PURPOSE: to investigate the micronucleation (MN) of exfoliated cells from the uterine cervix of HIV+ women according to immunocompetence status. We investigated the clinical conditions of immunocompetence by analyzing the levels of CD4+ lymphocytes and viral count for HIV (VC). METHODS: biological material was collected from 23 HIV+ patients whose cervical oncologic cytology results were negative. They were patients from the STD/AIDS-FCMS-PUCSP who underwent a cytobrush collection in the squamous columnar junction. Similar material was obtained from 19 healthy control women. The material, about 2000 cells per patient, was processed for cytology using light microscopy and an immersion objective. To analyze the immunological status of HIV+ patients we used CD4+ count and VC. Statistical analysis was performed using the χ 2 and Kolmorogov-Smirnov tests. RESULTS: twenty-three pacients composed the group of HIV+ women and 19 composed the control group. We found micronuclei (MN) in all HIV+ patients and in 84.2% of the control group. In 17 73.9% of the HIV+ patients and in 5.2% of the control group we found more than 7 MN cells. MN tended to occur more among women with poorer immunological status in the HIV+ group. CONCLUSIONS: HIV+ patients in the AIDS phase have a higher prevalence of micronucleated cells, as opposed to a control group. Also, the frequency of MN was associated with worse conditions of immunosuppression.
Uma das maneiras de definir a sexualidade é a busca por satisfação plena, em desenvolvimento contínuo, que envolve as questões biológicas, psicológicas e sociais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) 1 define sexualidade como "uma energia que nos motiva para encontrar amor, contato, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental".Portanto, limitar a definição de que a sexualidade se associa a apenas a sexo biológico e reprodução, como já previa Foucault, 2 não exprime o que são os conceitos atuais, mais abrangentes e inclusivos. Robert Stoller, no livro Sex and Gender, 3 introduziu a palavra gênero para criar um critério diferente do termo sexo, que estava tão somente ligado às condições biológicas.Gênero foi incluído no conceito amplo de sexualidade com mais intensidade a partir da década de 1980, estimulado pelos movimentos sociais feministas. 4 A palavra gênero expandiu a possibilidade dos papéis sociais 5 e a aplicabilidade na relação entre a expressão de gênero feminino e gênero masculino, reforçando a subjetividade de cada ser humano na maneira de expressar sua sexualidade.Joan Scott 6 foi uma influente teórica sobre a aplicabilidade do termo gênero. Ela afirmou que existem vários aspectos ligados aos indivíduos e que são constituídos por diferenças percebidas pelas relações sociais entre os sexos, sendo uma maneira inicial de identificar-se. A autora conceituou que o gênero é constituído por quatro elementos que se correlacionam. São eles: os símbolos (nossas expressões sociais e caracterização); os conceitos normativos (que definem como devemos interpretar esses símbolos impostos por influências e doutrinas, sejam elas religiosas, educativas, científicas, políticas ou jurídicas); a representação binária dos gêneros (que reconhece o sexo como influente na sexualidade humana, mas não como o único determinante no gênero escolhido pelo indivíduo); e a identidade subjetiva (que está diretamente ligada às discussões sobre os termos gênero e sexo, evidenciando as diferenças aplicadas).Ampliando esses conceitos, Judith Butler 7 inicia uma discussão crítica sobre as relações afetivas binárias, gênero e sexo, homem e mulher e principalmente o sujeito e o outro, trazendo os aspectos subjetivos e de identidade da afetividade. Em suma, gênero é a estilização repetida do corpo, um composto de ações que sofrem mudanças no decorrer da vida do indivíduo, que pode ter diversas identidades, não estando somente relacionadas às prevalências sexuais, o que vem aumentar ainda mais as influências recebidas, com enfoque nas questões emocionais de um ser humano.A identidade de gênero é uma categoria da identidade social e refere-se à identificação do indivíduo como homem ou mulher, ou com alguma categoria diferente de homem ou de mulher. Essa identidade deve ser construída pelo próprio ser humano. Mesmo com...
Resumo: Introdução: Em 2018, foi implantado no curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo um novo projeto pedagógico do curso (PPC). Nessa construção, surgiu a oportunidade de incluir um módulo para a prática da mentoria, pois havia várias questões relacionadas à vida no câmpus que vinham preocupando a comunidade, tais como a necessidade de os alunos e professores apropriarem-se do PPC, o fato de os discentes ainda muito jovens serem afastados da família, estudantes oriundos de escolas tradicionais pouco afeitas às metodologias ativas de ensino-aprendizagem que constituem a base do curso, a avaliação somativa e a recuperação do desempenho insatisfatório, o trote, o convívio com a diversidade, a autonomia do aluno e o processo de formação e identidade do profissional médico. Relato de experiência: No novo PPC, o módulo de Estudos Orientados garantiu o espaço para a mentoria dentro da grade curricular do primeiro ao terceiro ano, em pequenos grupos protegidos. Ao fim do primeiro ano, a avaliação regular da docência revelou dificuldades que foram superadas com a capacitação dos docentes para a atividade da mentoria, viabilizada com o auxílio de profissionais externos e experientes que ajudaram a dar identidade à mentoria, ajustada às características do curso e do PPC. A avaliação seguinte revelou melhora evidente da percepção dos alunos e professores. Nesse momento, a consulta feita com a maioria dos envolvidos trouxe novas informações que permitiram estabelecer diretrizes norteadoras para a atividade em cada ano do curso. Discussão: Todo o processo de implantação do módulo, dividido em três etapas, foi muito rico e exigiu a participação de todos os envolvidos. Conclusão: Nossa experiência permite inferir que, por suas características complexas e mutáveis, a mentoria deve ser construída em estreita relação com a comunidade e ajustada às necessidades de cada curso e do seu projeto pedagógico.
RESUMO -A hanseníase é uma doença negligenciada e um problema de Saúde Pública, sendo que o Brasil é o segundo país no mundo em número de casos novos. É uma condição infectocontagiosa que pode deixar sequelas que pioram seu estigma. Atualmente, no momento do diagnóstico, o grau de incapacidade física encontrado nos pacientes tem sido alto, o que demostra suspeição tardia. A realização de pesquisas que propiciem alerta às instituições de ensino médico sobre a necessidade de melhorar a qualificação de seus profissionais é de suma importância. Objetivo: Verificar o grau de conhecimento dos médicos residentes de áreas clínicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), campus Sorocaba, no atendimento ao hanseniano. Método: Estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado com 19 médicos residentes de áreas clínicas da PUC-SP em 2019. A coleta de dados foi feita em 2 questionários autoaplicáveis (o primeiro com perfil sociodemográfico e 4 perguntas fechadas, e o segundo respondido antes e após a intervenção educativa). Resultados e Discussão: A amostra foi composta predominantemente por mulheres (84%), com idade inferior a 30 anos (63%) e formadas nos últimos 5 anos (79%). O incremento no conhecimento imediato foi em média correspondente a 17,5%, sendo significante pelo teste t de Student. Constatou-se que as dificuldades encontradas em algumas perguntas fechadas (para cerca de 80% dos participantes) foram relacionadas a diagnóstico e 1 Dermatologista, CREMESP 66430, mestrado em Educação nas Profissões de Saúde pela PUC-SP, Brasil (2020) e Preceptora da disciplina de dermatologia do internato e residência de dermatologia da PUC-SP;
Editorial sobre o artigo original: Análise das ocorrências de violência sexual contra a mulher atendidas em um serviço de referência, dos autores Marlon Marcelo Maciel Sousa e Naldiana Cerqueira Silva.
Introdução: Há algumas décadas enfrentamos no Brasil um paradoxo no nascimento. a intensa medicalização influenciou de forma determinante o modo de nascer, reduzindo este grande acontecimento fisiológico da vida familiar e social a uma intervenção médica-cirúrgica. ao mesmo tempo, os índices de mortalidade materna e infantil persistem muito altos e as causas de morte são em grande parte evitáveis por ação dos serviços de saúde. Mudanças estão ocorrendo, sobretudo no sistema de saúde, no entanto, as instituições formadoras continuam preparando profissionais embasados em modelos que não valorizam a assistência humanizada no parto, atendimento que respeita os aspectos fisiológicos, sociais e culturais do parto. por meio de proposta do Pró-Saúde e PET-Saúde atividades educativas e assistenciais são desenvolvidas por alunos de medicina, respaldados no referencial de humanização da assistência ao parto e atenção hospitalar, preconizados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Objetivos: Esta prática acadêmica pretende aperfeiçoar habilidades dos alunos nos cuidados a gestantes, destacando os aspectos da humanização da assistência ao parto, para que estes vivenciem e reflitam sobre a experiência deste aprendizado. Métodos: As atividades foram organizadas em três unidades de saúde da cidade de Sorocaba, envolvendo 2 alunos em cada local, desde outubro de 2012 junto ao programa do Pré-Natal. Os estudantes abordaram às gestantes na consulta do pré-natal, a partir de 24 semanas de gestação e ofereceram a elaboração do Plano de Parto, por meio de roteiro com informações relacionadas ao parto, como: escolha do acompanhante e orientações direcionadas ao início do trabalho de parto, medidas de conforto, técnicas de respiração, relaxamento e suporte emocional à mulher. Resultados: em 18 meses de execução do projeto, tivemos a participação de 12 alunos. Foram realizadas várias estratégias ativas para capacitá-los, considerando a interação de aspectos biológicos, sociais e afetivos do parto bem como seu impacto na vida da mulher e da família. para subsidiar a abordagem junto às gestantes, uma oficina de comunicação, constou com práticas de simulação e uma vivência sobre estar grávida utilizando avental grávido. Discussões sobre a temática incluíram as recomendações da OMS para o parto seguro, as evidências científicas pertinentes, bem como a política para a área, houve também acompanhamento de projetos voltados para gestantes desenvolvidos no município e em maternidade escola. Os alunos participaram na elaboração do roteiro do plano de parto. Conclusões: o projeto vem demonstrando relevância para os alunos na prática da humanização, com habilidades de escuta, acolhimento e compreensão das necessidades de cuidado da mulher durante os períodos gestacional e da parturição, destacando o respeito ao processo fisiológico do nascimento.
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