Quotidiano e poder em Sao Paulo no seculo XIX.

“Sou Livre”: narrativas e representações de mulheres em Belém do Pará (século XIX)

“…A tarefa de percorrer as ruas tanto para a entrega das roupas limpas como para o recebimento de roupas sujas, talvez explique as muitas caminhadas de Severa Romana pela cidade, usadas no depoimento de seu assassino como um atenuante de seus atos, insinuando que ela não parecia ser uma mulher reclusa ao seu lar. A faina cotidiana de Severa divulgada pela imprensa sugere que, por serem responsáveis pela economia doméstica, engendrando o sustento da família, as mulheres pobres mantinham uma estreita ligação entre a casa e a rua (DIAS, 1984). Assim, conforme assevera Michelle Perrot (1992, p. 221), a rua não era "apenas um corredor de circulação, mas também um meio de vida".…”

História das mulheres em tempos de pandemia

“…No Brasil, há algumas décadas, a condição feminina e o cotidiano das mulheres vêm sendo objeto de estudos históricos. Partindo de autores que consideram as mulheres comunspobres, negras, migrantes, indígenas, operárias -, historiadoras e historiadores de referência em nosso País, como Maria Odila Leite da Silva Dias (1984), preocuparam-se com a história das mulheres em diferentes tempos e lugares. A historiadora marcou essa escrita evidenciando as experiências femininas das mulheres pobres na cidade de 2 A expressão uma história outra, uma outra história é usada por Michelle Perrot (1988, p. 212) em sua abordagem sobre as mulheres na história em relação às suas práticas cotidianas e formas de resistência.…”

“…Daí a necessidade de as autoridades investirem na criação de creches e de escolas compatíveis com as exigências atuais, ou seja, pensar a condição feminina e o mercado de trabalho. Como mostra a produção historiográfica de Dias (1984) e Figueiredo (1993), não só no passado as mulheres criaram estratégias para atender às exigências do cotidiano da casa e do mundo do trabalho, também nos dias atuais elas são ativas na criação de novas possibilidades de para a vivência do tempo presente.…”

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“…Despite the lack of sources, efforts to recuperate and react to this invisibility have revealed how representative were the influences of these women in daily urban life, such as the works of Dias (1995), in São Paulo, as well as Sandra Graham (1992) and Juliana Farias (2012) in Rio de Janeiro.…”