272Rev Bras Enferm 2005 maio-jun; 58(3):272-7. INTRODUÇÃOA consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), fundamentado na reforma sanitária sobre os pilares da universalização, da descentralização e da integralidade da assistência, estabelece uma nova concepção de saúde. Nesta perspectiva ressaltamos a importância de discutir a concepção da enfermeira sobre o processo da municipalização por entender que a enfermeira é um agente da equipe multidisciplinar em saúde que necessita conhecer, compreender e incorporar os princípios e diretrizes do SUS no intuito de também contribuir para sua efetivação e consolidação. Neste trabalho discutiremos o entendimento da enfermeira sobre os princípios e as diretrizes constitucionais que regem o SUS, no município de Itabuna-BA, no sentido dos benefícios e serviços de saúde. Objetiva analisar a concepção da enfermeira sobre o SUS/ princípios e diretrizes e apontar os limites, avanços e as perspectivas da enfermeira frente ao processo de municipalização da saúde. ABSTRACT This study aimed to analyze the conception of the nurse on the National Health System principles and lines of direction and to point the limits, advances and perspectives of the nurse facing the health municipally process in
O Sistema Único de Saúde e a inserção da enfermeiraOs ideais propostos pela reforma sanitária trazem uma ampliação do conceito de saúde e a democratização do setor saúde, reordenamento do sistema de saúde, mudanças do modelo de assistência e das práticas sanitárias (1)(2)(3)(4) . Estas mudanças perpassam pela construção e consolidação do Sistema Único de Saúde -o SUS, em seus princípios e diretrizes, de universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação popular, que demandam novos perfis de profissionais para a organização e prática do novo modelo assistencial na perspectiva da integralidade da assistência.Portanto, o Brasil vem vivenciando ao longo da última década mudanças operadas na política de saúde, no que tange a construção e consolidação do sistema Único de Saúde-SUS, tendo como base a diretriz da descentralização estabelecida a partir da reforma sanitária, especialmente no processo de municipalização, onde o município passa a ser o condutor responsável por sua política de saúde. Descentralização das ações, do planejamento, dos recursos financeiros e principalmente do poder político.No entanto, o processo de municipalização não vem acontecendo de forma homogênea em sua implantação nos municípios em decorrência dos entraves político, financeiro e administrativo.Nessa perspectiva, a ABEn (5) discute em forma de oficinas em vários estados da federação o processo de municipalização Resumo Estudo sobre o processo de descentralização do sistema de saúde nas décadas de 80 e 90 no município de Itabuna-BA; com o objetivo de descrever o processo de descentralização da saúde no município, identificando a inserção/ participação da enfermeira nesse processo. Estudo descritivo, qualitativo de caráter exploratório, que utilizou para coleta de dados a entrevista semi-estruturada, e a análise documental. Os resultados apontam que a inserção da enfermeira no processo da descentralização seguiu-se de acordo com as mudanças transcorridas a cada gestão municipal, onde ela atuou mais efetivamente conforme foi o cenário estabelecido e sofreu influência das diversas conjunturas conformadas pelas políticas implantadas ou implementadas em cada contexto da gestão do Sistema de saúde municipal. e a prática da enfermagem no sentido de compreender e direcionar a prática da enfermagem nas transformações das políticas de saúde e a reformulação do sistema de saúde.A participação da enfermagem no SUS tem sido objeto de estudo de pesquisadores, que analisam a contribuição da enfermeira no espaço do SUS local através do processo de municipalização. Esses estudos corroboram na importância da participação da enfermeira em diversos estados e Municípios brasileiros na construção do SUS, em suas ações administrativas, assistenciais e educativas, além de suas práticas políticas ainda incipientes, frente às transformações ocorridas, voltadas para a atenção a saúde da população nos serviços de saúde, executando, supervisionando e coordenando as ações de atendimento à população, bem como aponta as dificuldades na construção do...
O artigo tem como objetivo descrever as políticas públicas e ações de saúde do adolescente desenvolvidas no Estado da Bahia, no período de 2000 a 2023, através de uma análise documental dos Planos Estaduais de Saúde (PES), Programações Anuais de Saúde (PAS) e Relatórios Anuais de Gestão (RAG). Os dados foram interpretados através da análise de conteúdo. Verificou-se escassez de políticas públicas para adolescentes citadas nos PES e PAS, mesmo com o vasto conjunto de políticas que abrange esse segmento, no Brasil. Nos RAGs, estas emergem como implantadas/implementadas, porém, a identificação das condições de implantação/implementação torna-se inviável, devido as informações generalistas descritas. Logo, evidencia-se a relevância de expressar essas políticas nos documentos oficiais de gestão como um indicador inicial de planejamento, implantação e implementação. Todavia, quando essa expressão é escassa, a inferência acerca da atenção ofertada ao adolescente torna-se obstaculizada.
A água de coco tem sido comercializada in natura nos últimos anos por ambulantes que utilizam carros adaptados para seu armazenamento. Essa prática acaba aumentando os riscos de contaminação por microrganismos, uma vez que a higienização dos carros e utensílios quase nunca é feita corretamente. A presente pesquisa visou estudar a qualidade microbiológica e o perfil de resistência aos antibióticos das bactérias isoladas de águas de coco comercializadas por ambulantes no município de Itabuna, Bahia. As amostras foram analisadas para contagem total de Aeróbios Mesófilos, Contagem Total de Enterobacteriaceae, Staphylococcus aureus, Salmonella, Coliformes Totais e Termotolerantes incluindo E. coli. Também foram analisados a superfície dos carrinhos, os utensílios utilizados para a perfuração do coco e as mãos dos vendedores. Durante a coleta, foi aplicado um questionário sobre noções de boas práticas de fabricação, higiene pessoal e segurança alimentar. Os carrinhos e 38,8% das amostras de água apresentaram contagens significativas para Enterobacteriaceae. Para coliformes termotolerantes estavam acima do estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 22,2% das amostras de água; para aeróbios mesófilos foi encontrada uma média de 8 x 105 UFC/mL. Não foi detectada a presença de Salmonella. Já Escherichia coli foi detectada em uma amostra e Staphylococcus aureus em duas. As bactérias isoladas e identificadas da água de coco apresentaram resistência a alguns antibióticos, sendo as gram negativas resistentes a pelo menos 5 antibióticos de classes diferentes. Dos entrevistados, 72,2% não sabiam o que é segurança alimentar e 61,1% desconheciam o que são microrganismos e os riscos que podem causar à saúde humana. Apesar de 88,9% informarem que conheciam as Boas Práticas de Fabricação (BPFs) e Higiene, manipulavam concomitantemente o dinheiro e a água de coco. Concluiu-se que os manipuladores ambulantes de água de coco da cidade não possuem capacitação quanto as BPF, o que contribuiu para a contaminação das amostras. As bactérias isoladas mostraram um perfil de resistência a vários antibióticos.
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