RESUMOObjetivo: Determinar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e sua associação a fatores sociodemográficos e profissionais em residentes de medicina, enfermagem, nutrição e saúde coletiva da cidade do Recife (PE). Métodos: Estudo transversal foi conduzido, em 2007, envolvendo uma amostra aleatória de 178 residentes que responderam a questões sociodemográficas e sobre a formação profissional e ao Self-Reporting Questionnaire . Calcularam-se as prevalências de TMC e estimaram-se as razões de prevalên-cia (RP) e os intervalos de confiança. Resultados: A prevalência total dos TMC foi de 51,1% e não se observou associação aos fatores sociodemográficos. A prevalência do evento foi 39% maior nos médicos que nos não médicos (p = 0,049) e 46% maior em residentes mé-dicos das especialidades cirúrgicas que entre os de enfermagem, nutrição e saúde coletiva (p = 0,048). Cinco das queixas do SRQ-20 foram mais frequentes no sexo feminino (p < 0,05). Conclusão: Os dados demonstram a elevada magnitude dos TMC nessa população, principalmente nos residentes médicos, e servem para educadores e gestores de serviços de saúde no sentido de viabilizar estratégias para prevenir e recuperar a qualidade de vida dos residentes. ABSTRACTObjective: To determine the prevalence of common mental disorders (CMD) and its association with sociodemographics and professionals resident in medicine, nursing, nutrition and public health from the city of Recife (PE). Methods: A survey was conducted in 2007, involving a random sample of 178 residents, who responded to question about sociodemographics and professional training and the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). The prevalence of CMD were calculated, also prevalence ratios (PR) and confidence intervals were estimated. Results: The overall prevalence of CMD was 51.1%, and there was no association with sociodemographics factors. The prevalence of the event was 39% higher among the Recebido em
The aim of this study was to determine the validity and reliability of a Portuguese version of the Postpartum Depression Screening Scale (PDSS). A total of 120 new mothers completed the translated version of PDSS and later were interviewed using the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders, our gold standard for clinical status. The best cut-off score for the Portuguese version was 102, with a sensibility of 94%, a specificity of 95%, a positive predictive value of 75% and a negative predictive value of 99%. Reliability, measured by the alpha coefficient of internal consistency, was .95. The PDSS is considered ready for use in the screening of Brazilian new mothers for postpartum depression.
INTRODUÇÃO: O diagnóstico da infertilidade pode ser devastador na vida de um casal. Muitas mulheres inférteis percebem a situação como estigmatizante, causadora de sofrimento psíquico e isolamento social. O estudo objetivou determinar as variáveis econômicas, demográficas, interpessoais, sociais e também a prevalência de transtornos mentais comuns na população de mulheres atendidas nos ambulatórios de referência de esterilidade do Hospital Agamenon Magalhães, Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros e Instituto Materno Infantil de Pernambuco e encaminhadas ao Ambulatório de Saúde Mental em Reprodução Humana do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. MÉTODO: A pesquisa foi transversal, durante o ano de 2007, com um total de 60 pacientes, que responderam a dois questionários auto-aplicáveis: o Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) e outro, formulado pela pesquisadora. RESULTADOS: Das 60 mulheres pesquisadas, 55% tinham 31 anos ou mais. A prevalência total dos transtornos mentais comuns foi de 53,3%, sendo que a ocorrência de transtornos mentais comuns foi bem mais elevada entre as que tinham 31 anos ou mais do que entre as que tinham até 30 anos (66,7 versus 37%). As que evitavam situações sociais que podiam causar desconforto emocional apresentaram maior incidência de transtornos mentais comuns. CONCLUSÕES: A prevalência dos transtornos mentais comuns e sua associação com enfrentamento social embasam a necessidade de atendimento interdisciplinar, incluindo profissionais de saúde mental. Nossos dados confirmam a importância do apoio social e da inclusão dos parceiros no processo de avaliação da infertilidade.
Os transtornos alimentares são mais prevalentes do que se pensava, têm início precoce e muito freqüentemente sofrem complicações por comorbidades médicas e psiquiátricas. Sendo assim, pessoas acometidas por esses transtornos, em estágios de evolução diferentes e com nível de comprometimento variável, circulam pelos serviços de atenção primária, secundária e terciária. Além disso, os locais de atendimento desses pacientes, pelas suas peculiaridades, são diversos -serviços de pediatria, clínica geral, psiquiatria da infância e adolescência e de adultos. Ou seja, há superposição e, mais do que isso, confusão entre níveis e locais de atendimento, desperdiçando-se tempo precioso em detrimento do diagnóstico precoce e do bom encaminhamento terapêutico.As colocações sumárias feitas anteriormente já permitem que se delineiem os campos de atuação da Associação Brasileira de Psiquiatria nessa questão, sendo basicamente três: científico, institucional e político.No campo científico seria aglutinadora de profissionais de diferentes serviços, formando grupos de trabalho, a exemplo do que aconteceu recentemente quando a ABP apoiou e viabilizou os trabalhos que culminaram com o documento intitulado "Recomendações para a Indústria da Moda", elaborado pela Comissão Técnica Brasileira de Grupos Especializados no Estudo e Tratamento de Transtornos Alimentares (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2007a). Na área institucional, facilitaria a comunicação com outras instituições envolvidas no assunto e elaboraria, em conjunto com estas, diretrizes para intervenção subsidiada em todos os níveis e locais de atendimento, ao mesmo tempo em que definiria as competências mínimas necessárias para que o psiquiatra realizasse essas intervenções ou lhes desse respaldo. Na política, serviria de canal de interlocução com as várias instâncias governamentais e prestaria assessoria ou consultoria técnica.Além disso, por intermédio de ações como a ABP-Comunidade (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2007b), contribuiria para a conscientização da população sobre o assunto, não somente com informações, mas também com propostas de mudanças de comportamento.Como se pode ver, a Associação Brasileira de Psiquiatria pode e deve participar desse movimento em prol da conscientização da população acerca dos transtornos alimentares, bem como da luta pela prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado deles, principalmente nas populações de risco já conhecidas.
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