.Estas figuras que tanto antes do seu nascimento ainda não estavam retratadas nas Escrituras (porque ainda não havia Escrituras), depois • que as houve, que foi sucessivamente em muitos séculos, com a mesma sucessão se foram estampando nelas, posto que com sombras escuras e cores pouco vivas porque estava ainda , muito longe a vida de que haviam de receber a luz..." (1) A urbanização incipiente da cidade de São Paulo, a partir do último quartel do século XVIII até as vésperas da Abolição, envolvia uma população majoritariamente feminina e, no entanto, poucas mulheres aparecem nas histórias da cidade. Face à consolidação da economia de exportação, a urbanização era processo secundário e marginal, sintoma de pobreza e de inchação, mais do que de crescimento ou prosperidade econômica . Não admira muito o preconceituoso das fontes relativas ao espaço urbano, onde proliferava a pobreza é certa autonomia dos desqualificados sociais bastante incômoda para as autoridades . Era justamente este o espaço social das mulheres pobres, livres, forras e escravas e o palco de improvisação de sua sobrevivência precária. Circulavam pelas fontes públi-cas, tanques, lavadouros, pontes, ruas e praças da cidade, onde era jogado o lixo das casas e o mato crescia a ponto de ocultar escravos fugidos:(1) Antonio '.Vieira, Sermões (réprodução fac-similar da edição de 1692) . São Paulo, Ed. Anchietána S. A., 1944, v. 9, p. 156 (do nascimento da mãe de Deus).
m 1956, aos cinqüenta e quatro anos e já autor consagrado, Sergio Buarque de Holanda deixou a direção do Museu Paulista para assumir a cátedra de História do Brasil no Departamento de História da FFLCH. No apogeu de sua criatividade, trouxe para o meio acadêmico a vibração intelectual que acompanhava o seu temperamento alegre e expansivo. A sua chECAda coincidiu com os últimos anos antes da ditadura militar, quando a Universidade florescia e as possibilidades se revelavam mais tangíveis. Pode-se afirmar que sua passagem pela USP foi um sintoma de amadurecimento da instituição e de abertura nas relações do meio universitário com a sociedade. A Universidade estava atenta à vida intelectual que pulsava fora, interessada em absorver qualidade e capaz de propiciar, acolher e aproveitar o alto nível de um intelectual brasileiro de renome internacional. Em 1955, dava aulas na Faculdade de Filosofia de Sorocaba.
Disciplina: História do Brasil.O objetivo deste artigo é chamar atenção para a estreita vinculação entre a questão social suscitada pela Revolução industrial e a expansão do novo Império Britânico na primeira metade do século passado e examinar a luz desta vinculação certas afinidades básicas compartilhadas por conservadores e radicais utilitaristas nos seus programas de reforma. Malgrado todos os preconceitos liberais da época, conservadores e radicais se empenharam na expansão colonial, na racionalização do poder do Estado e num reformismo social de cunho paternalista e moderado. O estudo das afinidades de pontos de vista patentes nas diferentes opções propostas por conservadores e radicais utilitaristas propicia uma visão mais objetiva da fase inicial do Império do Comércio Livre, muito diferente do quadro tradicional que tende a enfatizar exageradamente os argumentos liberais de descolonização da Escola de Manchester. É desnecessário lembrar quão importante foi para o Brasil a política exterior da Inglaterra nesse período.Adaptar a sociedade em que viviam às transformações aceleradas de seu tempo e as novas relações de produção implicou para os contemporâneos da Revolução industrial numa intensa militância reformista. Na primeira metade do século passado, radicais e conservadores ingleses voltavam-se primordialmente para a questão social e os problemas internos da sociedade inglesa; mas tambem para a reformulação da política colonial, que o processo de industrialização exigia. Embora divergissem quanto aos meios, tinham profundas afinidades de meta. A sua fé intelectualista no progresso da civilização acabaria por definir-se sob a forma de certo messianismo cultural, que tinha diretamente a haver com o sentimento de verdadeiro desespero social, que permeia a época e que se projeta para fora durante as guerras napoleônicas. A expansão colonial, o nacionalismo, o humanitarismo autoritário e integrador foram manifestações ideológicas do processo de mudança
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