são utilizados neste trabalho. Os resultados mostram que o vento a 10 metros de altura sobre a AGES sopra predominantemente de nordeste, norte, e leste durante o ano, com intensidade moderada (entre 4,0 e 7,0 m.s -1 ). O vento norte é mais intenso do que o vento de quadrante sul, que ocorre durante a passagem de sistemas transientes. A velocidade média do vento depende da posição do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul, que inluencia o gradiente de pressão à superfície sobre a área em estudo. O vento é mais fraco durante o outono; atinge uma velocidade média mensal de 5,3 m.s -1 em abril e é mais intenso em setembro e janeiro (7,3 e 7,1 m.s -1 , respectivamente). A pressão atmosférica ao nível médio do mar oscila entre 1012,3 hPa no verão e 1019,5 hPa no inverno; a temperature do ar a 2 metros de altura varia entre 23,2°C em setembro e 27,4°C em março; e a umidade relativa do ar a 2 metros de altura exibe um mínimo de 72,7% em maio e um máximo de 84,2% em dezembro. Com relação à frequência de sistemas frontais, uma média de 30,2 sistemas atingem o sul da AGES a cada ano, com um máximo em setembro (3,9 sistemas) e um mínimo em fevereiro (0,8 sistema).
ResumoA influência das componentes interanuais (números de onda 2 -OCA2 e 3 -OCA3) da Onda Circumpolar Antártica sobre anomalias anuais regionais de precipitação do Rio Grande do Sul foi investigada utilizando-se dados meteoceanográficos que cobriram o período de 1981 a 2006. Os resultados encontrados aqui mostraram que enquanto existe um padrão claro de associação entre o comportamento da OCA3, ao longo do cinturão de latitude extratropical, e as anomalias anuais de precipitação nas quatro regiões homogêneas identificadas no RS, o mesmo não foi observado para a OCA2. Foi encontrado que anomalias de PNMM associadas a OCA3, no setor Atlântico Oeste do Oceano Sul, parecem ter um papel principal na modulação das anomalias anuais de precipitação no Rio Grande do Sul. Já as anomalias de TSM associadas a OCA3 parecem ter um papel secundário. Além disso, foi observada uma forte influência de ambas as componentes nas anomalias anuais de precipitação via anomalias anuais locais de umidade específica. Os padrões de associação entre as componentes OCA2 e OCA3 e as anomalias anuais de precipitação encontrados aqui fornecem informações importantes tanto para o entendimento do clima no Estado, como para o aprimoramento da previsão climática para o mesmo.
Palavras-chave:Onda Circumpolar Antártica, Rio Grande do Sul, anomalias anuais de precipitação.
Antarctic Circumpolar Wave: Influence in the Climate Variability of the Rio Grande do Sul State
AbstractThe influence of interannual components (wavenumbers 2 -OCA2 and 3 -OCA3) of the Antarctic Circumpolar Wave on regional annual precipitation anomalies of Rio Grande do Sul was investigated using meteoceanographic data covered the period from 1981 to 2006. The results found here showed that while there is a clearest pattern of association between the behavior of OCA3 along the extratropical latitude belt and annual precipitation anomalies in the four homogeneous regions identified in the RS, the same was not observed for OCA2. It was found that SLP anomalies associated with OCA3 on the west sector of the South Atlantic Ocean, appear to have a major role in the modulation of annual precipitation anomalies in Rio Grande do Sul. On the other hand, the SST anomalies associated with OCA3 seem to have a secondary role. Moreover, was observed a strong influence of both components on annual precipitation anomalies by local annual anomalies of specific humidity. The patterns of association between the behavior of OCA2 and OCA3 components and the annual precipitation anomalies founded here provide important informations to both the understanding of the climate in the state and for the improvement of climate forecasts for the RS.
O entendimento do comportamento da precipitação e seus extremos torna-se cada vez mais imprescindível. O objetivo deste estudo é apresentar uma revisão teórica sobre estes aspetos na bacia do rio Paraíba do Sul, englobando os principais sistemas atmosféricos que atuam na região, assim como os impactos causados pela ocorrência dos seus extremos. De forma geral, destaca-se a importância de estudos com um maior aprofundamento no entendimento da variabilidade climática e eventos extremos na bacia do rio Paraíba do Sul, de modo a contribuir no planejamento ambiental e gestão dos recursos hídricos.
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