Resumo Este artigo investiga o panorama internacional da implementação do Auxílio Emergencial no contexto da pandemia do Coronavírus. Para tanto, utilizamos: i. a base de dados do Social Protection and Jobs Responses to Covid-19 (Banco Mundial), produzida a partir do levantamento em cinco continentes; ii. os dados provenientes de matérias de jornais ao redor do mundo; e iii. dados dos sites oficiais dos governos locais em diferentes regiões do globo. Em particular no Brasil, encontramos várias adversidades dessa política emergencial: i. as longas filas para cadastramento do benefício, gerando aglomeração; ii. as dificuldades iniciais quanto ao CPF não regularizado; iii. a demora na tomada de decisão para o pagamento do auxílio; iv. a precariedade dos recursos humanos; v. o limitado conhecimento com as tecnologias digitais entre a população mais vulnerável; e vi. os problemas de ineficiências horizontal e vertical. Por fim, este estudo pretende trazer contribuições à relação conflituosa entre Estado e sociedade em tempo de crise sanitária.
Resumo: Este artigo propõe analisar, sob o viés de gênero, como se desenvolve, de modo não premeditado, a construção de fronteiras morais e simbólicas decorrentes da implementação de um programa de combate à pobreza: o Bolsa Família. Doravante, procuraremos esclarecer as propriedades dessas fronteiras e as formas de negociação de seu conteúdo. Com a finalidade de compreender melhor a complexidade da formação do status das beneficiárias (mães), percorremos diversos espaços pelos quais elas transitam. Por meio de entrevistas realizadas em uma periferia de uma grande cidade do Rio de Janeiro, podemos afirmar que as relações entre beneficiários(as) e não beneficiários(a) fundam-se em uma matriz moral carregada de tensões valorativas de gênero (‘boa’ e ‘má mãe’), o que acaba por reproduzir também uma hierarquização do ‘bom’ e do ‘mau pobre’.
Neste artigo fazemos uso da antropologia e da sociologia para analisar o impacto da cultura e do social na regulação das representações, classificações e práticas entre agentes do Estado e os "pobres". Em particular, ao tratar do tema da pobreza (ou das políticas para combatê-la) emerge uma infinidade de estudos que enseja múltiplas formas de leitura, análises, interpretações, recortes e vieses teóricos diferentes. Por esta razão, gostaríamos de esclarecer que a conceituação de pobreza com a qual trabalhamos afasta-se tanto do campo epistemológico da Economia, exatamente porque este limita a pobreza, em grande medida, aos aspectos de renda e ao acesso ao consumo, quanto das abordagens utilizadas pela Ciência Política, que tende a priorizar as aná- Tanto para o sociólogo quanto para o antropólogo, seria interessante então analisar o Estado, a partir de sua construção social, como uma instituição que forma grupos e produz identidades. Nesse sentido, pretendemos discutir o processo lento, conf lituoso e diverso da construção de políticas públicas, divergindo da visão que enxerga o Estado como uma instituição sociologia&antropologia | rio de janeiro, v.04
This article presents and discusses data obtained with the application of a questionnaire focused on variables for racial classification and opinion about the policy of quotas for blacks; the questionnaire was applied to a sample of 470 pupils from the last year of secondary education of the public school system of a peripheral town in the Metropolitan Area of Rio de Janeiro. We have tried to understand the elements that shape the classifications of color or race, as well as the stance these pupils were taking before a policy of quotas that could help them in their attempts to have access to a public university. It must be noted that the pupils interviewed would soon be facing the possibility of competing for a place in higher education via an entry exam with racial quotas to a public university that keeps a campus in the same town where they live and study. This problem and this kind of investigation seem to us fundamental nowadays, because quotas for blacks have been put in place since 2003 at several institutions of higher education, and have been subjected to criticism and undergone juridical dispute, as a result, among other things, of the forms of classification proposed. In the study conducted here it was possible to advance in the discussion of how the options of racial classification used so far in these policies are related with the forms of self-identification and identification of the other commonly present in the daily lives of the schools researched, and also to observe how the idea of a racial quota is evaluated by its potential beneficiaries.
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