A “missão por redução” foi uma estratégia de catequese empregada pelos jesuítas em diferentes espaços americanos, devendo se constituir em instrumento de pacificação do território e de sujeição dos índios aos poderes civis e espirituais. Na região de Maynas, no alto Amazonas, as primeiras missões surgiram por volta de 1638. Este texto analisa, a partir do Diário do Padre Samuel Fritz, as complexas relações que se estabelecem aí, a partir de então, entre diferentes agentes da sociedade colonial (índios, padres, colonos portugueses e espanhóis).
do Vale do Rio dos Sinos -UNISINOSO artigo analisa três narrativas acerca da conquista européia da América. Tratam-se das "relaciones" de Carvajal, Rojas e Acuña, as quais, escritas entre 1542-1641, contribuem para repertoriar o espaço amazônico, assim como para construí-lo simbolicamente.
Amazônia • Textos Coloniais • Discursos NarrativosThe present article analyzes the work called "relaciones", which was written between 1542 and 1641 respectively by the Dominican friar G. de Carvajal and the Jesuits A. Rojas and C. Acuña. The objective is to understand the way they have contributed to simbolically build the Amazon space while describing it.The Amazon • Colonial Texts • Narrative Discourses * A pesquisa para a elaboração deste trabalho contou com o auxílio dos alunos bolsistas de Iniciação Científica Davi Jardim (FAPERGS), Deise C. Schell (PIBIC) e Maiquel P. Rasquin (UNIBIC).
O artigo examina experiências vividas pelos jesuítas que trabalharam nas “Missões Austrais” (1740-1753), especialmente no que diz respeito ao povoado de Nra Sra de la Concepción de los Pampas, na atual Província de Buenos Aires. Cartas, informes, expedientes e relatos de jesuítas e de membros do governo colonial referentes à fundação, funcionamento e abandono deste “pueblo de indios”, serão analisados criticamente para discutir os efeitos desta experiência sobre a subjetividade dos religiosos. Para tanto, além do trabalho com as fontes, também nos valeremos da comparação com situações de natureza similar em outras áreas de missão, bem como do debate com a historiografia.
A avaliação das fontes jesuíticas pode ser importante recurso para a compreensão das disputas travadas em áreas de fronteira dos impérios coloniais na América. Na Amazônia, no período final da União Ibérica, percebe-se um acirramento das tensões entre os jesuítas da Missão de Maynas e os agentes da colonização portuguesa cada vez mais presentes na área. A principal questão do conflito aí instalado residia no interesse de uns e outros pelo acesso aos grupos indígenas da região. Esta situação pode ser percebida de forma muito explícita nas Relaciones escritas por Alonso de Rojas e Christóbal de Acuña, religiosos do Colégio Jesuíta de Quito, as quais se constituíram em objeto de análise deste artigo.
O artigo que apresentamos busca mostrar as possibilidades de intersecção entre a História e Literatura, por meio do romance, de autoria de Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão. Sem aderirmos aos pressupostos da não diferenciação entre discurso historiográfico e discurso literário, valemo-nos das contribuições da História Cultural (Roger Chartier), em especial o conceito de representação. Dentro dessa perspectiva realizamos uma análise de algumas passagens do texto de García Márquez, com o intento de mostrar como, por meio de sua obra, Gabo tentou retratar a história da América Latina e quem eram os latino-americanos. Não foi possível realizar tal objetivo sem inserir o escritor colombiano dentro de seu contexto histórico e literário, ou seja, na década de 1960 – e a influência da Revolução Cubana – e, também, inseri-lo dentro da estética do realismo mágico. Por óbvio o texto não procura exaurir as possibilidades de análises continuando, o texto de García Márquez, uma obra aberta a novas problematizações e interpretações.
ResumoOs eventos envolvendo as mortes dos jesuítas Martín de Aranda (1612) e Roque Gonzáles (1628) no Chile e Paraguai coloniais, respectivamente, são tradicionalmente conhecidos como "martírios", em representações de natureza cênica, gráfica e literária, ou outras. Consideramos, aqui, que os textos historiográficos podem ser tidos como uma das linguagens pelas quais estes eventos são construídos e narrados e, após a apresentação do quadro em que ocorreram os martírios de Elicura e Caaró-Pirapó, discutimos duas obras relativas a eles, as " Historias Documentadas " (1929 e 1937) de José María Blanco, situando seu teor e condições de produção ligadas ao desejo de sustentar processos de beatificação inconclusos, em Roma. Sugerimos que elas permitem pensar os contextos locais da situação colonial, das missões e da vida desses jesuítas, assim como sua apropriação a partir de interesses e situações próprios ao século XX.
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