RESUMO
A ovinocultura de leite tem avançado no Rio Grande do Sul nos últimos anos, sem o conhecimento das variações nos parâmetros metabólicos e de composição do leite que possa servir de apoio à pesquisa e à clínica. Este trabalho teve por objetivo estudar a variação dos perfis metabólico e hematológico e da composição do leite em ovinos leiteiros da raça
Língua azul (LA) é uma doença causada pelo vírus da língua azul (VLA) e transmitida por vetores do gênero Culicoides. Estudos sorológicos têm demonstrado a ampla presença do vírus no Brasil; entretanto, informações clínicas da LA na América do Sul são limitadas. Esse trabalho descreve alterações clínico-patológicas em ovinos acometidos pela LA no Sul do Brasil. Em dois surtos, em propriedades distintas, 15 ovinos apresentaram como principais sinais clínicos hipertermia, apatia, aumento de volume da face e região submandibular, dificuldade de deglutição com regurgitação, secreção nasal mucopurulenta esverdeada, alterações respiratórias, além de acentuada perda de peso e erosões na mucosa oral. Os achados de necropsia em seis ovinos afetados incluíram edema subcutâneo na face e região ventral do tórax, secreção nasal esverdeada, esôfago dilatado preenchido por grande quantidade de conteúdo alimentar, pulmões não colabados com áreas consolidadas anteroventrais, bem como luz da traquéia e brônquios preenchida por espuma misturada com conteúdo alimentar. No coração e base da artéria pulmonar, havia focos de hemorragia. Histologicamente, as principais alterações observadas ocorriam no tecido muscular cardíaco e esquelético, especialmente no esôfago e consistiam de lesões bifásicas caracterizadas por degeneração/necrose hialina e flocular de miofibras associadas com micro-calcificação e infiltrado inflamatório mononuclear. Pneumonia aspirativa associada à presença de material vegetal e bactérias na luz de brônquios também foi observada. O diagnóstico de LA foi confirmado pela detecção do genoma viral por duplex RT-PCR em amostras de sangue de animais afetados, seguido da identificação do VLA, sorotipo 12 por sequenciamento.
No presente trabalho, são apresentados dados sobre a condição corporal (CC) e a idade das ovelhas de um rebanho ovino do Rio Grande do Sul, no início do encarneiramento e sua relação com a percentagem de prenhez (PP). As PP e a CC média observadas foram 90,4% e 2,84 (±0,57) respectivamente. A CC média das ovelhas prenhes (P) e vazias (V) foram: P 2,86 (±0,56) e V 2,64(±0,59), tendo sido observada diferença significativa (p< 0,001). A PP por categoria de CC das ovelhas, no início do encarneiramento, mostrou que, conforme aumenta a CC, aumenta a PP, chegando aos valores de 92% e 98% no grupo de ovelhas com CC 3,0 e 4,0 respectivamente. Finalmente, a análise de regressão logística realizada mostrou não haver relação da idade da ovelha na taxa de prenhez, confirmando, entretanto, associação positiva entre prenhez e CC (p = 0,002).
Relatam-se dois casos de listeriose ocorridos em ovinos leiteiros da raça Lacaune, mantidos em confinamento e alimentados com silagem de milho. O exame histológico do tecido nervoso mostrou meningoencefalite supurada, e a imunoistoquímica foi positiva para Listeria monocytogenes com isolamento da bactéria do tecido nervoso. Enfatiza-se a ocorrência dessa enfermidade em ovinos leiteiros que apresentavam lesões na cavidade oral e eram alimentados com silagem de baixa qualidade.
No presente trabalho, são apresentados dados sobre o diagnóstico de gestação realizado por ultra-sonografia em 45 rebanhos ovinos, durante seis períodos reprodutivos. Foram examinadas 27.089 ovelhas de rebanhos comerciais, acasaladas durante o outono. A porcentagem de prenhez(PP) variou de 77,3 a 89,9%, com uma PP média de 81,6%. Rebanhos de raças de carne (Hampshire Down, Suffolk e Texel) mostram em média a PP mais elevada que foi de 85,6%, seguidos de ovelhas cruzas, com PP de 82,9% e finalmente ovelhas de raças de lã (Merino Australiano, Corriedale e Ideal) com PP média de 80,8%. Prováveis causas de baixas PP observadas em alguns rebanhos são apresentadas e discutidas.
RESUMORealizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose bovina no Distrito Federal (DF). No total foram amostrados 2.019 animais, provenientes de 278 propriedades. Em cada propriedade visitada aplicou-se um questionário epidemiológico para verificar o tipo de exploração e as práticas de criação e sanitárias que poderiam estar associadas ao risco de infecção pela doença. O protocolo utilizado foi o da triagem com o teste do antígeno acidificado tamponado e a confirmação dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo quando pelo menos um animal foi reagente às duas provas sorológicas. A prevalência no DF foi de 2,5% [1,0-5,1%] para propriedades e de 0,16% [0,04-0,28%] para animais. Em razão dos resultados encontrados, que permitem pensar em estratégias de erradicação, recomenda-se que o DF intensifique o diagnóstico de brucelose, tanto na forma de testes sorológicos sistemáticos como pela introdução de mecanismos de detecção rápida em laticínios, em ambos os casos a fim de aumentar o número de propriedades certificadas como livres da doença e melhorar a sensibilidade do sistema de vigilância ativa.
Palavras
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