A hipertensão arterial ou pressão alta como é popularmente conhecida, é uma doença crônica que afeta o aparelho circulatório que se caracteriza por valores de pressão arterial igual ou maior que 140/90 mmHg. O primeiro fármaco desenvolvido para tratar a hipertensão arterial foi o captopril. A prática de partição de comprimidos é comumente utilizada por profissionais de saúde, principalmente no tratamento de idosos e crianças. Dentre as desvantagens observadas nessa prática, a que mais causa preocupação é a de imprecisão na dosagem. O objetivo do estudo foi verificar se o teor de princípio ativo em comprimidos partidos de captopril 50 mg é uniforme nas metades obtidas. A quantidade de captopril foi determinada utilizando-se o método de titulação direta com iodo, descrito na Farmacopeia Brasileira. Os resultados demonstraram que, das quatro amostras analisadas, apenas uma apresentou diferença significativa entre as metades. Já nas análises feitas com comprimidos inteiros, os resultados mostraram que todas as amostras apresentaram teor de princípio ativo acima do limite máximo permitido pela agência reguladora.
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A prática da partição de comprimidos consiste na divisão do comprimido ao meio, e vem sendo cada vez mais comum entre consumidores e em ambientes hospitalares, com intuito de flexibilização da dose, ajudar na deglutição ou até mesmo gerar economia aos seus usuários. No entanto, é uma prática sem grandes vantagens, pois não há como assegurar que os fragmentos das duas metades apresentem concentrações iguais e que sejam equivalentes à metade da dose original. Este estudo teve como objetivo determinar o teor de princípio ativo em comprimidos íntegros de losartana potássica 50 mg, assim como sua uniformidade em comprimidos partidos, do medicamento referência, de um similar e de um genérico. O doseamento da losartana potássica foi realizado por meio de titulação em meio não aquoso, metodologia especificada da Farmacopeia Brasileira. Nos comprimidos íntegros, das três amostras analisadas, não foi verificada diferença significativa entre os valores obtidos e a concentração declarada no rótulo, no nível de confiança de 95%. No entanto, para os comprimidos partidos, somente o medicamento referência apresentou uniformidade de princípio ativo. Vale ressaltar que é muito importante o cumprimento do tratamento prescrito em relação à dosagem correta do medicamento, já que essas variações podem comprometer o tratamento farmacoterápico do paciente.
A amoxicilina é um derivado semissintético de penicilina G, um composto farmacologicamente ativo com propriedades antibacterianas. É um antibiótico de amplo espectro, ativo contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, estável no trato gástrico e melhor absorvido do que a penicilina natural por via oral. O presente estudo teve como objetivo quantificar, em laboratório o teor de amoxicilina através do método espectrofotométrico, avaliar se esse método é adequado para doseamento da potência da amoxicilina. Além disso realizou-se análise da bula dos medicamentos, a fim de verificar se estão de acordo com os critérios exigidos pela ANVISA. Foram analisadas três marcas da amoxicilina tri-hidratada na forma farmacêutica de suspensão oral, sendo uma amostra de referência (R), uma de genérico (G) e uma de similar (S). O teor foi determinado a partir da espectrofotometria de absorção no ultravioleta por meio de curva padrão. Os resultados demonstraram que as três amostras analisadas estavam de acordo com os parâmetros exigidos pela agência reguladora. O método espectrofotométrico evidenciou boa aplicabilidade para doseamento da amoxicilina suspensão oral, demonstrando ser um método com boa exatidão e praticidade, podendo ser utilizado para propósitos de controle de qualidade. Em relação a análise das bulas dos medicamentos, verificou-se que eles cumprem os critérios estabelecidos pela agência reguladora.
A descoberta das penicilinas revolucionou a medicina devido à eficácia destas substâncias no tratamento de inúmeras infecções bacteriológicas, dando início à chamada “era dos antibióticos”. As penicilinas são moléculas formadas pelo núcleo 6-amino penicilânico, uma estrutura rígida, formada pela fusão do anel -lactâmico à tiazolidina. Dentre as inúmeras penicilinas existentes, a amoxicilina é o antibiótico de maior número de prescrições na prática clínica, seu sucesso ocorre devido a seu amplo espectro de atividade e pela facilidade de administração via oral deste fármaco. A rigidez do núcleo 6-amino penicilânico, bem como outras propriedades eletrônicas da molécula faz com que esta apresente fluorescência, sendo possível a realização de estudos fotofísicos entre radiações absorvidas e emitidas. Estes estudos dão importantes informações sobre o comportamento eletrônico e estrutural de moléculas quando excitadas, além de mostrar como o ambiente químico em que se encontra pode interferir neste estado. O comportamento fotofísico da amoxicilina mostrou que sua estrutura possibilita uma estabilização do estado excitado sendo ão aumentada com o aumento da polaridade do solvente, além disso, pôde-se observar interações específicas entre estas substâncias e os solventes utilizados. Este estudo abre uma nova perspectiva de utilização da amoxicilina, como um fluoróforo, e mostra como a técnica de UV-Vis e fluorescência podem ser aplicadas a análises qualitativas, sendo retiradas importantes informações sobre a estrutura eletrônica e molecular de uma substância.
O ibuprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com ação analgésica, antitérmica e anti-inflamatória, e atua como inibidor da ciclooxigenase (COX). Por ser um medicamento muito utilizado por diversas faixas etárias da população, faz-se necessário averiguar as condições de produção desse medicamento nos laboratórios. Através de uma rigorosa metodologia baseada na Farmacopeia Brasileira, pode-se avaliar o teor de concentração de princípios ativos presentes. O objetivo do estudo foi determinar o teor de ibuprofeno em cápsulas gelatinosas disponíveis comercialmente comparando com o preconizado pela ANVISA e verificar a padronização das bulas. O ibuprofeno foi determinado utilizando o método de titulação com hidróxido de sódio, descrito na Farmacopeia Brasileira. Os resultados obtidos demonstraram que, das sete amostras analisadas, apenas quatro apresentaram teor de princípio ativo dentro do limite permitido pela agência reguladora, e todas cumpriram os requisitos exigidos pela legislação em relação às bulas.
A ivermectina é um fármaco da classe dos antiparasitários que possui efeito comprovado sobre vários tipos de infestações por vermes, parasitas e nematoides. A dosagem do teor de ivermectina não possui um método oficial indicado pela Farmacopeia Brasileira, assim, estudos que avaliem a qualidade do produto, principalmente a concentração de princípio ativo nas preparações e sua conformidade com o especificado são fundamentais. O presente trabalho teve por objetivo desenvolver e avaliar um método rápido para controle de qualidade, capaz de quantificar ivermectina nas formas farmacêuticas, utilizando o método de espectrofotometria no UV/VIS, recomendado pela Farmacopeia Brasileira para quantificação de substâncias. O estudo apresentou resultados satisfatórios em todos os testes que foi submetido nas concentrações utilizadas, confirmando sua confiabilidade para uso em laboratórios de controle de qualidade. O método escolhido também apresentou maior facilidade de manuseio, menor custo e geração de resíduos em comparação com técnicas cromatográficas.
A ivermectina é um potente antiparasitário que, por já possuir atividade contra uma ampla quantidade de vírus, teve destaque no ano de 2020 como um medicamento com potencial eficácia para o tratamento da Covid-2019. O trabalho publicado por Caly (2020) alavancou o uso off-label de ivermectina pela população por mostrar o resultado do medicamento de um teste feito com células in vitro infectadas com o vírus SARS-CoV-2 isolado. O presente trabalho teve por objetivo quantificar o teor de ivermectina em medicamentos manipulados e industrializados, comparando os resultados com o valor indicado no rótulo. Por não possuir um método já pré-estabelecido pela Farmacopeia Brasileira, o doseamento foi feito segundo a metodologia adaptada de Costa e Pereira Netto (2019), utilizando o método de espectrofotometria no UV/VIS, que é preconizado pela Agência Reguladora para quantificação de substâncias. Os resultados demonstraram que quatro das seis amostras analisadas não estavam dentro dos parâmetros exigidos pela agência reguladora americana em relação ao teor de princípio ativo. Pretende-se destacar a importância do controle de qualidade dos medicamentos, além de alertar dos possíveis riscos à saúde associados à administração de medicamentos cuja indicação diverge do que consta na bula.
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