INTRODUÇÃO: O diagnóstico da infertilidade pode ser devastador na vida de um casal. Muitas mulheres inférteis percebem a situação como estigmatizante, causadora de sofrimento psíquico e isolamento social. O estudo objetivou determinar as variáveis econômicas, demográficas, interpessoais, sociais e também a prevalência de transtornos mentais comuns na população de mulheres atendidas nos ambulatórios de referência de esterilidade do Hospital Agamenon Magalhães, Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros e Instituto Materno Infantil de Pernambuco e encaminhadas ao Ambulatório de Saúde Mental em Reprodução Humana do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. MÉTODO: A pesquisa foi transversal, durante o ano de 2007, com um total de 60 pacientes, que responderam a dois questionários auto-aplicáveis: o Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) e outro, formulado pela pesquisadora. RESULTADOS: Das 60 mulheres pesquisadas, 55% tinham 31 anos ou mais. A prevalência total dos transtornos mentais comuns foi de 53,3%, sendo que a ocorrência de transtornos mentais comuns foi bem mais elevada entre as que tinham 31 anos ou mais do que entre as que tinham até 30 anos (66,7 versus 37%). As que evitavam situações sociais que podiam causar desconforto emocional apresentaram maior incidência de transtornos mentais comuns. CONCLUSÕES: A prevalência dos transtornos mentais comuns e sua associação com enfrentamento social embasam a necessidade de atendimento interdisciplinar, incluindo profissionais de saúde mental. Nossos dados confirmam a importância do apoio social e da inclusão dos parceiros no processo de avaliação da infertilidade.
Objectives: to analyze the frequency of anxiety, stress and depression in Brazilians during the COVID-19 pandemic period. Methods: cross-sectional study conducted with Brazilians during the COVID-19 pandemic. Data collection was performed via an online electronic form containing self-reported sociodemographic and mental health variables using the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) using the snow-ball sampling technique. For the whole study, a significance level of 0.05 was considered, except for the application of the stepwise method, which considered a level of 0.2. Results: 1,775 people responded the survey, mostly women (78.07%), white (58.13%), single (45.78%), currently working (63.74%). 32.03% received psychotherapy or some type of emotional support before the pandemic, 19.03% had some psychiatric diagnosis and 8.49% started some support after the beginning of the pandemic. The mean scores investigated by the DASS-21 scale were 5.53869 for depression, 4.467334 for anxiety and 8.221202 for stress. Conclusions: during the COVID-19 pandemic, sociodemographic and mental health characteristics were mapped and in Brazilians and the symptoms of anxiety, depression and stress were identified mainly in women, single people, who did not currently work and already had some previous mental health symptom.
Objetivo: Avaliar qualidade de vida, ansiedade, depressão e desesperança em casais submetidos a avaliação/tratamento em serviço público de Reprodução Humana no Brasil. Método: Todos os casais estiveram em avaliação e tratamento para fertilização de setembro de 2014 a julho de 2015 foram entrevistados. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HAD), o Fertility Quality of Life tool e a Escala de Desesperança de Beck. Resultados: Participaram do estudo 272 participantes (57,4% mulheres). Foram encontrados 20,9% de sintomas de ansiedade, 12,2% de depressão e 18,4% de desesperança no grupo. Os resultados mostraram que os baixos índices nas subescalas Emocional e Mente/Corpo estavam relacionados aos sintomas depressivos em mulheres, enquanto a relação com a depressão centrava-se na subescala Mente/Corpo. Nas mulheres, os baixos índices foram encontrados nas subescalas Emocional e Mente/Corpo relacionados com a desesperança, enquanto nos homens as subescalas Mente/Corpo e Tolerabilidade mostraram-se significativamente comprometidas. Conclusões: A experiência do casal pode se tornar um fator de risco maior aos danos na qualidade de vida durante o tratamento, o que aumenta a possibilidade de um impacto significativo na saúde física e mental do casal.
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