This paper is the result of a research that evaluated the levels of prejudice against sexual and gender minorities within 28 Brazilian public schools. The research considered a sample of 413 teachers, 97 employees, and 1829 students from 28 public high schools, located in four Brazilian states: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, and Pernambuco. All of them answered a questionnaire on sociodemographic data, the revised version of the Prejudice Against Sexual and Gender Diversity scale. The resulting analysis highlighted that religious individuals and followers of the Neo-Pentecostal church in the three study groups presented higher levels of prejudice than the other groups involved. All groups that have done previous training in the subject of prejudice presented inferior scores to those that had not done. Individuals that stated they have gay man, lesbian woman, travestis persons, or transsexual persons as friends, relatives, and acquaintances in the groups of teachers and students presented a lower level of prejudice compared to those who did not have relationships with people with these characteristics. Our results suggest the need for methodological changes in schools so that institutions can prepare their curriculum and their pedagogical practices considering the current multiple existing sexual and gender orientations.

Este trabalho problematiza as experimentações da sexualidade entre jovens que aderiram a uma ação de saúde no campo das Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, coordenada por uma organização não-governamental atuante na defesa dos direitos humanos e da livre expressão das sexualidades. Tal ação, além de seu caráter de enfrentamento da epidemia, permitiu analisar os modos como os jovens vêm se relacionando com as experimentações da sexualidade em face da homofobia na sociedade brasileira. O estudo é orientado metodologicamente pela perspectiva da pesquisa-intervenção e os seus resultados apontam para alguns limites e possibilidades de intervenção junto ao público juvenil no que se refere ao acesso e produção da cultura da diversidade sexual e para a consolidação dos direitos humanos.

Este artigo analisa formas de regulação do gênero e da sexualidade em sua articulação com os discursos normativos acionados na produção discursiva do envelhecimento. Buscando problematizar os jogos de verdade que cercam as experimentações de homens idosos em práticas homo/eróticas, tratou-se neste estudo (resultado de uma tese de doutorado em Educação) de compreender como algo em torno de uma forma que o corpo toma é fabricado e descrito como verdade, produzindo sua materialidade (discursiva) 'abjeta'.

Este texto refere-se a representações do corpo, gênero e sexualidade a partir de cenas de amor romântico explicitamente tarifadas, envolvendo homens idosos e jovens garotos de programa, frequentadores de um bar "gay" na cidade de Porto Alegre, Brasil. Essas experiências de sociabilidade permitem produzir uma análise sobre a interseccionalidade entre gênero e idade. As cenas que apresentamos aqui possibilitam compreender relações de poder em torno das formas de regulação da vida que se interseccionam com as "marcas" e as "habilidades" do corpo, a raça, a "orientação sexual", a classe social e a masculinidade, no contexto de relações sociais abertamente monetarizadas. Baseado numa aproximação etnográfica, este trabalho sinaliza que, mesmo que os sujeitos implicados nesses jogos de poder não tenham a intenção de produzir uma crítica à norma em questão, as cenas performatizadas nesses espaços de sociabilidade parecem produtivas para compreender a hetero e a homonormatividade como regimes discursivos.

Este ensaio é resultado de (três) trabalhos reunidos na problematização das biopolíticas contemporâneas, tomando o dispositivo da idade nas tramas do gênero e da sexualidade. A reunião destes (três) estudos tem como objetivo provocar olhares desviados sobre juventude e velhice, convocando movimentos de reversibilidade da marcação dos saberes prescritivo-normativos sobre a performatividade geracional. O trabalho arrisca tensionamentos e provocações acerca dos movimentos de objetificação do corpo, através da aposta conceitual da idade como um dispositivo e da geracionalidade como performatividade