As reflexões aqui apresentadas são o resultado atual de diversas pesquisas conduzidas nos últimos anos cujo foco são as histórias dos contatos de grupos dos Jê meridionais com diferentes outros. Com base nelas, a intenção é abordar problemas de arqueologia, de etnologia e de história para pensar as ocupações indígenas e o patrimônio cultural nas regiões dos atuais sul de Goiás, Triângulo Mineiro, norte de São Paulo e leste do Mato Grosso do Sul. A partir do cotejamento entre os modelos até agora empregados para a interpretação dessas ocupações e os resultados de pesquisas empíricas atuais, espera-se identificar os limites desses modelos e propor uma nova pauta de investigações no diálogo interdisciplinar.
Resumo O artigo busca resgatar parte da ocupação indígena e quilombola dos sertões das minas no segundo e terceiro quartos do século XVIII, com vistas a um mapeamento dos encontros e intersecções culturais entre esses dois coletivos. Com base na perspectiva antropológica da alteridade é realizada a análise de uma documentação histórica disponível para os atuais oeste de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e sul de Goiás, que permite propor que as culturas e identidades coletivas de "gentios" e "calhambolas" estivessem se reelaborando num contexto de negociações e conflitos entre diferentes sujeitos históricos. Palavras-chave antropologia e história, história do contato, índios e negros Abstract The paper looks for a rescue of the indigenous and quilombola occupation of the backwoods the mines in the second and third quarters of eighteenth century, with views to mapping of cultural encounters and
Nas sociedades democráticas recentes o entendimento e a salvaguarda do patrimônio cultural passam pelo exercício da cidadania, já que os conhecimentos, as inovações e as práticas orientadas pelas tradições são apropriadas pelos diversos grupos sociais. A Arqueologia, enquanto campo da ciência que estuda os vestígios materiais da ação humana e seus patrimônios culturais, fornece elementos para estabelecer a ligação entre gerações passadas e futuras e, por isso, colabora com a incorporação de um conjunto de expressões materiais à memória local, regional e nacional. No Brasil, o patrimônio arqueológico, quando manejado de forma consciente, pode fazer com que os vestígios arqueológicos passem a ser reconhecidos pela população como parte de sua história e, consequentemente, valorizados, podendo gerar desdobramentos preservacionistas. Essa perspectiva está diretamente relacionada ao papel que os museus possuem, pois são espaços onde se aglutinam os processos do trabalho humano e seu contexto. Nesse sentido, os museus atuam como sistemas de comunicação que servem ao estabelecimento da interação da comunidade com os processos e com os produtos culturais. Com base nisso, o artigo pretende apresentar um panorama inicial das ações movidas por um grupo de pesquisadores das áreas de Arqueologia, Antropologia e História Indígena para criar um espaço público de preservação do patrimônio arqueológico indígena no Triângulo Mineiro.
In this paper we reflect on the relationships among culture, imagination, art and educational formation. Understanding the school curriculum as a sociocultural artifact, we infer that the different cultural practices experienced by the teachers out of the school environment also constitute educational knowledge. From this perspective, we focus on results of researches that discuss the habits and the frequency to which teachers of basic education get exposed to visual art exhibitions, dance shows, theater, concerts and movies, and the factors (material and non-material) that hinder the precarious insertion of teachers in the organized circuit of the arts. Without the pretension of indicating solutions for such complex themes, we are pointing out aesthetic formation as fundamental to the pedagogical practice, and we propose a reflection on subjects still little explored in the studies about teachers' formation for the basic education.
Este ensaio quer intervir no tema das guerras dos Jê – Cayapó’ meridionais– no século XVIII com vistas a mostrar como esses grupos incorporaram de maneira diferencial os inimigos e seus bens no contexto histórico dos contatos. A partir da análise de documentos referentes à região hoje conhecida como sul de Goiás, Triângulo Mineiro e norte de São Paulo, o artigo dialoga com a Antropologia e a História e pretende mostrar que, por meio das guerras de saque, esses grupos indígenas colocaram em ação simultânea diferentes avaliações simbólicas e incorporações políticas de suas alteridades.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.