O conceito de cidadania ocupa posição central no escopo das diferentes perspectivas que configuram o campo da Educação Ambiental. Não obstante, os significados atribuídos ao conceito, bem como a proposição de estratégias metodológicas dirigidas a sua construção, nem sempre têm sido devidamente explorados. Este artigo explora as implicações teórico-metodológicas da cidadania com a Educação Ambiental, conferindo destaque ao potencial que a articulação entre a metodologia da Aprendizagem-Serviço e a ferramenta dos Fóruns Comunitários pode aportar para a construção da cidadania no âmbito da educação formal.
Resumo Josep Maria Puig é um dos maiores especialistas internacionais em Educação Moral. Durante toda sua trajetória acadêmica e pessoal, a educação moral ocupou lugar central em suas pesquisas, reflexões, preocupações, docência e modo de viver. Os escritos e investigações do professor Puig, em Catalão, Espanhol e Português, converteram-se em uma das principais referências teóricas na américa latina nos estudos acerca da moralidade humana. Citado em mais de 800 teses e artigos no Brasil, seu trabalho exerceu e ainda hoje exerce grande influência em toda uma geração de pesquisadores brasileiros. Na entrevista que se segue, para além da trajetória acadêmica do Prof. Puig, apresentamos suas reflexões a respeito da educação moral em diferentes dimensões: teóricas, práticas, políticas, sociais e pessoais. Como não poderia deixar de ser, em tempos em que se fala de uma escola sem partido, Puig discorre também acerca do legado de Paulo Freire e a influência que exerceu em todo o seu trabalho. Trata-se, pois, de temas que mobilizam preocupações atuais e da maior relevância para a formação ética e moral das futuras gerações.
RESUMO: A relação entre identidade e projeto de vida tem sido assinalada tanto pelos marcos legais que definem o projeto de vida como eixo da educação básica no Brasil quanto pelos estudos sobre projeto de vida publicados no país e no exterior. Não obstante, documentos como a Base Nacional Comum Curricular e o Novo Ensino Médio não aportam fundamentos teóricos que possibilitem aos profissionais da educação conhecer como identidade e projeto de vida se constroem e se articulam, assim como compreender suas implicações pedagógicas. No plano acadêmico, por sua vez, a relação entre identidade e projeto de vida tem sido pouco tematizada de maneira explícita e sistemática. O presente artigo, de caráter teórico e inscrito na interface entre os campos da educação e da psicologia, explora as articulações entre estudos sobre projeto de vida e sobre identidade no que diz respeito à constituição, ao desenvolvimento e ao funcionamento desses construtos, bem como discute suas implicações para a educação. Para tanto, delimita o conceito de projeto de vida à perspectiva fundada pelo Centro de Estudos sobre a Adolescência da Universidade de Stanford (Estados Unidos), coordenado por William Damon, e circunscreve os processos de construção e funcionamento da identidade às abordagens de estados da identidade, identidade narrativa e identidade moral, cuja matriz comum é a obra de Erik Erikson.
Resumo As teorias sobre self (si mesmo) moral formuladas por Blasi, Damon e Colby constituíram um ponto de inflexão no campo da psicologia moral, até então marcado pelo predomínio da perspectiva de Kohlberg. A proposição de que a integração entre a moralidade e o self ou a identidade é um componente fundamental do funcionamento moral inaugurou uma nova corrente de estudos permeada por diferentes perspectivas sobre o funcionamento do self moral e sua relação com os juízos, emoções e ações morais. O presente artigo sistematiza perspectivas acerca dos constructos self moral e identidade moral, evidenciando suas diferenças, convergências e lacunas. Ademais, propõe uma integração entre essas perspectivas e faz aportações que indicam a possibilidade de ampliação do espectro de compreensão sobre esses constructos.
The relationship between identity and life purpose has been highlighted both by the legal frameworks that define the life purpose as the axis of basic education in Brazil and by studies on life purpose published in the country and abroad. Nevertheless, documents such as the Common National Curricular Base and the New High School do not provide theoretical foundations that would enable education professionals to know how identity and life purpose are constructed and articulated, as well as to understand their pedagogical implications. At the academic level, in turn, the relationship between identity and life purpose has been little discussed explicitly and systematically. The present article, of a theoretical nature and inscribed in the interface between the fields of education and psychology, explores the articulations between studies on life purpose and identity concerning the constitution, development, and functioning of these constructs, and discusses their implications for education. To do so, it delimits the concept of life purpose to the perspective founded by the Center for Adolescence Studies at Stanford University (United States), coordinated by William Damon, and circumscribes the processes of identity construction and functioning to the approaches of identity status, narrative identity and moral identity, whose common matrix is the work of Erik Erikson.
A intenção deste artigo é explorar as contribuições que a Metodologia da Problematização pode aportar para a Educação Moral. Para tanto, delineamos as bases conceituais e diretrizes metodológicas da Educação Moral e preconizamos a Metodologia da Problematização como uma estratégia capaz de colocá-las em prática. Esta relação é exemplificada por meio do relato de uma pesquisa de intervenção que desenvolvemos com estudantes do 6º ano de uma escola pública, localizada na periferia da cidade de São Paulo (Brasil). Em linhas gerais, os dados sugerem que uma prática pedagógica em que os educandos problematizam e intervém sobre conflitos sociomorais reais constitui uma estratégia relevante para a construção de valores e da cidadania.
A intenção deste artigo é explorar as contribuições que a Metodologia da Problematização pode aportar para a Educação Moral. Para tanto, delineamos as bases conceituais e diretrizes metodológicas da Educação Moral e preconizamos a Metodologia da Problematização como uma estratégia capaz de colocá-las em prática. Esta relação é exemplificada por meio do relato de uma pesquisa de intervenção que desenvolvemos com estudantes do 6º ano de uma escola pública, localizada na periferia da cidade de São Paulo (Brasil). Em linhas gerais, os dados sugerem que uma prática pedagógica em que os educandos problematizam e intervém sobre conflitos sociomorais reais constitui uma estratégia relevante para a construção de valores e da cidadania.
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