<p>A demanda para profissionalização de operadores locais de políticas públicas coloca em pauta a educação permanente. O objetivo com este artigo foi apresentar uma perspectiva que se particulariza por duas noções operativas: crise do praticante e tensão paradigmática. Essas noções fundamentam um método para problematização de práticas profissionais, do qual se desdobram uma metodologia para construção do problema e cinco procedimentos metodológicos complementares. O trabalho com esse método indica a existência de um conjunto diversificado de problemas/temas e condições para a formação do praticante. Nesse caminho, interrogam-se políticas públicas, a partir da análise de situações singulares de práticas profissionais, e destaca-se a pertinente indissociabilidade entre formação profissional e pesquisa científica.</p><p><strong>Palavras-chave</strong>: Educação permanente. Políticas públicas. Multirreferencialidade. Análise institucional. Pesquisa-formação.</p>
ResumoNeste trabalho, apresento elementos de uma abordagem exploratória da participação que venho realizando, desde dois pontos de vista distintos, cuja articulação se encontra em elaboração. Por um lado, trato da participação como constitutiva da noção de educação não escolar. A abordagem do tema é realizada por meio da orientação para elaboração de dissertações de mestrado; do levantamento da produção sobre o tema em periódicos qualificados, do campo da educação; de estudos exploratórios sobre indícios socio-históricos referentes à construção social do termo. A principal evidência é a característica híbrida e polissêmica da educação não escolar. Por outro lado, trabalho a participação como elemento estruturante de um método para problematização de práti-cas profissionais singulares, pelo qual problematizo políticas públicas. O objetivo é mostrar que a prática desse dispositivo de pesquisa-formação evidencia elementos pertinentes para o debate sobre a gestão democrática, em particular, sobre condições para a materialização desse princípio da política educacional na escola pública.Palavras-chave: Análise institucional. Educação não escolar. Gestão democrática. Multirreferencialidade. Participação. AbstractIn this work, I present elements of an exploratory approach that I have been conducting from participation, from two different points of view whose articulation is under development. On the one hand, I refer to participation as constituting the notion of non-school education. The approach of the subject is being carried out by means of the orientation for the elaboration of master's theses; The survey of production on the subject in qualified journals, in the field of education; Of exploratory studies on socio-historical evidences referring to the social construction of the term. The main evidence emerging from this work is the hybrid and polysemic characteristic of non-school education. On the other hand, I deal with participation as a structuring element of a method for problematization of singular professional practices, by which I problematize public policies. The objective is to show that the practice of this research-training device highlights pertinent elements to the debate on democratic management, in particular on the conditions for the materialization of this principle of educational policy in public school.
ResumoNo presente texto, o objetivo é apresentar os elementos com que esboçamos a noção de sujeito aprendente, articulando duas perspectivas complementares. Do ponto de vista conceitual, caracterizamos essa noção articulando aspectos teóricos de diferentes autores de referência. Do ponto de vista empírico, abordamos a empresa como lócus de aprendizagem, em que o sujeito aprendente aprende na e com a organização, considerando o contexto das transformações do mundo do trabalho para além dos dois modelos clássicos de gestão da produção e do trabalho: taylorismo/fordismo e toyotismo. No plano metodológico, associamos de forma exploratória e qualitativa pesquisa bibliográfica, documental e trabalho de campo efetuado em uma empresa de grande porte, do ramo alimentício, da região do meio-oeste de Santa Catarina. Os resultados mostram que o sujeito aprendente corresponde a uma posição material e subjetiva que opera o trabalho vivo, o qual se constitui em uma prática educativa. O trabalho vivo refere-se à ação do sujeito que, ao transformar o mundo, transforma a si mesmo em uma perspectiva da educação ao longo da vida. Ele contém um campo paradoxal de possibilidades, seja como alienação e adoecimento, seja como autorrealização e emancipação. O trabalho de campo evidenciou três questões emergentes sobre a constituição do sujeito aprendente no contexto organizacional: exigências produzidas pelas novas tecnologias, formação profissional e avaliação do trabalhador no processo de trabalho. Palavras
No presente texto, meu objetivo é problematizar a orientaçãoe mostrar particularidades do método com o qual trabalhono campo da educação. Esse método propicia condições para evidenciarproblemas da formação do pesquisador, entre os quais sedestaca como fundamental a elaboração do problema de pesquisa.Ao mesmo tempo, o próprio método contém uma metodologia paraa construção do problema. E, de forma sucinta, mostro alguns efeitosdo método na prática da orientação, considerando o processo formativoe a prática científica.
Institucionalização do SUS e formação profissional de trabalhadores da saúde The institutionalization of SUS and the professional training of health workers
No presente texto, o objetivo é apresentar elementos que particularizam meu trabalho na formação do pesquisador, na pós-graduação strictu sensu (mestrado acadêmico), considerando a multirreferencialidade como perspectiva epistemológica para a produção de conhecimentos. Esse trabalho refere-se à minha prática como orientadora de mestrando em educação, cuja condição é de estudante/trabalhador em mestrado acadêmico. Essa perspectiva se materializa em um método para problematização de práticas educativas, o qual se fundamenta em uma tríade conceitual e duas noções operativas. O método se constitui em um caminho em espiral, no qual o sujeito que produz conhecimentos formula uma questão singular que interroga o respectivo campo de conhecimento, por meio de uma metodologia para a construção do problema de pesquisa. Os resultados apontam para um conjunto diversificado de formas de resistência ao modelo hegemônico produtivista da pós-graduação strictu sensu, no Brasil, em diferentes planos: científico, profissional, formativo e existencial. A multirreferencialidade indica possibilidades para se (re)articular campos e sujeitos, saberes e conhecimentos, que comumente encontram-se dissociados ou mutuamente excluídos. Esse é o sentido radical de uma epistemologia do heterogêneo. Do meu ponto de vista, tal perspectiva, (re)atualiza a indissociabilidade da política e da educação, na problematização da interação (ação recíproca) da ação do sujeito singular em uma conjuntura global neoliberal.
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