O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de curvas de dose-resposta, a ocorrência de biótipos resistentes ao herbicida glyphosate em populações de Conyza canadensis e C. bonariensis, bem como propor tratamentos alternativos para esses biótipos. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, utilizando-se três populações de cada espécie: duas com suspeita de resistência ao herbicida glyphosate, coletadas em pomares de laranja localizados em duas regiões diferentes do Estado de São Paulo; e uma suscetível, coletada em área sem histórico de aplicação do herbicida. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Para cada espécie, os tratamentos foram resultado da combinação fatorial entre as três populações e os tratamentos herbicidas (oito doses de glyphosate ou cinco tratamentos alternativos). As doses de glyphosate foram (g e.a. ha¹): 90, 180, 360, 720, 1.440, 2.880, 5.760 e testemunha sem aplicação. Como alternativas de controle, foram testados os seguintes tratamentos (g ha-1): glyphosate + 2,4-D (1.440 + 1.005), glyphosate + metsulfuron (1.440 + 2,4), glyphosate + metsulfuron (1.440 + 3,6), glyphosate + metribuzin (1.440 + 480) e testemunha sem aplicação. A partir dos resultados, comprovou-se a existência de populações de ambas as espécies com biótipos resistentes ao herbicida glyphosate, com diferentes níveis de resistência. Todos os tratamentos herbicidas alternativos controlaram de forma eficiente as três populações de cada espécie.
Palmer amaranth is native to the United States, but was discovered in 2015 in Brazil. Palmer amaranth populations in Brazil were very difficult to control using glyphosate, which resulted in many changes to standard weed management practices. A genotyping assay was used to confirm that the population detected in Mato Grosso State, Brazil, was correctly identified as Palmer amaranth and that it was not tall waterhemp. Greenhouse dose–response curves and shikimate accumulation assays showed that the Brazilian population was highly resistant to glyphosate, with an LD50 value (3,982 g glyphosate ha−1) more than twice the typical use rates and very little shikimate accumulation at 1 mM glyphosate concentrations in a leaf-disk assay. The Brazilian population was also resistant to sulfonylurea and imidazolinone acetolactate synthase (ALS) inhibitor herbicides. The resistance mechanisms in the Brazilian population were identified as increasedEPSPSgene copy number for glyphosate resistance (between 50- and 179-fold relativeEPSPSgene copy number increase) and two different alleles for target-site mutations in theALSgene (W574L and S653N). These results confirm the introduction of Palmer amaranth to Brazil using a genetic marker for species identification, as well as resistance to glyphosate and ALS inhibitors.
The rapid spread of glyphosate-resistant sourgrass populations generates concern in the agricultural production sector in Brazil. Nonetheless, there is not much information related to the frequency and dispersion of sourgrass throughout recent years. We investigated the frequency and dispersion of glyphosate-resistant sourgrass populations in Brazilian agricultural regions as part of a larger-scale weed resistance monitoring study. A discriminatory rate of 960 g ae ha−1of glyphosate was used on plants at the 2- to 3-tiller stage, originating from 2,593 populations of sourgrass sampled in 329 counties in 14 Brazilian states between 2012 and 2015. The dispersion of sourgrass populations originated in western Paraná State, next to the Paraguay border, where the first resistance case was reported. Its dispersion to the central region of Brazil, mainly in soybean-producing areas, is most likely a consequence of agricultural equipment movement and wind-mediated dispersal. Glyphosate-resistant sourgrass populations were found in every geographical region across all Brazilian states tested. These data highlight the importance of an appropriate weed resistance monitoring program to track the evolution and dispersion of resistance to mitigate these issues by focusing efforts regionally and raising awareness among stakeholders in each region.
Herbicide selectivity is an agricultural technology largely exploited in chemical strategies of weed control. The joint action of several protection mechanisms avoids phytotoxicity from herbicide treatment, maintaining the level of agronomically accepted damage to a minimum, or even totally avoiding them. The major mechanism of herbicide selectivity derives from the differential metabolism between weed and crop plant species, with weeds presenting a limited ability to perform it under agronomically recommended conditions. In this case, phytotoxicity can be interpreted as an overcoming of the maximum protection capacity offered by the mechanisms of selectivity, or when considering metabolism as the main factor, the overcoming of the inherent plant ability to detoxify a particular molecule. Considering that herbicide metabolism requires energy disposal, symptoms of phytotoxicity characterize an additional waste of energy that should not be accepted as a natural physiologic response; therefore it might result in yield losses. To avoid or minimize crop losses or damages, it is required that herbicide application recommendations are based on results from rigorously conducted selectivity experiments, as well as that there is an increase in the awareness of growers about the best use of each product. Key words: phytotoxicity, injuries, yield, experimental design, crop management SELETIVIDADE DE HERBICIDAS POR METABOLISMO DIFERENCIAL: CONSIDERAÇÕES PARA REDUÇÃO DE DANOS EM CULTURAS AGRÍCOLASRESUMO: A seletividade dos herbicidas é uma tecnologia agrícola que tem sido vastamente explorada nas estratégias de controle químico de plantas daninhas. É resultado da ação conjunta de diversos mecanismos que protegem a cultura da fitotoxicidade dos tratamentos herbicidas, mantendo-a com níveis de injúrias aceitáveis agronomicamente, ou mesmo na ausência destas. O principal mecanismo de seletividade dos herbicidas é o metabolismo diferencial desses produtos entre plantas daninhas e cultivadas, em que, nas situações de recomendação agronômica, as plantas daninhas são menos hábeis em realizá-lo. Neste caso, a fitotoxicidade pode ser entendida como a suplantação da capacidade máxima de proteção oferecida pelos mecanismos de seletividade ou, considerando o metabolismo como o principal mecanismo, como a superação da capacidade intrínseca da espécie em detoxificar determinada molécula. Considerando-se que o metabolismo de herbicidas envolve gasto de energia, os sintomas de fitotoxicidade caracterizam um segundo gasto energético que não deve ser aceito como uma resposta fisiológica natural, portanto pode resultar em perdas de rendimento das culturas. Para evitar ou minimizar as perdas ou injúrias às culturas, é necessário que as recomendações de herbicidas sejam baseadas em trabalhos de seletividade conduzidos com adequado rigor experimental; bem como é importante a conscientização dos agricultores quanto a melhor forma de utilizar cada produto. Palavras-chave: fitotoxicidade, injúrias, rendimento, delineamento experimental, man...
Based on these data, reduced glyphosate absorption and increased glyphosate retention in the treated leaf contribute to glyphosate resistance in this C. elata population from Brazil. © 2015 Society of Chemical Industry.
Resumo-As alternativas de herbicidas para o controle do capim-amargoso em áreas de citrus são limitadas, principalmente devido à limitada quantidade de herbicidas registrados e pela modalidade em que estes são usados (aplicações dirigidas). Dessa forma, torna-se pertinente a investigação de outros herbicidas pós-emergentes, a serem utilizados em associação com glyphosate, para o controle de biótipos de capim-amargoso (Digitaria insularis) resistentes ao glyphosate. O experimento foi desenvolvido no município de Matão, SP, em área da fazenda Cambuhy, durante os meses de setembro a outubro de 2009, em áreas que apresentavam biótipos de D. insularis resistentes ao glyphosate. A aplicação aconteceu quando as plantas de capimamargoso estavam no estádio de 3 a 5 perfilhos. Os tratamentos consistiram de diferentes herbicidas em associação com glyphosate. Realizou-se avaliação percentual de controle aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a aplicação e a coleta e pesagem da massa seca da parte aérea da planta daninha. Os tratamentos que obtiveram melhores resultados foram glyphosate em mistura com clethodim, complementado por paraquat + diuron 7 dias após a primeira aplicação e glyphosate em associação com clethodim complementado por amônio-glufosinato 7 dias após a primeira aplicação. Ainda, os tratamentos glyphosate misturado a haloxyfop-methyl, glyphosate + fenoxaprop-p-ethyl + clethodim e glyphosate + tepraloxydim mostraram excelente desempenho, com aplicação única.
Após sucessivos anos, aplicações do herbicida glyphosate em pomares de citros no Estado de São Paulo selecionaram biótipos resistentes de Conyza bonariensis e C. canadensis. Na ocorrência de plantas daninhas resistentes em uma área agrícola, tornam-se necessárias mudanças nas práticas de manejo para obtenção de adequado controle das populações resistentes, bem como para a redução da pressão de seleção sobre outras espécies. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar herbicidas alternativos para controle de biótipos de Conyza spp. resistentes ao herbicida glyphosate, com aplicações em diferentes estádios fenológicos da planta daninha. Três experimentos foram conduzidos em campo, em pomares de citros em formação, sobre plantas de buva em estádio fenológico de dez folhas e no pré-florescimento. Para plantas no estádio de dez folhas, controle satisfatório foi obtido com aplicações de glyphosate + bromacil + diuron (1.440 + 1.200 + 1.200 g ha-1), glyphosate + atrazina (1.440 + 1.500 g ha-1) e glyphosate + diuron (1.440 + 1.500 g ha-1). Quando em estádio de pré-florescimento de Conyza spp., a aplicação do herbicida amônio-glufosinato, na dose de 400 g ha-1, isolado ou associado a MSMA, bromacil+diuron, metsulfuron, carfentrazone e paraquat, foi a alternativa viável para controle dos biótipos resistentes ao glyphosate.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.