ResumoEste artigo procura resgatar e sintetizar o pensamento da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe -CEPAL sobre a integração econômica regional latino-americana. Tal pensamento pode ser dividido em duas grandes fases. A primeira analisa a integração econômica como parte da estratégia de desenvolvimento econômico e, em particular, do processo de substituição de importações adotado na América Latina na década de 50. A segunda, caracterizada pelo chamado "regionalismo aberto" dos anos 90, busca na integração regional uma maior inserção das economias latino-americanas na economia internacional. Entre estas duas fases, há um contexto em que a CEPAL tem o seu interesse voltado para o ajuste macroeconômico dos países latino americanos e para os problemas ditos estruturais. Nesta fase intermediária, apesar da idéia do regionalismo na América Latina não ter tido grande destaque nos trabalhos e documentos da CEPAL, surgem as bases para o estudo de novos e importantes elementos para o aprofundamento do tema , principalmente no que diz respeito à cooperação no âmbito macroeconômico entre os países envolvidos no processo de integração.
O trabalho procura discutir as dificuldades de financiamento das microempresas dentro da lógica do sistema financeiro tradicional e como o microcrédito pode resolver este problema. O primeiro ponto do trabalho é mostrar por que as microempresas são excluídas dos financiamentos tradicionais na presença de informações assimétricas. Em seguida, apresenta-se a experiência do Grameen Bank para mostrar como arranjos contratuais específicos podem viabilizar o financiamento de pequenos empreendimentos. E, ao final, apresenta-se a experiência brasileira com microcrédito, destacando-se o PROGER (Programa de Geração de Emprego e Renda) e as primeiras instituições de microcrédito.
Este artigo tem como objetivo destacar algumas das principais ideias do economista e pensador argentino do século XIX, Juan Bautista Alberdi. Tal interpretação se baseia em duas das suas principais obras: Bases y Puntos de Partida para La Organización Política de La República Argentina, escrito originalmente em 1852, e sua obra póstuma, Estudios Económicos, publicada originalmente em 1886. Juan Bautista Alberdi foi jurista, escritor, jornalista e economista, sempre preocupado com a construção da nacionalidade de uma região que seria a atual Argentina em um dos momentos iniciais da expansão do capitalismo cujo centro de interesse era a Inglaterra. Procurou entender seu país a partir de uma perspectiva liberal, porém considerando as estruturas locais. Defendeu, no processo, a inclusão social e regional, uma melhor divisão de poder e um federalismo fiscal mais justo para a região. Foi muito além da defesa da simples divisão internacional do trabalho. Se, no início da sua vida intelectual, colocava-se como um pensador otimista, com o decorrer dos acontecimentos, particularmente durante a segunda metade do século XIX, olhou com desconfiança e pessimismo para o processo de construção do liberalismo argentino conduzido pela cidade de Buenos Aires.
Resumo: O presente estudo tem como objetivo mensurar os efeitos quantitativos sobre as exportações de commodities agrícolas das cooperativas brasileiras em função de cenários diversos baseados nas possibilidades de negociação comercial que se colocam para o Brasil. Assim tem-se ênfase nas exportações de commodities onde há uma maior influência do movimento cooperativo. Um modelo computável de equilíbrio geral é utilizado para simular cenários alternativos de abertura comercial para a economia brasileira e seus impactos sobre os setores de interesse. Resultados de estudos anteriores também são considerados. Buscou-se identificar quais seriam os interesses maiores para as cooperativas do Brasil nas negociações desses acordos, considerando os impactos esperados sobre produção e fluxos comerciais. Os resultados mais favoráveis, considerando os cenários considerados e os setores de elevada participação das cooperativas podem ser resumidos como: uma liberalização multilateral parcial para os setores de aves e suínos e de soja, um acordo comercial Mercosul-UE para os setores de soja e café, e a Alca completa para o setor de café. Palavras Key-words: cooperatives, computable general equilibrium model, international trade.Classificação JEL: Q17, F14, C68. ApresentaçãoApesar do processo de abertura comercial brasileiro ter se iniciado há mais de uma década e meia, o debate em torno das possibilidades nas negociações comerciais internacionais nunca esteve tão intenso no País. Primeiro porque existe a possibilidade de maior abertura comercial e obtenção de maiores concessões seguindo o princípio do multilateralismo proposto pelas normas da OMC (Organização Mundial do Comércio). Segundo, porque o País faz parte de um dos mais importantes blocos econômicos: o Mercado Comum do Sul, o Mercosul.Há ainda a possibilidade de retorno das discussões em torno da agenda da criação da Alça (Área de Livre Comércio das Américas) que deverá reunir todos os países do continente e tem como ponto polêmico o grande poderio econômico da sua maior potência. Além de todas estas possibilidades, existe a dos acordos entre blocos regionais, em que podemos destacar o caso das negociações entre o Mercosul e a União Européia. Por fim, existem as "ameaças" das negociações bilaterais. Nestas últimas, pode-se destacar as possibilidades de um acordo com a China, cujo forte crescimento nos últimos tempos tornou este mercado um grande atrativo para as economias exportadoras (e uma grande preocupação para os países que concorrem com a produção chinesa).Muito se tem discutido acerca do impacto da estrutura comercial sobre a dinâmica da economia brasileira. As preocupações imediatas voltam-se para a indústria, que passa a concorrer com produtos importados de alta tecnologia e custos mais baixos. Tais preocupações, entretanto, têm como centro de atenção setores cujas vantagens comparativas não são claras ou bem definidas. Existem, RESR, Piracicaba, SP, vol. 47, nº 04, p. 971-993, out/dez 2009 -Impressa em dezembro 2009 Impactos dos acordos comerciais sobre as e...
Resumo: O artigo mostra que a desvalorização do real em 1999 afetou negativamente as relações comerciais entre Brasil e Argentina, impulsionando antigas demandas protecionistas. De forma geral, os números do comércio bilateral comprovam que a temida invasão de produtos brasileiros ao mercado argentino nunca se concretizou. Entretanto, a ausência de regras claras e de uma institucionalização de fato para o Mercosul abriu espaço para a utilização de medidas de anti-dumping e tentativas de adoção de salvaguardas dentro do bloco. Tais medidas ajudaram a reduzir o comércio bilateral, que sentiu também os efeitos da crise que se instalou na região. Através das análises de jornais brasileiros e argentinos, o artigo mostra ainda que empresários e políticos de ambos os países travaram uma guerra de acusações e ameaças, que dificultaram as negociações setoriais em andamento e colocaram em dúvida a viabilidade do Mercosul. Palavras-chaves:Câmbio, Comércio, Mercosul, Protecionismo, Crise.Abstract: This article shows that the real's devaluation in 1999 has adversely affected trade relations between Brazil and Argentina, inciting old protectionist demands. In a general way, the official numbers for bilateral trade prove that a feared invasion of Brazilian products into the Argentine market has never materialized. However, one can verify that the absence of clear rules and de facto institutionalization for the Mercosur has paved the way for the use of anti-dumping measures and attempts at adopting safeguard measures within the bloc. Such measures helped reduce bilateral trade, which was also hit by the crisis that struck the region. The analysis of Brazilian and Argentine newspapers also shows that entrepreneurs and politicians from both countries waged a war of accusations and threats, thus hampering industry-to-industry negotiations in progress and putting Mercosur's viability in jeopardy.
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