under-reporting was more frequent among older persons with higher percentage of body fat in both methods of assessment of food intake. Older persons follow the same profile of under-reporting as younger adults.
Neste artigo, debatemos o negacionismo científico como uma ressignificação atual para antigas rejeições ao papel da ciência, indicando seu enraizamento ideológico num amplo movimento conservador que assola a contemporaneidade e é movido velozmente pelas redes sociais. Construímos nossa argumentação aceitando a provocação de Bruno Latour (2020) segundo a qual poderíamos ter “errado na dose” em nossas críticas à ciência e desfigurado a crítica a uma ciência positivista e empiricista ao divulgar seus meandros. Para isso, revisitamos algumas das significativas contribuições da produção em Educação em Ciências para encontrar pistas que nos levassem a inquirir mais fortemente em que medida o reforço à crítica teria contribuído para disseminar uma visão que fragilizasse a confiança na ciência. Em especial, indagamos se nossos esforços em afirmar a dúvida como constitutiva do processo de produzir o conhecimento científico teriam dado sinais de que a validade do conhecimento seria questionável. Essa incursão resultou na necessidade de reafirmar a não alienação dos sujeitos nas dinâmicas educativas, de modo a torná-los mais conscientes dos limites da ciência e mais alertas acerca da complexidade das pressões sociais que produzem o negacionismo. Concluímos apostando nas possibilidades do currículo narrativo (GOODSON, 2019) para enfrentamento das fragilidades dos processos educativos que separam as vidas dos estudantes dos processos de aprendizagem. Ao secundarizar as alternativas de integrar conteúdos científicos com outros saberes e formas de expressão humanas, as finalidades educativas correm o risco de reforçar ações performáticas que continuam a produzir exclusão.
RESUMOEste artigo reúne bases empíricas de dois projetos de pesquisa mais amplos que focalizam as relações entre formação e profissão docente em cursos de Pedagogia e de Licenciatura em Ciências Biológicas. Objetivamos investigar os saberes mobilizados e⁄ou produzidos por professores especialistas e polivalentes para o desenvolvimento de práticas autônomas e sua relação com a formação inicial. Mobilizamos referenciais teóricos dos Saberes Docentes para a análise da autonomia docente sob um enfoque relacional em depoimentos de professores da educação básica. As informações sobre experiências formativas na graduação e na fase inicial da carreira do magistério foram adquiridas por meio de entrevistas e discussão coletiva e as análises buscaram problematizar relações entre formação, profissão e condicionantes que favorecem o desenvolvimento de práticas autônomas. Os resultados evidenciam fragilidades relativas à formação no que tange às práticas docentes, com destaque para: domínio de conteúdos e metodologias de ensino. Os depoimentos apontam, também, que determinados temas foram mal compreendidos ou despertaram pouco interesse na ocasião da graduação, mas passaram a fazer sentido ou a gerar inquietações após os embates com as exigências da escola. As interpretações dos depoimentos apontam para a necessidade de valorização da dimensão profissional da
Com o objetivo de analisar conhecimentos produzidos por licenciandos e compreender sentidos das experiências vividas por eles, na interface entre a universidade e a escola, este artigo apresenta resultados de uma investigação da Prática de Ensino em Ciências Biológicas. Com base em perspectivas variadas do campo do currículo – história das disciplinas escolares e conhecimento escolar – e na problemática dos saberes docentes, a pesquisa analisa relatórios da Prática de Ensino e de depoimentos gerados por meio de entrevistas. A análise indica que os licenciandos, ainda na formação inicial, elaboram conhecimentos que passam a compor seus saberes experienciais, necessários à legitimação da profissão. Além disso, sugere também que os professores em formação participam da construção das disciplinas escolares, ao mesmo tempo em que estas influenciam e reforçam a especificidade disciplinar de sua formação. Por fim, a análise evidencia que a formação no âmbito de uma licenciatura não se situa apenas no plano geral de uma preparação acadêmica, mas também, mobilizando saberes oriundos de diversas fontes, constitui-se no interior mesmo de uma disciplina escolar.
O texto se propõe a desenvolver reflexões sobre aproximações e distanciamentos entre os cursos de Pedagogia e das demais Licenciaturas perante as exigências das novas DCN (Resolução CNE-CP nº 2/2015). A reflexão resgata reformas da primeira década dos anos 2000 e aspectos das diferentes histórias e trajetórias dos cursos que subjazem diferentes concepções de docência e de formação. Em diálogo com referências da Formação de Professores, levanta alguns elementos para se pensar sobre que desafios se colocam para instituições formadoras ao se pensar uma integração entre Pedagogia e demais Licenciaturas e em que medidas as novas DCN contribuem para avançar por uma maior integração ou contribuir para ampliar a fragmentação entre a Pedagogia e as demais Licenciaturas.
Este artigo tem como objetivo discutir abordagens do corpo humano e saúde nos currículos de Ciências no Brasil. Reconhecendo a hegemonia da abordagem biomédica do corpo humano, acompanhada de uma visão de saúde higienista e de educação comportamentalista, nos currículos escolares de Ciências, sugerimos que outras abordagens sobre Corpo Humano e saúde – aqui nomeadas como abordagens sociais e culturais – vêm interpelando essa hegemonia. A partir do referencial do conhecimento escolar (Forquin, 1993; Lopes, 1999), e tomando por base o que Ball (2001) define como contextos de influências nos ciclos de políticas de currículo, buscamos identificar evidências de disputas entre essas abordagens, em diferentes contextos de produção de políticas curriculares como são: (i) A mediação docente e os condicionantes escolares– recorrendo a estudos sobre mediações e seleções docentes; (ii) A produção de conhecimento na pesquisa em Educação, em Ciências e na Formação de Professores – por meio de consulta do levantamento bibliográfico realizado em periódicos de Educação em Ciências; e finalmente (iii) As políticas públicas para a Educação–analisando documentos curriculares oficiais, que expressam sentidos de Saúde no currículo escolar. Buscando evidenciar essa disputa entre abordagens curriculares, a análise de evidências sugere que as abordagens biomédicas e higienistas, vem sendo progressivamente interpeladas, e encontram-se em disputa com enfoques sociais e culturais, produzindo mudanças nas concepções de corpo humano e a saúde que circulam nos currículos de Ciências.
Apresentamos a experiência da ‘Ciranda da Leitura de Ciências’, parte de um projeto de extensão universitária que busca construir e consolidar os vínculos entre a universidade e escolas públicas para o desenvolvimento de programas de formação docente. Desenvolvido simultaneamente no Colégio de Aplicação da UFRJ e no Colégio Estadual Guilherme Briggs o projeto vem contribuindo tanto para a melhoria das práticas docentes em ação e em formação, quanto para as atividades pedagógicas nas relações com a aprendizagem e leitura dos estudantes de nível básico.
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