RESUMO: A intussuscepção representa a invaginação de um segmento intestinal sobre outro que, apesar de relativamente comum entre as crianças, raramente acomete os adultos. Nestes, a invaginação intestinal apresenta uma causa bem definida na maioria dos casos e seu quadro clínico costuma ser bastante variável, contudo, poucos deles são diagnosticados no período pré-operatório. Um tratamento padrão ainda não pôde ser estabelecido e sua abordagem terapêutica deve ser individualizada, porém frequentemente resulta em ressecções dos segmentos intestinais envolvidos. Este artigo relata o tratamento cirúrgico de um caso de obstrução intestinal em mulher idosa, causada por intussuscepção íleo-cólica. O agente etiológico correspondia a um tumor polipóide em íleo terminal, para a qual a utilização de imuno-histoquímica foi necessária na realização de seu diagnóstico diferencial com GIST. Descritores INTRODUÇÃOA intussuscepção representa a invaginação de um segmento intestinal sobre outro que, apesar de relativamente comum entre as crianças, raramente acomete os adultos.Nestes, a intussuscepção apresenta uma causa bem definida na maioria dos casos e seu quadro clínico costuma ser bastante variável. Os principais exames utilizados para seu diagnóstico são radiografia simples do abdômen, exames contrastados, colonoscopia, ultra-sonografia (USG) e tomografia computadorizada (TC), contudo, poucas vezes acaba sendo identificada no pré-operatório.Seu tratamento requer abordagem individualizada, mas comumente resulta em ressecções dos segmentos intestinais envolvidos, precedidas ou não por redução manual da invaginação.Relata-se o tratamento cirúrgico de um caso de obstrução intestinal em mulher idosa causada por intussuscepção íleo-cólica e diagnosticada no pré-operatório. Nela, a cabeça da invaginação formou-se por pólipo fibróide inflamatório em íleo terminal, que necessitou da utilização de imuno-histoquímica para seu diagnóstico diferencial com "tumor estromal gastrintestinal" (GIST). RELATO DO CASOPaciente do sexo feminino, 65 anos, admitida no setor de pronto atendimento, referindo dor abdominal e diarréia sanguinolenta persistentes por 8 dias. Ao exame físico apresentava tumoração dolorosa de contornos indefinidos e móvel, palpável em fossa ilíaca e flanco direitos. Após sua admissão hospitalar, evoluiu com distensão abdominal progressivamente mais intensa e parada da eliminação dos gazes intestinais.Realizou TC do abdômen, além de outros exames complementares para rotina diagnóstica de abdô-men agudo, que mostrou "imagem em alvo" característica em seu quadrante inferior direito, a partir do que se concluiu tratar-se de invaginação íleo-cólica (Figura 1).
Recebido em 24/4/2000 Aceito para publicação em 5/9/2000 Trabalho realizado no Serviço de Cirurgia Abdominal do Hospital de Câncer Napoleão Laureano -João Pessoa/PB. RESUMO:Os tumores do intestino delgado são raros e a maioria das lesões neoplásicas sintomáticas é maligna. Os neoplasmas benignos são um pouco mais freqüentes e ambos estão relacionados a um diagnóstico difícil, pois determinam queixas abdominais inespecíficas, comuns a uma grande variedade de afecções digestivas. Exames de imagem e endoscópicos podem ser úteis para o diagnóstico, mas freqüentemente não são conclusivos. Para os blastomas primários, a ressecção cirúrgica é a opção de escolha, porém, para os metastáticos, a terapêutica operatória deve ser reservada para os casos complicados por obstrução, hemorragia ou perfuração. O presente estudo tem por finalidade analisar retrospectivamente 13 casos de lesões malignas do intestino delgado, num período de 28 anos. Verificou-se maior incidência de tumores primários (69,2%) e de linfomas (30,7%). Entre os secundári-os, as mestástases por adenocarcinoma foram as mais freqüentes (15,4%). Enterectomia segmentar foi o procedimento cirúrgico mais realizado (84,6%) e a mortalidade hospitalar foi de 15,4%. A sobrevida de cinco anos foi nula para os pacientes portadores de metástases, enquanto que para os primários foi de 44,4%, sugerindo um melhor prognóstico para as neoplasias primitivas, independentemente do tipo histológico da neoplasia. Descritores: Intestino delgado; Neoplasias malignas; Tratamento cirúrgico; Sobrevida.Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões -Vol. 27 -n o 6 -385 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃOEm todas as faixas etárias, os tumores do intestino delgado são raros, correspondendo a cerca de 1% a 6% de todas as neoplasias do trato gastrointestinal 1 .Os neoplasmas benignos são um pouco mais comuns do que os malignos, e ambos estão relacionados a um diagnóstico difícil, pois determinam queixas vagas e inespecí-ficas. Por isso, sintomas e sinais como dor abdominal, episódios de oclusão intestinal, sangramento digestivo, perda de peso e massa palpável são manifestações comuns a uma grande variedade de afecções digestivas e induzem a um retardo no esclarecimento dessas lesões 2 .Exames de laboratório, de imagem e endoscópicos podem ser úteis na propedêutica complementar, mas freqüentemente não são definitivos para confirmação da hipótese diagnóstica.O princípio geral do tratamento dos blastomas malignos primários do intestino delgado é a ressecção com margens cirúrgicas livres, às vezes associada à linfadenectomia locorregional, na dependência do tipo histológico e do estadiamento cirúrgico da neoplasia 3 .
A grande dificuldade, na literatura, para a avaliação dos diferentes métodos utilizados no tratamento paliativo dos tumores irressecáveis do hilo hepático, foi a inexistência de um parâmetro que tornasse uniforme a linguagem dos seus resultados. Este estudo tem por finalidade analisar os resultados da anastomose colangioentérica intraparenquimatosa (ACEI) no dueto do seguimento III, realizada em 17 pacientes consecutivos, portadores de obstrução maligna do hilo hepático. Para tanto, foi avaliado, dentre outras variáveis, um índice de qualidade de vida, denominado índice de Conforto, que permite a comparação numérica dos resultados. Houve regressão importante da icterícia em 88,2% dos casos, e redução estatisticamente significativa dos niveis sericos das bilirrubinas no pos operatorio (p <0 05). A mortalidade hospitalar foi de 11 8% e o índice de Conforto foi equivalente a 81 9% Estcs resulta 45 dos permitem as seguintes conclusões: 1) A técnica proposta representa um método eficiente para resolução da colestase causada por tumores irressecáveis do hilo hepático; 2) O índice de Conforto de 81.9% credencia o método como adequado para o tratamento paliativo desta afecção.
RESUMO: Objetivo:Nos últimos anos, evidências de associação entre Helicobacter pylori e câncer gástrico têm sido relatadas por inúmeros estudos. Este trabalho objetiva investigar a prevalência da infecção por este microorganismo em pacientes com câncer gástrico, oriundos do Hospital de Câncer Napoleão Laureano (João Pessoa -PB) e determinar o risco relativo para o desenvolvimento desta neoplasia nos pacientes infectados. Método: Com esta finalidade, 16 pacientes com diagnóstico confirmado de adenocarcinoma gástrico foram submetidos à endoscopia digestiva alta para coleta de fragmentos da mucosa gástrica, para realização do teste da urease, sendo então, pareados com um grupo de 16 controles com exames endoscópicos normais. Resultados: Dos 16 portadores de câncer, 28,1% estavam infectados, versus 25% para os do grupo controle. Nos indivíduos infectados, houve maior prevalência da infecção nos portadores de lesões gástricas distais (43,8%), nos tumores Borrmann III (37,6%), e moderadamente diferenciados (37,6%). Houve associação estatisticamente significante entre o grau de diferenciação e a presença da infecção pelo H. pylori (p<0,10). O risco relativo estimado para a associação entre câncer gástrico e infecção pelo H. pylori foi de 1,28% (odds ratio = 1,28%). Conclusão: Estes resultados permitem concluir que a infecção pelo H. pylori é um fator de risco relativo para o desenvolvimento do adenocarcinoma gástrico.
São analisados os resultados do tratamento cirúrgico em cinco casos de melanoma maligno anorretal (MMAR). Um paciente encontrava-se no estádio clínico I, dois no estádio clínico II e dois no estádio III. Todos os pacientes foram operados, sendo quatro submetidos a excisão local do tumor, e um a amputação abdômino-perineal do reto. Este último sobreviveu por apenas sete meses, enquanto uma paciente, estádio clínico II e submetida apenas à excisão local, sobreviveu por 168 meses. Os autores questionam a validade do estadiamento clínico I (tumores localizados) como fator prognóstico, já que desconsidera o grau de penetração do tumor na parede anorretal. Sugerem ainda a realização de estudos multicêntricos, para que se possa estabelecer uma uniformidade terapêutica para o MMAR.
RESUMO: O sistema portal é constituído por uma rede de veias que drenam sangue de grande parte do sistema digestivo para o fígado. Segundo a clássica descrição, a veia porta é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica inferior desemboca na veia esplênica. As variações anatômicas das veias que formam o sistema são freqüentes e os dados da literatura, conflitantes. O objetivo do presente estudo é avaliar a formação do sistema portal em cadáveres e comparar os resultados com os da literatura. Dos 56 cadáveres analisados, 75% (n=42) apresentavam-se segundo a clássica descrição e 25% (n=14) apresentavam algum tipo de variação. Destes, 21,4% (n=12) correspondiam à junção da veia mesentérica inferior com a mesentérica superior e 3,6% (n=2) à união das veia mesentérica inferior, no ponto de junção das veias esplênica e mesentérica superior, para formar a veia porta. Conclui-se que a situação mais freqüente é a desembocadura da veia mesentérica inferior na veia esplênica. A principal variação encontrada é a desembocadura da veia mesentérica inferior na superior, sendo a confluência das três veias para formar a veia porta uma variação pouco freqüente.
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