RESUMO: Resultado de pesquisa com narrativas de professores da Educação Infantil, o artigo apresenta questões sobre práticas leitoras com crianças na creche. Ao privilegiar as narrativas docentes, entre memórias e histórias de práticas, o caminho metodológico tomou por referência elementos das entrevistas de tipo narrativa e coletiva. Desta maneira, os dados foram produzidos por meio de encontros organizados em forma de rodas de conversa. Ao todo foram realizados três encontros, com vinte e quatro professoras que atuavam com grupos de crianças entre 0 e 3 anos de idade. As narrativas docentes revelam a creche como um local privilegiado de circulação de materiais impressos, que há vários modos de ler e que as professoras de bebês vêm buscando ressignificar suas práticas, demonstrando preocupações inclusive com a qualidade editorial do material destinado a esse específico público. Discutir a leitura literária na creche ajuda-nos a projetar práticas leitoras de qualidade para todas as crianças. PALAVRAS-CHAVES: Bebês. Educação infantil. Leitura. Literatura. INTRODUÇÃOUm marco para um atendimento de qualidade voltado às crianças de 0 a 5 anos de idade, sem dúvida, foi a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, definindo a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica. Reafirmando os preceitos legais, em 1999 são aprovadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), sendo revistas em 2009, representando a tentativa de definição de orientações gerais, para todo o território nacional.O conceito de criança proposto pelas DCNEI apresenta uma criança potente que, por meio das interações brincadeiras e experiências cotidianas, vai ampliando conhecimentos e sentidos sobre o meio em que está inserida, produzindo cultura. Para acolher meninos e Mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense; professora da Rede Municipal de Educação de Niterói/RJ. Membro do grupo de pesquisa FIAR -Círculo de estudos e pesquisa formação de professores, infância e arte (PPGEdu/FEUFF).
Considerando a Educação Infantil como a primeira etapa da Educação Básica, como preconiza a LBD, a discussão sobre os currículos nesse segmento se faz necessária. Mas, o que os professores que atuam com essas crianças entendem por currículos? Nessa direção, o texto que ora se apresenta tem por intuito apresentar as narrativas de professoras que atuam com crianças de 2 a 5 anos de idade sobre as suas práticas, depreendendo sentidos a partir do que as docentes narram. Articulando as especificidades da docência na Educação Infantil, em diálogo com a história da implementação de uma unidade pública municipal de Educação Infantil, em um município fluminense, ao receber os seus primeiros professores efetivos, tecemos as tramas iniciais, adotando como núcleo central da investigação as narrativas docentes, assumindo as conversas como abordagem metodológica. Nessa direção, objetiva-se investigar os sentidos atribuídos por nós, professores, às práticas propostas com crianças de 2 a 5 anos de idade, ampliando os sentidos sobre os currículos produzidos na primeira etapa da Educação Básica, que podem nos ajudar a ampliar os saberes sobre produções curriculares dinâmicas e singulares, mas que podem auxiliar no planejamento de práticas que tenham a criança na centralidade do processo educativo, como sinalizam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil .
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