A Lucia Wataghin, paciente orientadora, que acreditou em mim, ao Marcelo e à Mariana, pela ajuda sempre gentil, pronta e permanente, à Virgínia Pearson, que está longe, mas aqui, e a todos os que me estimularam aos que me auxiliaram, cada um a seu modo, a vencer esta etapa: Paulo, Sueli Cherbino, Vicentina e Virgínia RESUMO IV Neste trabalho procuramos dar uma modesta contribuição para o levantamento de questões podem conduzir a um enriquecimento dos estudos da tradução literária de modo geral e, em particular, da obra de Guimarães Rosa; e, por outro lado, como produto inerente e desejável desse processo, lançar alguma luz sobre um conto complexo e obscuro de Sagarana, A hora e vez de Augusto Matraga.A partir dessas atividades foi possível enunciar algumas exigências cujo cumprimento pelo tradutor do autor mineiro consideramos essencial. No fundo, elas não diferem do que é preconizado pela maioria dos estudiosos da tradução, mas o que torna peculiar a tradução de Guimarães Rosa é a intensidade com que tais exigências devem ser preenchidas.O fato de Rosa, em sua narrativa, utilizar-se de ampla gama de ramos do conhecimento para gerar elementos de interpretação que somente são revelados ao leitor por meios indiretos, faz que a capacidade analítica do texto de partida tenha lugar de destaque entre as habilidades do tradutor. No final das contas, este terá de transcrever na língua de chegada a sua leitura da obradentre a infinidade de leituras possíveis -, e ler Guimarães Rosa é tão difícil quanto rescrevê-lo.