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FAZENDA do Pinhém é um pouco ilha e um pouco universo, ela tanto se isola, como um lugar florescente no meio de um mar ruinoso, como se basta, quase fechada, aparentemente independente de contatos, embora estes existam e a ameacem. Ela contrasta com relação ao resto dos gerais, onde tudo é bruto e pobre, tanto o lugar como os seres que sobrevivem nele: "a terra e o pasto pobrejam tanto, que o gado deixado lá às vezes nem cresce, fica de ossos moles, se entortando, no tempo-das-águas em muitos lugares tinham de descer com ele para as caatingas". Nesse meio, o Pinhém é um lugar abençoado, tudo nele, naturalmente, é fecundo e propício à vida, liberando assim o homem para outras preocupações além do trabalho, como para o prazer e o amor:
“O tribunal do sertão” é um ensaio que tematiza a formação do herói, a possibilidade e a dificuldade da incorporação das instituições modernas pelos costumes arcaicos. O autor nos mostra como a narrativa roseana, na composição das suas personagens, explora esse embate entre moderno/arcaico, e desvenda a própria alegorização do Brasil
ArtigosO que me facilitou a realização da primeira parte deste estudo foi a publicação recente, pela Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora, dos dois primeiros tomos dos cinco previstos dos Contos Completos de Machado de Assis, organizados por Djalma Cavalcante.1 Ela tem problemas sérios, principalmente de revisão, que poderia ter sido bem mais cuidada. Porém, ela tem aspectos muito positivos: tudo indica que a edição é de fato completa, traz tantos os contos de Machado, como, na dúvida, os atribuídos a ele; 2 traz as duas versões de um conto que o autor reescreveu, com alterações, para mim, significativas e que comentarei mais adiante; estabelece os textos a partir das publicações originais, apresentando sempre a versão da última edição revista RESUMOO ensaio se divide praticamente em duas partes. Na primeira, ele trata da formação de Machado de Assis como escritor, o seu modo muito próprio de se relacionar com o leitor e os controles do Estado Imperial da segunda metade do sé-culo XIX. Na última, ele analisa o conto "Capítulo dos chapéus", no qual Machado procura mostrar como, depois de cem anos, ainda continuam estranhos os valores da Revolução Francesa na vida social brasileira. Palavras-chave: Prosa realista brasileira; Literatura e história; O conto de Machado de Assis. ABSTRACTThe essay is shared, practically, in two parts. The first one shows the Machado de Assis learning as a writer, the singular relationship which he develops to the lector and the controls of the Imperial State in the nineteenth century. The last one analyses the short story "Capítulo dos chapéus", where Machado de Assis shows as, after a century, the French Revolutions values are still stranges in the Brazilian social life. Keywords: Realistic brasilian narrative; Literature and history; The short story of Machado de Assis. Machado de Assis: o aprendizado do escritor e o esclarecimento de Mariana Luiz RoncariProfessor da FFLCH/USP pessoalmente por Machado, isto quando ele os republicou em livros, senão seguiu o texto original do periódico, corrigindo apenas os erros tipográficos e fazendo a atualização ortográfica; e, por fim, e o que foi para mim o mais importante, apresentou-os, nas palavras do organizador, "em rigorosa seqüên-cia cronológica da publicação original", acrescentando no final de cada conto sempre uma nota, situando em que órgão da imprensa e quando foi publicado, e, depois, em que livro foi incorporado. Foi a possibilidade de acompanhar essa seqüência, que reproduz mais ou menos a das produções dos contos, que me possibilitou ver quais os problemas literários e não-literários que o autor enfrentava e quais as soluções que lhes foi dando. Infelizmente, como disse acima, só saíram até agora dois tomos, basicamente os dos contos reunidos no primeiro livro de Machado, Contos Fluminenses, e nos organizados postumamente, como o Histórias Românticas, da W. M. Jackson Editora, e as várias coletâneas reunidas, em 1956 e 1958, por R. Magalhães Jr., para a Editora Civilização Brasileira. Isto impõe limites ao trabalho, ...
Segundo Luiz Roncari, a partir da leitura da obra de Edgar Allan Poe, Machado de Assis teria aprendido um método de investigação e exposição que lhe permitiu criar novas formas de estruturação narrativa. Através da análise do conto “Singular ocorrência", o autor demonstra como as teorias de Poe adquirem forma narrativa em Machado num jogo de ocultação e revelação
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