Brazil is one of the largest global producers of genetically modified crops and a center of origin and diversification of relevant species for agriculture and food. Transgenic monocultures occupy around 50 million hectares, whereas smallholder farmers, indigenous people, and traditional communities are responsible for in-situ/on-Farm conservation of local genetic resources. Based on 15 years of expertise in regulating GMOs and in cross-institutional agrobiodiversity conservation projects, this article discusses the challenges regarding the coexistence of these two agricultural models based on transgene flow detection in maize landraces. As part of a broad and unique participatory transgene-flow-monitoring process, 1098 samples of maize landraces were collected in the Brazilian Semi-arid Region between 2018 and 2021 and analyzed using immunochromatographic strips. The tests revealed 34% of samples with presence of GM proteins. It is concluded that the biosafety standards in force in Brazil do not allow the assurance of on-Farm conservation of maize. The sectors that contribute to agrobiodiversity conservation and do not benefit from using GM seeds are taking on the burden of this process. Transgene flow can be reduced by approving and enforcing more effective coexistence rules that consider maize landraces crop areas also as seed-producing areas added to full disclosure of commercial seeds origin.
Em todo o país, parte da população, em especial da zona rural, tem pouco ou nenhum acesso aos serviços de energia elétrica. Por isso, o uso de energia renovável para produção de energia elétrica na própria propriedade torna-se uma alternativa interessante. Neste trabalho, objetivou-se analisar a reutilização de óleo de soja para o acionamento de motores estacionários, sabendo-se que esse óleo, de outra forma, se tornaria resíduo e degradaria o meio ambiente, além de ser uma matéria-prima de baixo custo. Os ensaios foram realizados no Laboratório de Mecanização Agrícola, do Departamento de Engenharia Agrícola, da Universidade Federal de Viçosa, MG, utilizando-se um motor diesel estacionário marca Yanmar NSB 75, com potência nominal de 5,8 kW a 2400 rpm, com injeção direta e refrigerado a água. Foram utilizados como combustíveis cinco misturas de óleo diesel (OD) e óleo de soja (OS) reutilizado, proveniente do restaurante universitário, nas proporções de 0-100%, 25-75%, 50-50%, 75-25% e 100-0%, respectivamente. A potência e torque do motor foram maiores para as misturas de 75% OD e de 25% OS, e menores para 25% OD e 75% OS. O menor consumo horário deuse com a mistura de 25% OD e 75% OS e foi 15% menor para o diesel puro. Os valores encontrados justificam o uso de misturas de óleo diesel e óleo de soja reutilizado; porém, aspectos técnicos, em especial o desgaste do motor, devem ser avaliados após um longo período de funcionamento.
No período entre 2012/2018 ocorreu uma grande seca em Pernambuco, mas apesar das condições desfavoráveis foi possível observar grupos camponeses capazes de garantir a produção de alimentos para o autoconsumo e abastecer cidades através de feiras agroecológicas, demonstrando a resiliência de seus agroecossistemas. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a resiliência social/comunitária de agroecossistemas geridos por camponeses no Semiárido brasileiro, no Agreste e Sertão pernambucano, em comunidades assessoradas por organizações não governamentais. Os grupos gestores desses agroecossistemas são o público envolvido na pesquisa. Foi utilizado o método etnográfico, alicerçado na observação participante e orientado pelo Método do Caso Alargado. As atividades de campo foram realizadas entre julho/2019 e fevereiro/2020, envolvendo 7 famílias, as visitas duraram de 4 a 5 dias. A habilidade para inovar é relevante para a constituição da resiliência nessas comunidades como observado nas feiras agroecológicas, que demonstraram um conjunto de características que permite serem compreendidas como inovações. Foram observados os diferentes papéis desempenhados pelas mulheres e homens, constituindo-se como estratégias familiares e comunitárias para o surgimento e a continuidade das feiras. Essas permitem a comercialização direta e estimulam a articulação e fortalecimento dos laços e interações sociais, provocando o desenvolvimento de novas capacidades aos envolvidos e o fortalecimento de suas organizações de representação. Os princípios agroecológicos, adotados pela assessoria oferecida, desempenham um importante papel de valorização dos conhecimentos tradicionais, fortalecendo a autoestima individual e comunitária, as relações de confiança, estimulando a inovação, construindo assim a resiliência identificada.
O Brasil é um dos maiores produtores globais de cultivos geneticamente modificados e centro de origem e diversificação de espécies relevantes para a agricultura e a alimentação. As monoculturas transgênicas ocupam cerca de 50 milhões de hectares, enquanto agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais respondem pela conservação in situ/on farm de recursos genéticos locais. Baseado na experiência de 15 anos de regulamentação dos OGMs e em projetos interinstitucionais de conservação da agrobiodiversidade, este artigo discute os desafios para a coexistência desses dois modelos de agricultura a partir da detecção de proteínas transgênicas em variedades crioulas de milho. Como parte de um amplo e inédito processo de monitoramento participativo de fluxo gênico, 1.098 amostras de milho crioulo foram coletadas no Semiárido brasileiro entre 2018 e 2021 e analisadas por meio de fitas imunocromatográficas. Os testes revelaram 34% de amostras com a presença de proteínas GM. Conclui-se que as normas de biossegurança vigentes no país não permitem assegurar a conservação on farm do milho. O ônus desse processo vem sendo assumido por setores que contribuem para a conservação da agrobiodiversidade e não se beneficiam da adoção de sementes GM. A contaminação transgênica pode ser reduzida pela implementação de regras de coexistência mais efetivas que considerem as áreas de cultivo de variedades crioulas de milho como áreas de produção de sementes, somada à ampla informação sobre a origem das sementes comerciais.
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