A complexidade das relações raciais no Brasil revela o campo de disputas em que o Serviço Social é chamado a intervir, pois o projeto ético-político que orienta o trabalho profissional do assistente social é portador de uma direção social na perspectiva da emancipação dos sujeitos coletivos. O presente trabalho é resultado da pesquisa e da reflexão sobre o racismo institucional e o trabalho do assistente social. Busca-se investigar a percepção dos profissionais acerca do racismo, do preconceito e da discriminação racial no seu trabalho cotidiano.
Resumo: Neste artigo, examinamos aspectos das desigualdades social, racial e de gênero que a pandemia do novo coronavírus escancarou. O vírus é apresentado como indiferente às classes sociais, mas no Brasil são as periferias mais precarizadas que enterram centenas de milhares de mortos. Face à precarização das políticas sociais, os(as) profissionais do Serviço Social são chamados(as) a lidar com o enfrentamento de velhas expressões da questão social frente ao novo pacto da branquitude que aniquila vidas negras.
Resumo: O artigo explicita alguns aspectos da questão étnico-racial no contexto da sociedade brasileira na contemporaneidade e busca apreender como a intervenção protagonizada por várias mulheres negras, ativistas na luta contra o racismo, que ingressaram na profissão, principalmente a partir de 1980, legitima o debate efervescente na vida cotidiana. Apreender as assimetrias de raça/cor e o modo como o racismo opera é condição primordial para a efetivação do Projeto Ético-Político do Serviço Social.
O artigo propõe uma reflexão sobre os impactos do racismo no cotidiano das crianças negras, que têm sua infância marcada pela miséria e pela violência do Estado capitalista. Ao avançar no debate e apresentar a intersecção entre classe social, os papeis de gênero e a questão étnico-racial no processo de reprodução das relações sociais assimétricas no Brasil, é possível identificar como as expressões do patriarcado e do conservadorismo se conectam com o racismo para justificar também a desigualdade social que atinge a infância e reduz as possibilidades de transformação da realidade deste grupo geracional. E, por fim, ocorre a problematização em relação ao lugar marginal do debate sobre relações étnico-raciais e os privilégios da branquitude na área do Serviço Social, bem como sobre o modo como isso destoa do projeto ético-político profissional orientado pela defesa intransigente dos direitos humanos. Palavras-Chave: infância negra; racismo; branquitude; raça/etnia.
O artigo busca problematizar a questão étnico-racial, seus contornos específicos no âmbito das relações sociais no Brasil, e o processo de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, bem como a manutenção das bases de desumanização da população negra. É o racismo, ao invés da ausência dele, que molda as relações sociais e o processo de trabalho, o que exige que a profissão se aproprie de referenciais teóricos capazes de desvelar a base da desigualdade social, na perspectiva histórica. A análise sobre a significativa presença da população negra no Brasil, sua inserção, em geral, precária no mundo do trabalho e as diversas violações de direito a que está exposta cotidianamente exigem uma luta coletiva, capaz de unir os diversos sujeitos sociais, as diversas áreas do conhecimento e eixos de pesquisa na transformação da realidade social e o Serviço Social não pode fugir desta batalha.
Resumo -O artigo analisa a relação entre democracia e luta antirracista. Ao recuperar no movimento do real as contradições postas pela sociabilidade burguesa e como estas incidem de maneira prejudicial sobre a população negra, torna-se evidente que o avanço da democracia pressupõe medidas ampliadas de combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação étnico-racial. Os dados epidemiológicos explicitam a relação entre racismo e capitalismo e a desigualdade social dela decorrente. A luta antirracista requer que possamos conceber a diversidade humana como valor positivo, no processo de sociabilidade, espaço onde os privilégios deixem de ser potencializados. Palavras-chave: democracia; antirracismo; população negra; branquitude.
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