A educação interprofissional é uma possibilidade de capacitação de estudantes de diferentes cursos da área da saúde, na perspectiva do aprendizado colaborativo, bem como do trabalho em equipe e em rede, visando à integralidade do cuidado em saúde. Este trabalho tem por objetivo relatar as vivências e experiências no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Rede Cegonha, com ênfase na educação interprofissional e nas práticas colaborativas em saúde para a promoção do cuidado integral materno-infantil, bem como na contribuição dessas vivências durante o processo de formação em saúde.
Objetivo: Avaliar a efetividade da acupuntura auricular na redução dos níveis de ansiedade em estudantes universitários, quando comparada com o placebo. Métodos: Foram randomizados 40 voluntários em dois grupos: Auriculoterapia com sementes seguindo o protocolo para Ansiedade (G1) e Placebo (G2). Os grupos foram acompanhados durante seis semanas, com aplicações semanais da auriculoacupuntura, e responderam o Inventário de Ansiedade Traço (IDATE-T) ao iniciarem a primeira sessão e o Inventário de Ansiedade Estado (IDATE-E) na primeira e última sessões. Resultados: Os participantes do G1 obtiveram escore médio do IDATE-T de 46,45 pontos, enquanto o IDATE-E inicial e o final foram, respectivamente, 45,76 e 37,05. O G2 obteve os valores de 49,3 para o IDATE-T, 44,3 e 43,3 para o IDATE-E inicial e final. O teste dos pontos com sinais de Wilcoxon demonstrou significância estatística para a redução dos escores de ansiedade no G1, o que não foi observado no G2. Conclusão: O estudo quantificou os escores de ansiedade na população estudantil universitária e a possibilidade de reduzi-los a partir da proposta terapêutica da auriculoacupuntura. Foi observada redução nos escores de ansiedade nos participantes dos grupos estudados, entretanto, quando comparados os resultados, apenas houve significância estatística no grupo com protocolo para ansiedade.
Problema: Ao utilizar as práticas integrativas e complementares (PICs), em seu processo de trabalho, o profissional de saúde tem outras ferramentas que podem ajudar a responder e explicar de forma rápida e menos iatrogênica os sintomas não explicáveis para a biomedicina. Entretanto, o ensino destas práticas nos Programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade tem sido difusa e escassa. Métodos: Trata-se de um relato de experiência de uma equipe de Saúde da Família, na periferia de uma capital do Nordeste/Brasil, que utilizou a auriculoterapia nos usuários acompanhados entre os meses de agosto a dezembro de 2016. Resultados: A oferta da auriculoterapia traz vários aprendizados e desafios. O processo iniciado com apoio da RMFC evidenciou, o que já se observava em outros espaços, grande aceitação da população, fruto também, da demanda reprimida por outras formas de cuidado. Percebeu-se grande acolhimento de profissionais e usuários que, superando preconceitos, viram a oportunidade de ampliar sua caixa de ferramentas no cuidado ao usuário e a si mesmo. Como limites para a oferta da auriculoterapia na USF, destacamos: falta de espaços adequados, materiais insuficientes para as sessões, baixo investimento da gestão local em educação permanente para trabalhadores em PICs. Conclusão: Acredita-se que as PICs vêm contribuindo para a qualificação e ampliação do cuidado no PRMFC, sobretudo, nos serviços de Atenção Básica.
Este texto tematiza ações de acolhimento desenvolvidas no Sistema Único de Saúde consolidadas na interação com a Universidade Federal. Relatar e analisar o desenvolvimento de duas ações de acolhimento inter-relacionadas, a Horta Agroecológica e o Cantinho do Chá, realizadas em parceria entre a Unidade de Saúde da Família Integrada Grotão, e dois projetos de extensão universitária da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), localizados na cidade de João Pessoa, Paraíba. A experiência deriva da imersão por um período de três meses nas ações de acolhimento junto aos profissionais e usuários da Unidade e aos docentes e discentes da UFPB. Ambas as ações compõem o leque das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e foram implementadas segundo pressupostos da Educação Popular, os quais potencializaram o acolhimento na medida em que favoreceram a troca de saberes, o trabalho coletivo, a escuta, a aproximação entre usuários e profissionais, o encontro para sentar, conversar, saborear e acalmar. As iniciativas constituíram-se em exemplos exitosos, que integram instituições, ações, conhecimentos e relações pessoais, comunitárias e profissionais.
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A violência doméstica contra a mulher é considerada atualmente um problema de saúde pública e uma violação dos direitos humanos. Este estudo tem por objetivo identificar os fatores determinantes que influenciam na violência doméstica contra mulher no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados: SciELO, LILACS e PubMed. Foram incluídos artigos publicados em português, inglês ou espanhol, encontrados na íntegra, entre os anos de 2016 e 2020, na qual tivesse como cenário de estudo o Brasil. A amostra final foi composta por doze artigos. Os estudos evidenciaram que a violência psicológica em mulheres vítimas de violência doméstica foi mais prevalente em relação a física, moral e sexual. Fatores como questões socioeconômicas, a baixa escolaridade tanto de homens, como de mulheres, alcoolismo e outras drogas foram os determinantes mais prevalentes, estando relacionados com a ocorrência de violência física e psicológica. Faz-se necessário a ampliação de debates e de intervenções que possa quebrar o silêncio de uma problemática gritante na sociedade brasileira, para que ocorra a redução dos índices de mulheres vítimas da violência doméstica no país.
O ensino em Práticas Integrativas e Complementares (PICS) vem sendo, aos poucos, introduzido em cursos de graduação da área da saúde. O presente artigo avalia a oferta de ensino em PICS na graduação dos referidos cursos por meio de um estudo documental exploratório de 17 cursos de graduação da área da saúde de duas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas do Nordeste do Brasil. Foi realizada a análise dos projetos pedagógicos, ementários e matrizes curriculares nas páginas eletrônicas das IES e caracterizou-se o curso, a oferta, as disciplinas, a carga horária e a modalidade terapêutica das PICS ensinadas. Nas IES, observaram-se 30 disciplinas, 12 obrigatórias e 18 optativas, sendo 17 com carga horária de 30-32 horas. As modalidades mais ofertadas são Fitoterapia, Homeopatia e Acupuntura/Medicina Tradicional Chinesa, e os cursos com maior disponibilidade de disciplinas foram Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia. Conclui-se que a inserção do ensino em PICS nos cursos da saúde nas duas IES, embora abrangente, é fragmentada e isolada em disciplinas pontuais, principalmente, no formato optativo, deixando muitos estudantes sem o conhecimento das PICS, seus pressupostos teóricos e práticas terapêuticas. O ensino em Práticas Integrativas e Complementares (PICS) vem sendo, aos poucos, introduzido em cursos de graduação da área da saúde. O presente artigo avalia a oferta de ensino em PICS na graduação dos referidos cursos por meio de um estudo documental exploratório de 17 cursos de graduação da área da saúde de duas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas do Nordeste do Brasil. Foi realizada a análise dos projetos pedagógicos, ementários e matrizes curriculares nas páginas eletrônicas das IES e caracterizou-se o curso, a oferta, as disciplinas, a carga horária e a modalidade terapêutica das PICS ensinadas. Nas IES, observaram-se 30 disciplinas, 12 obrigatórias e 18 optativas, sendo 17 com carga horária de 30-32 horas. As modalidades mais ofertadas são Fitoterapia, Homeopatia e Acupuntura/Medicina Tradicional Chinesa, e os cursos com maior disponibilidade de disciplinas foram Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia. Conclui-se que a inserção do ensino em PICS nos cursos da saúde nas duas IES, embora abrangente, é fragmentada e isolada em disciplinas pontuais, principalmente, no formato optativo, deixando muitos estudantes sem o conhecimento das PICS, seus pressupostos teóricos e práticas terapêuticas.
Introdução: A inserção da auriculoterapia no âmbito da atenção primária à saúde em João Pessoa é recente e ocorre de forma autônoma e difusa, a depender da motivação dos profissionais. Objetivo: O objetivo deste artigo é apresentar uma breve análise sobre a oferta da auriculoterapia em um grupo de caráter fechado. Métodos: Pesquisa qualitativa exploratória utilizando dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com usuários que utilizam a auriculoterapia no processo terapêutico. Resultados: Após a análise qualitativa dos dados por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin, emergiram três categorias: compreensão e construção de conceitos sobre auriculoterapia; concepção sobre a eficácia da auriculoterapia; experiência da auriculoterapia em grupo. Pode-se depreender que a oferta de auriculoterapia na atenção primária é visualizada pelo usuário como uma prática que leva ao bem-estar e alivia suas dores, sejam elas físicas ou emocionais. Os usuários revelam ainda a importância da educação em saúde para a compreensão da terapia da qual usufruem, construindo suas concepções pelas vivências, trocas e compartilhamento de conhecimentos. Conclusões: A auriculoterapia é, portanto, uma prática pela qual se pode construir e fortalecer vínculos e aumentar o escopo de ações ofertadas para o alcance da integralidade.
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