OBJETIVO: O termo de consentimento informado é uma obrigação para o exercício profissional e para a pesquisa envolvendo seres humanos. Representa o respeito à autonomia. Este estudo teve por objetivo reconhecer o grau de entendimento dos indivíduos que participam de uma pesquisa ou de um tratamento. MÉTODOS: Um termo de consentimento foi preparado com linguagem potencialmente clara e acessível, com índice de facilidade de leitura de Flesch igual a 95, o que o classificou como muito fácil. Foram analisados dados como idade, grau de escolaridade, hábito de leitura, meios de acesso à informação e internet e renda familiar, como fatores que modificam o entendimento do consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: Apesar do termo ter sido preparado para atingir pontuação de acerto entre 9 e 10, observou-se que ele atingiu 7,5 ± 1,62 e não esteve relacionado à idade ou ao sexo. O nível de escolaridade influenciou a capacidade de entendimento (p=0,0013), bem como o hábito de leitura (p=0,0001) e o acesso à Internet (p=0,0070). A análise de ganho mostrou que os que ganham mais de dez salários mínimos são os que compreendem melhor (p=0,0041). CONCLUSÃO: Pode-se admitir que os sujeitos para pesquisa devem ser aqueles com melhor nível de escolaridade, com habitualidade para a leitura, com facilidade de acesso à internet e os que têm melhor faixa salarial. Na prática médica, observar a condição de cada um dos doentes, entender as suas limitações de compreensão, ler junto com eles, um à um, explicando todos os pontos.
There is reduction in collagen with increasing age, and an increase in its degradation, leading to fragmentation of the fibers.
The data confirm that age is related to delay in liver regeneration in rats.
Em 1981 Glotzer et al. descreveram um tipo de proctocolite, semelhante à retocolite ulcerativa, limitado ao segmento excluído do trânsito fecal, na ausência de doença intestinal inflamatória. O presente estudo tem por finalidade avaliar as alterações ocorridas no cólon após sua exclusão do trânsito, com o fim de se estabelecer um modelo em ratos que permita estudar a doença. Utilizaram-se 35 ratos Wistar-PUCPR, machos com 120 dias de idade, divididos em 4 grupos. Sob anestesia inalatória procedeu-se à laparotomia mediana, secção transversa do cólon esquerdo e colectomia de 0,5 cm par se ter o padrão inicial (Mo). Seguiu-se o fechamento do coto distal, colostomia terminal com maturação precoce do coto proximal e laparorrafia. Realizaram-se as verificações nos seguintes tempos: grupo A após uma semana, grupo D após 2 semanas, grupo B após 4 semanas e grupo C após 8 semanas. Avaliou-se o cólon excluído macro e microscópicamente (Mf) analisando-se: a reação inflamatória, a concentração de colágeno e o comportamento das células caliciformes. Comparadas os momentos Mo e Mf registrou-se a presença de úlceras em 11 cólons (p=0,0010) não relacionadas com o tempo de exclusão. Reação inflamatória agudo-crônica ou crônica discreta esteve presente em todos os tempos. Em todos os cólons observou-se diminuição significante da espessura da parede. No Mo predominou o colágeno tipo I (p=0,008) enquanto que no Mf o predomínio foi do colágeno III (p=0,008). Foi constante a diminuição do colágeno total, a perda de colágeno I e o aumento de colágeno III. Não houve mudança significante do percentual de área ocupada por células caliciformes. Conclui-se que a exclusão do cólon distal, de até 8 semanas, no rato por colostomia determina: atrofia do cólon e o aparecimento de lesões ulceradas superficiais com reação inflamatória discreta.
As anastomoses colônicas estão associadas à alta incidência de deiscências e o choque é um dos fatores etiológicos relacionados.O objetivo do presente estudo foi correlacionar as alterações do fluxo sanguíneo intestinal decorrentes do choque hipovolêmico e a cicatrização das anastomoses colônicas. Dezesseis cães foram submetidos à anastomose cólon-colônica, sendo que em oito deles o choque hipovolêmico foi induzido. Excetuando o período de confecção da anastomose, o fluxo sanguíneo intestinal foi continuamente aferido. Registrou-se a freqüência cardíaca e pressão arterial média durante todo o experimento. Coletou-se três amostras de sangue para determinação do volume globular em três momentos diferentes da cirurgia. No 7º dia de pós-operatório os cães foram submetidos novamente à operação para avaliação clínica da anastomose (presença de abscessos, fistulas ou deiscências). Retirou-se uma porção de 15 cm do cólon contendo a anastomose para aferição da pressão de ruptura e estudo anátomo-patológico com as colorações: H-E e picrosírius (densitometria do colágeno). Os parâmetros clínicos avaliados determinaram um índice de complicações infecciosas duas vezes superior no grupo chocado que no grupo controle. Não houve diferença estatisticamente significante com relação à pressão de ruptura, todavia a concentração de colágeno total foi maior no grupo controle do que no grupo submetido ao choque. O estudo anátomo-patológico (H-E) demonstrou parâmetros de cicatrização mais favoráveis no grupo controle. Assim, concluiu-se que a diminuição do fluxo sanguíneo intestinal acarretou deterioração do processo cicatricial das anastomoses, pelo maior número de complicações, menor concentração de colágeno total e comprometimento nos parâmetros histológicos.
Purpose: To compare the polypropylene mesh (Marlex®) to Vicryl®, Parietex composite® and Ultrapro® meshes to assess the occurrence of adhesions in the intraperitoneal implantation. Methods: Sixty Wistar rats were allocated into three groups: PP+V, in which all the animals received a polypropylene and a Vicryl® mesh; PP+PC, with the implantation of polypropylene and Parietex composite® meshes and PP+UP, in which there was implantation of polypropylene and Ultrapro®. Macroscopic analysis was performed 28 days later to assess the percentage of mesh area affected by adhesion. Results: in the PP+ V group, the Vicryl® mesh showed lower adhesion formation (p=0.013). In the PP+PC, there were no differences between polypropylene and Parietex composite® (p=0.765). In the PP+UP group, Ultrapro® and polypropylene meshes were equivalent (p=0.198). Conclusion: All the four meshes led to adhesions, with the Vicryl® mesh showing the least potential for its formation.
Introduction: Treatment for obesity essentially has to do with weight loss, which can be achieved through surgical procedures. Despite the considerable rise in the number of such procedures, the relationship between obesity and the healing process has not been totally clarified. Purpose: To investigate abdominal wound healing in obese Wistar rats on the seventh and fourteenth days following a laparotomy. Methods: Thirty-six Wistar rats were randomly distributed into two groups, the control and experiment group. The control group were fed on either a standard diet for the species and the experiment group were put on a high calorie diet. After 116 days, all the animals were submitted to a laparotomy followed by laparorrhaphy. After euthanasia on the seventh or fourteenth day, fragments of the abdominal wound containing the scar were submitted to histopathological and tensiometric analysis. Results: The average weight of the animals from the experiment group was higher than that of the control group (p<0.001). The difference in the resistance of the cutaneous scars was not significant. The aponeurotic scars were more resistant in the control group after seven days (p=0.011) and fourteen days (p=0.040). There was no difference in terms of intensity of the inflammatory reaction and the collagen density was similar in both groups. Conclusion: In rats, obesity lowered the resistance of the aponeurotic scars but not the skin scars. It did not interfere with the delayed inflammatory response and the collagen density. Key words: Wound Healing. Obesity. Collagen. Rats. RESUMO Introdução:O tratamento da obesidade é baseado essencialmente na perda de peso, e isto pode ser conseguido por meio de procedimentos cirúrgicos. Apesar do grande aumento no número destes procedimentos, a relação entre obesidade e o processo de cicatrização ainda não está totalmente elucidada. Objetivo: Investigar a cicatrização da parede abdominal de ratos Wistar obesos, sete e 14 dias após laparotomia. Métodos: Ratos Wistar, em número de 36 foram alocados em dois grupos, controle e experimento. Os do grupo controle receberam dieta padrão para a espécie e os do experimento dieta hipercalórica. Depois de 116 dias, todos os animais foram submetidos à laparotomia seguida de laparorrafia. Após a eutanásia com sete ou 14 dias, fragmentos da parede abdominal contendo a cicatriz receberam análise histopatológica e tensiométrica. Resultados: O peso médio dos animais do grupo experimento foi maior do que o do grupo controle (p<0,001). A diferença da resistência das cicatrizes cutâneas não foi significante. As cicatrizes aponeuróticas foram mais resistentes no grupo controle aos sete dias (p=0,011) e aos 14 dias (p=0,040). Não houve diferença quanto à intensidade da reação inflamatória e a densidade de colágeno foi semelhante nos dois grupos. Conclusão: Em ratos, a obesidade diminuiu a resistência das cicatrizes aponeuróticas, mas não a das cicatrizes da pele. Não interferiu na reação inflamatória tardia e nem na densidade do colágeno. Descritores: Cica...
RESUMO: Objetivo:Reconhecer a interferência do captopril na cicatrização de feridas cutâneas de ratos hipertensos. Métodos: Distribuíram-se 111 ratos em quatro grupos: controle normotenso (N=30); controle hipertenso (N=30), os quais receberam 1 ml/dia de solução de cloreto de sódio a 0.9% por via oral; grupo experimento (N=31), hipertensos que receberam 7,5mg/kg/dia de captopril e um grupo aferição (N=20), 10 hipertensos e 10 normotensos, nos quais aferiu-se a pressão na aorta abdominal, no último dia de experimento. Após 15 dias de medicação, fez-se uma incisão da pele e da tela subcutânea, na região médio-dorsal dos grupos I, II e III, seguida de síntese. Ressecaram-se as cicatrizes de 10 animais de cada grupo, no 4.º, 7.º e 14.º dias após a operação, que divididas em duas partes foram enviadas para a tensiometria e para análise histológica. Resultados: A pressão arterial média de 83,18 ± 7,51 mmHg nos normotensos e 151,36 ± 10,51 mmHg nos hipertensos. As cicatrizes dos hipertensos tratados e não tratados eram menos resistentes que as dos normotensos, nos tempos iniciais (p<0,05) e que ao 14.º dia as resistências se igualaram. Não houve diferença entre o grupo tratado e o não tratado. A densidade de colágeno total foi maior nos normotensos em todos os tempos (p<0,05) e não houve diferença entre hipertensos tratados e não tratados. A epitelização, a reação inflamatória e a formação do tecido de granulação foi semelhante nos três grupos. Conclusão: O captopril, em ratos, não modifica a cicatrização, ficando as diferenças relacionadas à hipertensão (Rev. Col. Bras. Cir. 2006; 33(2): 74-78 INTRODUÇÃOConsiderando-se que o processo de cicatrização é um fenômeno local do qual participam elementos comuns a vários setores do organismo, é fácil imaginar que fatores ambientais e fisiológicos exerçam grande impacto na evolução da cicatrização, podendo exercer influência na qualidade da cicatriz, no tempo de cicatrização e na presença ou não de complicações.Sabendo disto, questionou-se se as drogas utilizadas no tratamento de co-morbidades sistêmicas como a hipertensão arterial sistêmica (HAS) poderiam ou não interferir no processo de cicatrização. Para tanto, optou-se por estudar a interferência do captopril, droga amplamente utilizada no tratamento da HAS, no processo de cicatrização de feridas de pele de ratos.A hipertensão arterial é doença de alta prevalência mundial. É, provavelmente, o problema de saúde pública mais importante nos países desenvolvidos 1 .A hipertensão renovascular é a forma secundária mais comum de hipertensão e não é facilmente reconhecida. Uma redução da pressão de perfusão renal em 50% conduz ao aumento imediato e persistente da secreção de renina decorrente da isquemia renal, com supressão da secreção contralateral 2 . O objetivo do tratamento da hipertensão é reduzir o risco de morbidade e de mortalidade devida às lesões em ór-gãos-alvo que este distúrbio pode levar. O uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) é uma importante opção terapêutica. Na hipertensão renovascular ...
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