Esse artigo tem como objetivo apresentar fontes que permitem analisar os processos constitutivos das coleções autorais, problematizando o lugar do editor como produtor de políticas de intervenção cultural. Para tanto, analisa-se a fórmula editorial da Coleção Cultura, Sociedade Educação, dirigida pelo intelectual Anísio Teixeira, entre 1966 e 1971 (ano de sua morte). Por meio das fontes mobilizadas é possível interrogar o modo peculiar pelo qual são combinados nome do diretor da coleção, a seleção de autores, conteúdos e gêneros textuais; aparelho crítico; identidade visual da coleção; e a descrição do público destinatário
Resumo: Neste artigo objetiva-se analisar o modelo de leitura e formação docente, contido na revista Educação Hoje, publicada pela editora Brasiliense, entre 1969 e 1971. O periódico foi suporte da circulação das práticas das escolas secundárias experimentais, organizadas entre 1950 e 1970. Na análise adota-se a perspectiva da história cultural, enfatizando-se a descrição e análise da fórmula editorial. Analisa-se também o artigo que abre o primeiro número, destacando-se a sua relação com os princípios presentes no editorial inaugural e na fórmula editorial do periódico, mas também tomando-o como exemplo de uma vertente da pedagogização do secundário que essa publicação promove e que é coibida pela abrupta interrupção de suas edições, no período mais repressivo da ditadura militar.
O texto apresenta, inicialmente, um breve histórico da implantação do Centro de Memória e Pesquisa Histórica do Departamento de História da EFLCH/UNIFESP. Na sequência, fazemos uma pequena descrição da trajetória da Companhia Editora Nacional desde sua fundação, nos anos 1920, até as transformações ocorridas nos anos 1970 e 1980, quando das mudanças de proprietários. Por fim, apresentamos o processo de transferência do rico acervo arquivístico da editora para a Universidade Federal de São Paulo, envolvendo as formas jurídicas da cessão e as opções tomadas quanto ao início do processo de organização do conjunto.
Com esse trabalho objetiva-se analisar os deslocamentos de sentido que são atribuídos à tradução do título de John Dewey Como pensamos, em cada uma das quatro versões, publicada na Coleção Atualidades Pedagógicas, pela Companhia Editora Nacional, ao longo do século 20. Para tanto, toma-se por objeto os dispositivos editoriais e tipográficos de apoio à leitura, acrescidos a cada uma das versões. A coleção estudada é tomada como objeto cultural que, constitutivamente, guarda as marcas de sua produção e de seus usos, entendida como estratégia editorial de difusão de saberes pedagógicos e de normatização das práticas escolares. Esta coleção foi utilizada nos cursos de formação docente, compondo as bibliotecas de faculdades de Pedagogia, Educação, Psicologia, de Escolas Normais e de Magistério. Ela é componente das práticas que se instauram no processo de constituição da cultura pedagógica e das práticas de formação dos professores no Brasil, nas décadas em que circulou.
RESUMO: O artigo analisa o regime de tradução de textos de John Dewey efetuada por Anísio Teixeira, na Biblioteca de Educação (BE), dirigida por Lourenço Filho. Para tanto, descreve-se a materialidade dessa coleção autoral, distinguindo sua fórmula editorial, que instaura, pelo menos em parte, o regime de tradução no qual se processam os textos vertidos para o português. Tal operação historiográfica permite analisar as estratégias de seu editor para atingir os leitores destinatários e apresentar saberes a serem difundidos no campo educacional em um período de disputas de sua (re)configuração. Para tanto, analisamse os volumes da coleção, as edições estadunidenses desses textos e a correspondência entre os editores.
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