Em dezembro de 2019, com a eclosão da epidemia pelo novo coronavírus, em Wuhan, na China, e diante do risco de rápida disseminação para outros países, instituiu-se alerta internacional para uma possível pandemia, que veio a ser confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020. O SARS-CoV-2, agente etiológico da Covid-19, é transmitido de forma eficaz entre humanos, podendo provocar doença respiratória aguda e grave. Sua transmissão ocorre entre pessoas, principalmente por meio de gotículas respiratórias, mas também pode ocorrer através do contato com objetos e superfícies contaminadas. Aproximadamente 80% das pessoas infectadas apresentam doença leve, enquanto 15% podem evoluir para um quadro grave e 5% apresentar doença crítica, evoluindo para óbito. A literatura aponta que a gravidade da doença está associada à idade avançada e à presença de comorbidades. Além de requerer mudanças radicais de comportamento, nos níveis individual e comunitário, a Covid-19 tem exigido respostas rápidas no que se refere a ações preventivas, ampliação e aquisição de insumos e leitos hospitalares, redimensionamento de recursos humanos em saúde, dentre outras estratégias de controle.
RESUMO A profusão de notícias falsas disseminadas no contexto da pandemia da Covid-19 colocou novos desafios a governos, gestores e profissionais de saúde, mídia e entidades de defesa da saúde e da vida. As ações governamentais de diferentes países frente a esse problema são o objeto deste estudo de revisão integrativa, que analisou 16 artigos, após busca em três bases de dados bibliográficos, no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021, utilizando critérios de inclusão e exclusão. Agrupados por continentes (Ásia, Europa e América Latina), os resultados apontaram: existência de dispositivos reguladores; criminalização da desinformação; regulamentação da comunicação digital; uso de tecnologias para aproximar governo e cidadãos; monitoramento e verificação de notícias falsas; uso de plataformas refutadoras; redes digitais para identificação e remoção de notícias e contas; crise de desinformação como fomento para a divergência política; entre outros. Diferenças e desigualdades marcam as ações governamentais frente à desinformação no contexto da pandemia da Covid-19, refletindo coesão social, liderança, confiança institucional ou força coercitiva. Sugerem-se estudos aprofundados, que permitam compreender como as sociedades, com diferentes tipos de governo, economias e regimes políticos, definem as ações desenvolvidas para o controle da desinformação e seu potencial de eficiência.
RESUMO A democratização e a facilidade de publicação da informação, apoiadas nas novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), vêm proporcionando o uso crescente de ferramentas designadas 'observatórios' como um dispositivo institucional para a saúde. A expansão da demanda por informações no processo de elaboração e/ou monitoramento de políticas públicas das mais distintas áreas e campos de produção de conhecimento é um fator que vem oportunizando, nas últimas décadas, a utilização dessas ferramentas em muitos países, entre eles, o Brasil. Este artigo tem por objetivo apresentar os resultados de uma revisão de literatura acerca dos observatórios existentes na área de saúde, caracterizando a produção científica sobre experiências brasileiras e internacionais dedicadas à temática da análise de políticas e sistemas. Foram identificados os principais temas de investigação, pesquisadores e resultados de estudos, com o intuito de discutir as funções desses observatórios e possíveis contribuições para as políticas de saúde. Através de busca avançada em bases de dados, foram encontradas 233 publicações. A partir de critérios de inclusão e exclusão, selecionaram-se 40 estudos para análise e categorização. A maioria dos estudos revela que os observatórios apresentaram como função oferecer informações com credibilidade para acompanhamento de políticas de saúde, planejamento estratégico e tomadas de decisão baseadas em evidências. Cabe ressaltar a tendência de potencializar a capacidade da força de trabalho em pesquisa em saúde, de facilitar a gestão dos dados e a disponibilização da informação, bem como o funcionamento como repositório virtual de informações ou, ainda, a organização em rede. Conclui-se com uma reflexão sobre os limites e possibilidades dos observatórios como uma nova ferramenta para políticas de saúde.
The COVID-19 pandemic has produced new demands for services in healthcare systems around the world. In Brazil, the SUS became the object of interest of the media, which made efforts to cover government actions and the system’s capacity to control the pandemic. This study aims to analyze articles from the newspaper ‘Folha de São Paulo’ (FSP), regarding the meanings produced about the Unified Health System (SUS) in the COVID-19 pandemic. 231 articles were analyzed, among the 524 published in the period from January to May 2020, following the established inclusion criteria. The corpus was categorized in four senses: constitutional SUS, problem SUS, disputed SUS and active SUS. The reflection on the diversity of meanings attributed to the SUS points to the need to expand the capture of the dimensions of the SUS.
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