RESUMO: Este ensaio apresenta uma leitura transversal da obra de Georges Hébert e de Émile Jaques-Dalcroze, considerando as relações entre corpo, expressão e educação na natureza. Nesse movimento, a educação faz a passagem da natureza à cultura e da cultura à natureza, ecologizando-se. Assim, o naturismo presente em ambos os estudos funda e atualiza os princípios da ecologia corporal, que envolve o interior de nós, mas também o exterior, em um processo de educação intercorpóreo que envolve o próprio corpo e o corpo do mundo.Palavras-chave: Corpo. Naturismo. Educação física.
Nesse texto, buscamos acessar o imaginário mítico e poético das Artes Marciais por meio da linguagem cinematográfica, posto que esta relação com a arte traz à tona uma dimensão sensível que pode disparar reflexões acerca da relação mestre e discípulo. Nessa análise estética, partimos da compreensão de corpo apresentado nos estudos fenomenológicos propostos pelo filósofo francês Maurice Merleau-Ponty, que nos mostra que o corpo não tem outra maneira de ser corpo senão vivenciando as experiências, criando significações na sua relação primordial com o mundo. Da mesma forma, assumimos também a atitude fenomenológica na condição de método, permitindo que as reflexões aqui anunciadas sobre o corpo, o cinema e as Artes Marciais possam vislumbrar o fenômeno educativo que atravessa e é atravessado pela relação mestre e discípulo. Pensamos que o acesso à linguagem expressiva na obra cinematográfica constitui-se como um arquivo memorável e imemorial de acontecimentos que nos transportam para realidades e mundos compartilhados pela presença perceptiva, despertando nossas sensações e acendendo nossa reflexão sobre temas, eventos, emoções, entre outros aspectos que permeiam a vida e a existência humana.
RESUMOTrata-se de uma reflexão sobre a educação, o corpo e a filosofia das Artes Marciais no processo de formação do Ser em sua profunda expressão. Ressaltamos as contribuições filosóficas e o engajamento do corpo nessa ação, os princípios filosóficos e a aprendizagem para a vida. O caminho metodológico concerne à fenomenologia, pois trata do espaço vivido que possibilitou reflexão e a possível articulação entre as categorias dessa pesquisa. A interpretação aqui enfocada privilegiou uma reflexão embasada na tradição das Artes Marciais, principalmente no que concerne ao modo como essa transição de experiência se dá por meio da aprendizagem da cultura. Dessa forma, as noções aqui elaboradas permitem refletir sobre a educação e o corpo, e sua capacidade de aprendizagem e de formação por meio das Artes Marciais, vislumbrando a criação de um espaço expressivo no qual se instala o papel desse corpo, da cultura, do legado cultural e dos princípios filosóficos.PALAVRAS-CHAVE: Artes Marciais; Corpo; Educação; Fenomenologia; Merleau-Ponty. DIALOGUE AMONG EDUCATION, BODY AND MARTIAL ARTS ABSTRACTIt is a reflection on education, body and philosophy of Martial Arts in the formation of being in its most totalitarian expression. It was analyzed the philosophical contributions and the commitment of the body in this action, the philosophical principles to learning for life. The methodological approach concerns the phenomenology, as its lived space, and promote reflections and the possible connection between the categories of this research. The interpretation focused in this paper favored a reflection based on Martial Arts tradition, mainly concerning the way of how this transition of experience occurs through culture learning. Thus, the concepts developed here allow to reflect on education and body, and its development capacity and its entire formation through Martial Arts, envisioning the creation of a significant space in which settles the role of this body, the culture, the legacy and the philosophical principles.
Com essa resenha, queremos apresentar o filósofo francês Bernard Andrieu e seu método de pesquisa por meio de uma de suas obras publicadas no Brasil: No corpo de minha mãe: método emersivo (2015), edição bilíngue português-francês. De antemão, é importante saber que a escrita desta obra é marcada por uma transcrição pessoal do autor como uma forma de autorrelato, em que a linguagem utilizada em primeira pessoa faz do leitor um cúmplice de história viva -e vivida. Logo traz retratos de sua vida a partir da imersão, mostrando as ranhuras do terreno de seu próprio corpo. Essas feridas, perdas e reparações, o vazio e o cheio, que marcam e religam do nosso corpo vivo ao corpo vivido, serão movimentos do método emersivo que expressam conexões dessas sensações internas antes mesmo que haja uma tomada de consciência, ou como diz a prefaciadora, Petrucia Nóbrega (p. 9), que [...] sugere pistas, veredas, estratégias para nos conectar com o corpo, sua estesiologia e sua linguagem nos processos de pesquisa, escrita do texto e formulação da obra. [...] busca conectar as sensações do corpo vivo com a experiência vivida nos relatos autobiográficos, na escrita do jornal do corpo, nas narrativas e testemunhos em primeira pessoa.
Resumo Neste trabalho, apresentamos a experiência do corpo como fenômeno educativo no Taekwondo, por meio do método da autoconfrontação como análise subjetiva do movimento e da experiência educativa. Nosso objetivo é compreender como essa experiência do corpo inaugura o fenômeno educativo nas significações e expressões do próprio corpo no Taekwondo, a partir da autoconfrontação. A metodologia pauta-se na atitude fenomenológica do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty, por meio da qual realizamos diálogos e discussões nesse universo de significações que se expressam no corpo. Trouxemos ainda como aliado à fenomenologia o cinema-verdade, descrito por Edgar Morin e Jean Rouch, no intuito de dar o tratamento necessário para a construção imagética do nosso corpus de análise, constituído por filmagens de entrevistas, aulas e autoconfrontações, a partir da captura e da leitura dos registros de Mestres do Taekwondo. Assim, situamos três momentos distintos nos quais foram feitos registros (filmagens): entrevistas com os Mestres (conversa/relatos), aulas de Taekwondo ministradas por eles e a autoconfrontação. O olhar sensível oportunizado pela leitura flutuante do material e pela variação imaginativa ampliou o pensamento na percepção para a compreensão do fenômeno em pauta, dando-nos elaborações para refletir o fenômeno educativo em horizontes de sentidos epistemológicos, éticos, existenciais, dentre outros. Assim, destacamos o papel da autoconfrontação como dispositivo para perceber a experiência vivida, no corpo, como educação sensível que transita entre mestre e discípulo por meio do gesto, da técnica e da relação do corpo com o outro, com o mundo e com o próprio ser. Percebemos, nesse contexto, a marca da educação que se transfigura pela experiência educativa assinalada pela sensibilidade.
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