A resolução de problemas por uma nova cadeia de respostas ocorre quando, diante de uma situação problema, é emitida uma nova resposta resultante do encadeamento de duas ou mais respostas aprendidas independentemente. Objetivo: avaliar a influência da ayahuasca nesse processo. Metodologia: foram utilizados 12 ratos machos da linhagem wistar divididos em 3 grupos: crônico, agudo e controle. O delineamento foi dividido em: 1) habituação, 2) pré-teste (campo aberto e resolução), 3) treino das respostas pré-requisito, 4) pós-teste (campo aberto e resolução). A substância foi administrada via gavagem (2ml/kg) aos animais do grupo crônico da fase 4 à 6, e do grupo agudo nas fases 5 e 6. Os animais do grupo controle ingeriram água. Resultados: Não houve interferência na resolução, mas houve na aprendizagem das respostas, que foi mais lenta no grupo crônico. No campo aberto, houve uma diminuição da atividade locomotora e exploratória em animais sob efeito da droga.
A recombinação de repertórios é um processo comportamental relacionado a criatividade, estudado majoritariamente em animais não humanos. O presente estudo tem como objetivo replicar os modelos experimentais de recombinação em humanos em um ambiente virtual, via o uso da ferramenta “puzzle creator” do jogo comercial Portal 2®. Uma situação problema foi criada no ambiente do jogo, e os participantes então controlaram um personagem no ambiente virtual tridimensional, na perspectiva em primeira pessoa. A amostra foi composta por 5 sujeitos e nenhum deles resolveu a situação problema em um pré-teste. Entretanto, após o treino de repertórios pré-requisitos para a solução da tarefa, realizado no próprio jogo, em mapas específicos para treino, 4 dos 5 participantes resolveram a tarefa final. Diante destes dados, o jogo Portal 2 se mostra como uma ferramenta econômica e versátil para o estudo da recombinação de repertórios em humanos.
Neves Filho, Stella, Dicezare e Garcia Mijares (2015) desenvolveram um modelo experimental com o objetivo de observar a recombinação de repertórios em ratos (Rattus norvegicus). O experimento consistiu nos treinos discretos, sucessivo sobre a recombinação de dois repertórios diferentes: (1) cavar e (2) escalar. Com base neste modelo experimental, a presente pesquisa objetivou avaliar se a inserção de um procedimento de treino discriminativo (Sd: som) alteraria o processo de recombinação de repertórios. Isso porque, no experimento original, os animais foram submetidos a fase de pré-teste sem a delimitação da relação entre a emissão do comportamento e a consequência reforçadora, assim não havia clareza se a situação-problema que os animais estavam resolvendo era de fato um problema. Foram utilizadas 10 ratas albinas (Rattus norvegicus) da linhagem Wistar, ingênuas ao experimento. Foram divididas aleatoriamente em dois grupos com 5 animais cada: o (1) grupo experimental, que recebeu a intervenção do treino de Sd, além do treino de cavar e de escalar, e (2) grupo controle, que teve seu processo similar ao de Neves Filho et al. (2015). Posteriormente foram submetidos a uma situação-problema, com a emissão do Sd, a fim de avaliar o desempenho dos animais. Todos os animais do grupo experimental resolveram o problema; enquanto nenhum do controle resolveu. Com base nos dados, propomos que a inserção deste procedimento é relevante para que haja o processo de recombinação de repertório, visto que garante que o sujeito está sob controle da situação-problema.
Resolução de problemas por uma nova cadeia de respostas é uma forma abrangente de falar sobre recombinação de repertórios, entendida como a resolução de um problema a partir da reorganização de aprendizagens isoladas. Neste estudo, investigou-se a influência da cafeína no processo de recombinação em ratos. O procedimento consistiu em: 1) treino discriminativo, 2) campo aberto, 3) pré-teste, 4) treino dos repertórios pré-requisitos, 5) treino de recuperação, 6) teste de recombinação, e 7) campo aberto (reexposição). Os animais foram divididos em três grupos de quatro animais cada: grupo de administração de cafeína crônica, grupo agudo e grupo controle (sem cafeína). Nenhum animal do grupo agudo resolveu o problema, enquanto que animais dos grupos crônico e controle resolveram. Os dados indicam que a ingestão aguda inibiu a recombinação, bem como indicam que o procedimento utilizado é candidato a ser um modelo animal de comportamento novo (criatividade) para estudo de variáveis farmacológicas.
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