Foi avaliado o treinamento desenvolvido com os colaboradores do Serviço de Alimentação Estudantil de um Restaurante Universitário, em dezembro de 2014, por meio de levantamento da situação de Boas Práticas de Fabricação, análise do nível de conhecimento dos manipuladores de alimentos e verificação da mudança de comportamento e atitudes ao manipularem os alimentos. O estudo evidenciou que o treinamento não aumentou de forma satisfatória o nível de conhecimento dos manipuladores sobre Boas Práticas de Fabricação, contudo, influenciou na adoção de comportamentos e práticas mais adequadas, sugerindo que podem existir outros motivos para a adoção dessas medidas, como o reconhecimento e a valorização dos colaboradores e assim, a capacitação pode ter funcionado como uma medida de incentivo.
Trata-se de estudo relativo à avaliação do projeto “Criança Saudável – Educação Dez”, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Brasil), em termos de distribuição, conteúdo e efetiva utilização do material enviado às 140.000 escolas brasileiras de ensino fundamental. Foi selecionada uma amostra de 292 escolas de ensino fundamental abrangendo a totalidade dos estados brasileiros. Entrevistadores treinados se reuniram com 292 gestores e 1065 professores, e preencheram formulários contendo questões fechadas e abertas. Os dados foram digitados no software PrjEscola, desenvolvido em Visual Basic, e foram analisados estatisticamente. As questões abertas foram analisadas por meio do estabelecimento de categorias e respectivas freqüências. O estudo apontou que o material chegou a 90,7% das escolas, teve boa receptividade entre professores e alunos e foi efetivamente utilizado. Constatou-se ainda a necessidade de fazer adequações às características culturais regionais e focar os temas mais na promoção da saúde do que na prevenção de doenças.
Avaliou-se o consumo de frutas, verduras e legumes (FVL) por população de fruticultores, relacionando-o com trabalho, disponibilidade local desses produtos e produção para auto-consumo, com finalidade de subsidiar programas educativos. O delineamento consistiu em estudo de corte transversal, realizado entre famílias de alunos de escola de zona rural do município de Valinhos/SP – Brasil. Por meio de entrevista coletou-se dados socioeconômicos, de consumo alimentar e dados subjetivos relativos à percepção dos sujeitos sobre suas próprias práticas. A população estudada compreendeu 79 famílias, totalizando 420 pessoas; 53,0% das famílias trabalhavam na terra, 70,5% possuíam horta e 80,0% árvores frutíferas ao redor do domicílio; 85% referiram consumir verduras, 83% legumes e 91% frutas, considerando esses alimentos pertinentes ao seu padrão alimentar. Entretanto, no dia alimentar, 59,5% declararam não consumir frutas, 70,9% não consumiram verduras e 53,2% nenhum legume. Conclui-se que o acesso à terra não é um fator que por si só favoreça produção e consumo de FVL. Os motivos que levam ao baixo consumo relacionam-se a preferências, papel da mulher no trabalho agrícola como fator limitante do tempo destinado ao preparo das refeições, e relações de trabalho. Programas educativos devem ser pautados nos condicionantes objetivos e subjetivos da alimentação, incluindo estratégias para emancipação e aumento do controle sobre a vida.
O trabalho visa a definição do indivíduo referência e as necessidades nutricionais de calorias e macronutrientes de estudantes de uma universidade pública federal. Trata-se de estudo transversal realizado com 67 (8,4%) estudantes de ambos os sexos sorteados considerando um universo de 800 usuários, bolsistas, com mais de 18 anos que frequentavam ao menos três vezes por semana o Restaurante Universitário. A coleta dos dados foi realizada entre os meses fevereiro e março de 2016, por meio de aplicação de questionário estruturado para obtenção de informações socioeconômicas, estilo de vida e atividade física; e avaliação antropométrica do estado nutricional com aferições das medidas: peso, altura, pregas cutâneas e circunferência da cintura e cálculo do Índice de Massa Corporal, com adoção dos critérios de classificação proposto da Organização Mundial da Saúde. Foram elaboradas análises de frequência, média, t-teste e Qui-quadrado. Constatou-se que o indivíduo referência do estudo são adultos jovens com massa corporal classificada como normal e insuficientemente ativos, com hábitos alimentares inadequados. A recomendação de valor energético total foi de 2.181 calorias, sendo 436,20 calorias para desjejum, 763,35 calorias para almoço e 654,30 calorias para jantar, em ambos os sexos.
O estudo objetivou avaliar a qualidade dos cardápios planejados pela Unidade de Alimentação e Nutrição de um Restaurante Universitário. Para tanto, a avaliação da qualidade dos cardápios foi realizada pelo método de Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio, juntamente com verificação da frequência das preparações e usado o teste Qui-quadrado, ao nível de 5%. A avaliação foi conduzida por 16 observadores, que após treinamento, foi distribuída em dois grupos, onde um grupo avaliou os cardápios do almoço (prato principal e opção) e o outro do jantar (prato principal e opção). As análises tiveram como base a presença de indicadores positivos (frutas e folhosos) e indicadores negativos (carnes gordurosas, doces, frituras, doces mais frituras, cores iguais, carboidratos (farináceos) e ricos em enxofre). Após análise da qualidade do cardápio por tais parâmetros, aplicou-se uma classificação para os aspectos positivos e negativos encontrados (ótimo, bom, regular, ruim e péssimo). Os cardápios apresentaram elevada frequência de folhosos e frutas; baixa frequência de frituras, carnes gordurosas e doces com frituras; elevada frequência de cores iguais e de alimentos ricos em enxofre. Conclui-se, que melhorias no cardápio são necessárias para que, de fato, a Unidade de Alimentação e Nutrição do Restaurante Universitário tenha o cardápio como uma ferramenta de Educação Alimentar e Nutricional e, desta forma, desempenhe papel incentivador para uma alimentação saudável, contribuindo assim para prevenção de doenças e promoção de saúde.
Introdução: Alterações no estilo de vida ocorrem entre jovens após ingressarem no ensino superior por diversos motivos. Assim, os universitários manifestam fatores de risco para ganho de peso, tais como inatividade física, alterações do sono, alterações dos hábitos alimentares, início para experimentação de substâncias psicoativas como álcool, tabaco e drogas ilícitas, ou seja, práticas que contribuem para o excesso de peso. Objetivo: Avaliar a correspondência entre estado antropométrico, variáveis sociodemográficas e de estilo de vida em universitários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com 155 universitários, maiores de 18 anos, com aplicação de questionário para obtenção de informações sociodemográficas e de estilo de vida. A avaliação antropométrica consistiu da aferição do peso, estatura, dobras cutâneas, circunferência da cintura e do quadril. As análises consistiram em frequência simples e absoluta, além da Análise de Correspondência Múltipla. Resultados: Houve associação entre excesso de peso com indivíduos de idade 26 a 34 anos, sexo masculino, sem outras ocupações, classe econômica baixa, que não desenvolviam atividade doméstica e serem dos cursos bacharelado interdisciplinar e de pós-graduação. Conclusão: Por meio da correspondência observada entre as variáveis de interesse, sugerimos adoção de práticas para promoção de adequados hábitos alimentares entre os universitários, principalmente a partir de ações de Educação Alimentar e Nutricional
A modalidade de refeições transportadas caracteriza-se por uma produção em local diferente de onde será distribuída, neste sentido, incorre em mais etapa com riscos de contaminação. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar as condições higienicossanitárias e temperatura na produção e distribuição de refeições transportadas. Então, realizou-se estudo transversal, com abordagem quantitativa em um Restaurante Universitário, e para tal, foi realizado monitoramento de temperatura das refeições nas fases de acondicionamento, no recebimento no local de distribuição e no período de distribuição assim como avaliação das condições higienicossanitárias do veículo de transporte e da unidade de distribuição. A técnica recomendada pela Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas foi utilizada para aferição da temperatura e aplicado checklist adaptado para o estudo. Com isso, foi constatado que 100% das preparações da cadeia aquecida na distribuição estavam com temperatura acima de 60°C, representando adequação à legislação, porém, o mesmo não pôde ser observado na cadeia refrigerada, pois as preparações apresentaram 100% de inadequação na distribuição das refeições. Com relação ao nível de adequação das condições higienicossanitárias do veículo de transporte (79,70%) e da unidade distribuidora (83,4%), os mesmos apresentavam adequadas condições de higiene. De modo geral, os resultados demonstram a adoção das boas práticas de fabricação e adequação parcial do controle no processo de distribuição das refeições transportadas. Para que a unidade possa ofertar preparações da cadeia fria com maior segurança sanitária é necessário rever o processo produtivo, bem como os equipamentos de armazenamento das preparações.
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