A investigação produzida buscou compreender a constituição histórica das formações identitárias e suas articulações com as relações de poder, no desempenho das atividades cotidianas de três corporações musicais mineiras. Percebeu-se que o processo identitário dos músicos é permeado pelo prestígio e valor que a tradição musical imprime na região. As diferenciações na produção de identidades individuais e coletivas podem exercer influências nas relações de poder inter e intragrupais. Também, as diversas formas de estabelecimento das relações de poder entre os agentes exercem influências no desenvolvimento do processo grupal e na atividade musical. Atividade, esta, que legitima tanto as identidades coletivas quanto as individuais, mantendo a vida musical da Região das Vertentes viva e intensa através dos tempos.Palavras-chave: atividade; identidade; música; processo grupal; relações de poder. ABSTRACTThe research focused on the historical constitution of the relationships between power and identity, which are embedded in daily activities of three organized musical groups in Minas Gerais. It was identified that the musicians process of identity is permeated by the status and the value traditionally allocated to musical activities in the Vertentes region of Minas Gerais. The differences related to production of collective and individual identities seem to exert influence on inter and intra groups power relationships. Furthermore, the different ways in which power relationships are established among the agents also have influence on the group development and their musical activity. The musical activity, in its turn, legitimates individual and collective identities, contributing for keeping musical life in Vertentes very alive and intense throughout its history.Keywords: activity; identity; music; group process; power relationships.Considerando a perspectiva contemporânea de investigação dos grupos, fenômenos ou processos grupais, desenvolvida tanto pela Psicologia Social quanto pelas Ciências Humanas e Sociais, a necessidade e importância da abordagem das relações de poder e suas articulações com o processo de produção de identidades se tornam relevantes.Em estudos anteriores (Vieira-Silva, 2000), pôde-se perceber que os grupos se caracterizam como lócus de contradições, propiciando vivências de dificuldades, momentos de apatia e constantes negociações. É em meio a este ambiente complexo e difuso que ocorre o processo de produção das identidades, de forma que as experiências grupais entram em confluência com aquelas subjetivas, em um movimento de constante metamorfose, como em Ciampa (1987).Essas vivências estão permeadas por relações de poder, relações que ocorrem em todos os aspectos da vida cotidiana, configurando tanto a conformação da ordem social vigente como os papéis a serem exercidos por cada sujeito (Martín-Baró, 1989).As relações de poder produzem um efeito indiscutível no delineamento das relações sociais, por exercerem um papel fundamental sobre o comportamento humano (Martín-Baró, 1989). Portanto, as ref...
Esta pesquisa buscou verificar se existe relação entre crenças, atitudes e práticas dos profissionais de Recursos Humanos em relação à inclusão de pessoas com deficiência (PCD) nas organizações. Participaram do estudo 55 profissionais de Recursos Humanos filiados à Associação Brasileira de Recursos Humanos de Minas Gerais. Na pesquisa foram utilizados métodos quantitativos de coleta e análise dos dados. De forma geral, constatou-se que a utilização dos construtos: concepções de deficiência, ações consideradas possíveis para garantir a inclusão de PCD no trabalho e percepção das práticas de RH utilizadas nas organizações contribuíram para a identificação de atitudes diferenciadas dos profissionais de RH frente à inclusão.
RESUMO. Investiga-se o que é a música para jovens músicos de São João Del Rei, cidade da região do Campo das Vertentes, Minas Gerais, que convive cotidianamente com bandas e orquestras bicentenárias e onde o fazer musical é forte referência na vida das pessoas, especialmente na de crianças e adolescentes. Tendo-se como referencial teórico a psicossociologia e suas noções de imaginário social, projeto de vida e grupo como sistema cultural, simbólico e imaginário, foram entrevistados 21 jovens vinculados a corporações musicais da cidade. As entrevistas transcritas passaram por procedimentos derivados da análise arqueológica do discurso. Buscou-se explicitar o papel da atividade musical na construção de projetos de vida dos jovens, isso é, nas modalidades de inserção social desses sujeitos no contexto de sua realidade, suas formas de projetar o futuro e lançar-se em busca de algo a ser realizado.
Uma deficiência física contribui para que a pessoa se torne mais sedentária, o que pode levar à obesidade e outras doenças crônicas, bem como impactar a autopercepção e as interações sociais, podendo ocasionar quadros de depressão e baixa autoestima. O presente relato de experiência descreve a realização de atividades físicas e intervenções psicológicas grupais com 17 pessoas com deficiência física, durante 18 meses, no decorrer de um projeto de extensão em interface com a pesquisa. Visando à promoção da saúde física e psicológica do público-alvo, utilizou-se a técnica de Enrique Pichon-Rivière sobre grupos operativos e os recursos apresentados por Maria Lúcia Afonso sobre oficinas de dinâmica de grupo, além de atividades físicas estruturadas. Na exposição dos resultados deste trabalho, traz-se uma análise quantitativa, por meio da Escala de Mudança Percebida, e uma análise qualitativa, utilizando-se o método de Análise de Conteúdo das falas dos participantes. Os resultados quantitativos, bem como os assinalados pelos participantes, indicam melhorias nos aspectos físicos, psicológicos e sociais, as quais eles creditam às intervenções desenvolvidas. Pretende-se, com este trabalho, alcançar estudantes em formação e profissionais de áreas afins, que lidam direta ou indiretamente com pessoas com deficiência física, a fim de servir de referência para intervenções grupais que tenham objetivos semelhantes. Desta forma, espera-se que, além de divulgar os benefícios obtidos por esse público, seja possível ampliar os estudos, pesquisas e trabalhos neste âmbito, de modo a enriquecer a literatura acerca do tema e apoiar pesquisadores e futuros profissionais da área.
O trabalho a seguir apresenta algumas considerações acerca da Luta Antimanicomial e da Reforma da Atenção à Saúde Mental no Brasil, nos últimos quarenta anos. Com o objetivo de avaliar criticamente proposições desenvolvidas e a própria trajetória histórica da Política Pública de Atenção Psicossocial, os autores, por meio de fontes documentais como os relatórios das Conferências Nacionais de Saúde Mental (I a IV), de portarias e de atos normativos do Ministério da Saúde, se perguntam sobre o que podem ou não comemorar após quarenta anos de questionamentos ao modelo manicomial e após a implantação de novas estratégias de cuidado com pessoas em situação de sofrimento psíquico e seus familiares. São apresentadas e discutidas publicações produzidas sobre a temática e estratégias de acolhimento desenvolvidas por serviços públicos e privados, que são citadas e comentadas a partir das proposições defendidas pelas entidades e grupos interdisciplinares de profissionais de saúde envolvidos com a temática da saúde mental atualmente no Brasil. Os autores terminam por considerar que há mais motivos para se comemorar do que para se lamentar os resultados conquistados pela militância interdisciplinar da Luta Antimanicomial.
Partindo de um programa de pesquisa intervenção psicossocial, o trabalho apresenta questionamentos e considerações sobre grupos comunitários e institucionais, objeto de ações de pesquisa e extensão do LAPIP - Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial da UFSJ. As perspectivas de análises partem de autores que trabalham com a concepção dialética sobre grupos humanos e o processo grupal, como Ignácio Martín-Baró e Silvia Lane, e com as concepções de Grupo Operativo, de Enrique Pichón-Rivière e oficinas de grupo, de Lúcia Afonso. Nos grupos investigados/atendidos encontramos fenômenos grupais produtores de identidade e ativadores de consciência, além de uma insistência em se manterem como grupos, resistindo ao individualismo e ao isolamento social. Processos de coesão e identidades coletivas são produzidos em associação com mecanismos de solidariedade e afetividade. Presenciamos relações de poder mais igualitárias, implicando menos submissão e mais disposição para o trabalho educativo, com mais possibilidades de produção coletiva de conhecimentos. Palavras Chave: Grupo; Processo Grupal; Afetividade; Identidade Grupal; Inclusão Psicossocial.
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