Objetivo: Discutir sobre o impacto do consumo de alimentos ultraprocessados à saúde infantil em tempos de pandemia da COVID-19. Metodologia: Revisão narrativa da literatura realizada por meio de busca bibliográfica de artigos em inglês e português, disponíveis nas bases de dados: Scielo, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Google acadêmico e PubMed. Foram incluídos artigos com datas de publicação dos últimos cinco anos. Os descritores utilizados foram: “COVID-19”, “Nutrição infantil”, “Infant nutrition”, “Eating habits” e “Hábitos alimentares”. Resultados: As estratégias utilizadas para limitar a disseminação da COVID-19, como o distanciamento social e suspensão das aulas, causam impacto direto na alimentação, com isso, há um maior consumo de ultraprocessados e enlatados, por serem produtos mais fáceis de adquirir, armazenar e apresentarem maior prazo de validade. Esse tipo de alimento possui baixo valor nutricional e valor calórico elevado, são ricos em gorduras saturada e trans, carboidratos refinados e baixos níveis de fibra, gordura insaturada, micronutrientes e antioxidantes. Atuam negativamente na imunidade, causando inflamação crônica, manifestação ou agravamento de sobrepeso e obesidade, prejudicando a defesa do organismo contra patógenos virais, representando um alto risco para a patologia grave da COVID-19. Considerações finais: As mudanças relacionadas as restrições causadas pela pandemia refletiram nos maus hábitos alimentares e, consequentemente, o agravamento de doenças crônicas não transmissíveis. Manter uma alimentação saudável e equilibrada é essencial, pois reduz os impactos negativos promovidos pelo SARS-Cov2, visto que alimentos in natura influenciam direta e positivamente o sistema imunológico, fortalecendo-o de possíveis problemas futuros e prevenindo também a obesidade infantil.