RESUMO:Este artigo discute a complexidade das relações entre adultos e crianças na contemporaneidade, focalizando a recepção dos desenhos animados. A orientação teórico-metodológica adotada foi a dos Estudos Culturais Latino-Americanos, a qual, integrando os fenôme-nos da comunicação e da cultura e refutando a idéia de passividade diante da TV, defende que as mediações que influenciam a recepção contribuem para a produção de sentidos sobre a assistência. Desse modo, optou-se por tomar a criança como produtora de cultura perante a TV. O artigo analisa os depoimentos de crianças na faixa etária dos 9, 10 anos de duas escolas, uma pública e uma particular, apontando as mediações, relativas à audiência dos desenhos animados, que determinam desencontros e encontros entre crianças e adultos.
Resumo: Fruto de pesquisa de doutorado recentemente concluída, este texto propõe questionar as normas regulatórias de gênero presentes nos cotidianos escolares de dois jovens que se autodenominam gays. A interação com os sujeitos ocorreu através do estabelecimento de conversas on-line realizadas no Facebook mediante uma relação dialógica e de alteridade, propiciando a criação de um sentimento de cumplicidade e disponibilidade que tornou possível uma ampla discussão em torno de questões relativas à heteronormatividade e às experiências da abjeção que ela produz. As conversas on-line foram interpretadas principalmente à luz da contribuição de autores do campo de estudos de gênero e sexualidade amparados teoricamente pela perspectiva dos estudos queer. As conversas com ambos os jovens contribuíram com a tessitura de reflexões sobre a (re)produção dos estigmas sociais no espaço escolar e sobre a urgência de se (re)pensar o planejamento de estratégias de resistência nos cotidianos escolares na tentativa de desmistificar a naturalização e normatização da suposta superioridade e supremacia das heteronormas.
<p>A proposta desse texto é discutir a criança e as infâncias em suas posições dissidentes, centralizando os esforços reflexivos em torno das experiências sociais de sujeitos que construíram trajetórias marcadas por movimentos e posições de dissidência. O texto é enredado por rememorações de infâncias de jovens autodeclaradxs não-heterossexuais que participaram de trabalho de campo de pesquisa de doutorado recentemente concluída. Articulado com o campo das infâncias e dos estudos de gênero e sexualidade, o trabalho promove interlocuções teórico-metodológicas que permitem acompanhar posições de sujeito, trânsitos, interpelações das (cis)heteronormas. Isso permitiu-nos (re)discutir o papel social da escola frente à educação daquelas crianças que, colocadas na condição de “estranhas” e “diferentes”, levam o desconforto a muitos espaços institucionais e às políticas educacionais, virando de ponta-cabeça o currículo. Esse desconforto, no entanto, é imprescindível para que brechas sejam abertas e favoreçam o ato de (re)pensarmos as experiências infantis em suas posições dissidentes.</p>
Com base em pesquisa institucional, interessada em investigar as relações entre leitura, escrita e mídia, focalizamos neste texto a experiência contemporânea de leitura de jovens estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares do Estado do Rio de Janeiro, colocando em xeque o discurso normalmente veiculado pela escola que os representa como não leitores. O apoio teórico-metodológico da História Cultural e dos Estudos Culturais Latino-Americanos vem nos permitindo entrever, por intermédio de estudos de cunho etnográfico, que o diagnóstico de não leitores aplicado aos jovens refere-se ao seu não submetimento à concepção de leitura mantida intacta pela tradição escolar iluminista que valoriza o livro como único suporte possível de leitura e os clássicos como os mediadores privilegiados da formação do leitor. O contato com os estudantes, seja por meio de observações, seja nas entrevistas e oficinas, tem permitido estranhar este diagnóstico. O que temos percebido é que a relação cotidiana, cada vez mais intensa, dos jovens tanto com as mídias de função massiva, como TV e cinema, quanto com as mídias de função pós-massiva, como internet e suas diversas ferramentas, como blogs, orkut, msn, os aproxima da leitura, embora essa aproximação ocorra por intermédio de preferências, e de práticas, diversas das valorizadas pela escola. O presente artigo reflete sobre esses achados, entendendo que eles poderiam ser relevantes ao delineamento de políticas e práticas curriculares concernentes à leitura de jovens estudantes.
As pesquisas que investigam no contexto das redes sociais digitais vêm se tornando mais comuns nas ciências humanas. Privilegiamos uma relação de parceria com os sujeitos, reconhecendo que a interação com eles é imprescindível na formulação dos caminhos metodológicos do estudo. Esses percursos de pesquisa na internet são o foco de discussão deste artigo, que busca compreender os processos de participação, ética e autoria implicados numa investigação fruto de pesquisa de doutorado recentemente concluída. Para isso, partimos da abordagem histórico-cultural, centralizando nossos esforços teórico-metodológicos nas contribuições de dialogismo e alteridade de Mikhail Bakhtin e de seus interlocutores, que privilegiam a participação do outro na escolha dos percursos metodológicos e na produção do conhecimento.
RESUMOO artigo se baseia em pesquisa sobre leitura e escrita de professores. Fundamenta-se na perspectiva da teoria crítica da cultura. Analisa a escrita e a leitura de futuros professores de três escolas de formação docente. Amplia a reflexão com questionamentos e recomendações a respeito de políticas públicas de formação de professores. Palavras-chave: currículo, saberes docentes, políticas educacionais.
ABSTRACTThis paper is based upon teacher's research on readings and writing. It relies upon the perspective of a cultural critical theory. It analyses the writing produced by teachers coming from three teaching schools. I widens questions and it gives more tips on teacher's public policies.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.