários em doadores de sangue. Esse procedimento aumenta a eficácia e a segurança do ato transfusional, além de prevenir a aloimunização. Na medicina transfusional, os antígenos eritrocitários são clinicamente importantes pois são altamente imunogênicos além de causar reações transfusionais adversas, aloimunizações, anemias hemolíticas autoimunes e Doença Hemolítica do Feto e Recém-Nascido (DHFRN). Considerações finais: A identificação de fenótipos eritrocitários pode prevenir incompatibilidades transfusionais que se não observadas, podem causar reações adversas nos pacientes que recebem a transfusão sanguínea. Em relação a aloimunização à antígenos eritrocitários, observou-se através dos estudos a frequência em pacientes politransfundidos, portadores de hemoglobinopatias e transplantados. O presente trabalho aponta a relevância da manutenção dos bancos de fenótipos raros já existentes e da criação de novos para promover a eficácia dos atendimentos que os hemocentros prestam às instituições de saúde de urgência.
As crianças podem desenvolver transtornos mentais e de comportamento e o uso de psicofármacos é uma das possibilidades de tratamento para tais transtornos. Mas tem-se identificado, na contemporaneidade, um aumento na prescrição de psicofármacos muitas vezes para problemas não médicos. Esse fenômeno entende-se por medicalização. Este trabalho refere-se a um levantamento de artigos que abordam a medicalização infantil nos últimos 10 anos. Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizada na base de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no ano de 2019. Como critérios de refinamento de busca utilizou-se os descritores medicalização, educação e criança, artigos revisados por pares e publicados na língua portuguesa e inglesa. A amostra final constituiu-se de 12 artigos, sendo os que abordaram o assunto como tema principal identificado no título, leitura dos resumos e introdução desses. Após a leitura, os artigos foram organizados em um quadro analítico, identificando o referencial teórico adotado e como o tema se apresentava nos textos. O mapeamento possibilitou identificar problematizações sobre a infância, a hegemonia da visão biologicista sobre o comportamento humano, a influência da publicidade da indústria farmacêutica, a banalização e epidemia do diagnóstico infantil e como a medicalização se manifesta no contexto escolar. Também permitiu levantar reflexões sobre a relação entre a escola e a medicalização infantil. Conclui-se que há necessidade de estudos que investiguem a medicalização do ponto de vista das crianças e que estabeleça um diálogo entre o campo da Psicologia, Medicina e Educação.
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